Nos dias de hoje, o corretor de imóveis é muito exigido pelos clientes e pelo mercado. Precisa se manter constantemente bem informado para os ganhos valerem muito a pena. Além disso, a flexibilidade de horário oferece independência e qualidade de vida. A profissão tem vantagens e desvantagens como todas as outras. Mas, qual o dia do corretor de imoveis? É no dia 27 de agosto, Dia do Corretor imobiliário, há inúmeras razões para a categoria comemorar.
O profissional é muito exigido pelos clientes e pelo mercado (Foto: Shutterstock)
A profissão de corretor de imóvel não é nada moderna. Ela já existia em Roma na época dos césares, quando intermediários promoviam negócios imobiliários. Porém, era apenas um “bico”, uma segunda atividade feita de forma ocasional.
Paulo Nathanael Pereira de Souza, reitor da UNISciesp (Universidade Corporativa Sciesp) diz que o corretor era aquela pessoa que tinha o poder de convencimento, mas que fazia esse trabalho quando sobrava tempo. “Na década de 40, a profissão era uma espécie de quebra galho e só em 1960 isso começou a mudar”, explica o professor.
Somente em 1962, uma lei tentou transformar os negócios imobiliários. A partir deste momento começaram a surgir escritórios e parecia que a corretagem finalmente se tornaria uma profissão reconhecida. Mas o Supremo Tribunal Federal suspendeu a lei, pois ela não previa a formação técnica deste novo profissional.
Sem imobiliárias, cursos ou formas de financiamentos, a função do corretor de imóvel era quase improvisada. Até que em 1976, Souza ocupava a presidência do Conselho Nacional de Educação e foi procurado pelo presidente do Sindicato dos Corretores de São Paulo. “Luiz Alberto Caldas de Oliveira me disse que estava em uma situação delicada, com a existência de uma lei que não funcionava, pois faltava o capítulo da formação do corretor”, conta o reitor.
Após receber o material, Souza desenvolveu uma forma de capacitar o profissional. “Não era um curso superior, mas sim um curso médio. Então construí um currículo que foi aprovado e a lei que estava suspensa se transformou em uma nova lei, a 6.530 de 1978”, explica.
Os sindicatos espalhados pelo País se organizaram e abriram cursos de formação profissional, não somente para os novos corretores, mas também para profissionais que já atuavam no mercado. O Sciesp (Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) criou uma universidade com o objetivo de atualizar os profissionais da área. “A profissão evoluiu e é muito respeitada. O corretor não é apenas um intermediário de compra e venda, mas está preparado para ser um assessor de alto nível”, diz Paulo Nathanael Pereira de Souza.
Há 22 anos no mercado imobiliário, Luis Carlos Vasques Calhes diz que o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) evoluiu muito sua atuação e aumentou a fiscalização para inibir os falsos corretores. “Se é feita uma denúncia, eles vem apurar. É muito comum ver pessoas se passando por corretores ou exercendo a função como uma segunda profissão sem sequer ter o registro”, diz Calhes.
O corretor aponta um número muito grande de pessoas que fazem transações imobiliárias, o que torna o mercado mais agressivo e concorrido. “Desde a Copa do Mundo, o número de vendas caiu muito, então os profissionais da área precisam se desdobrar para fazer negócios”, explica. Calhes aponta melhorias no levantamento de documentos, atualmente é mais fácil tirar certidões e elas têm uma abrangência maior. “Antes íamos até o fórum, mas não sabíamos se a pessoa tinha alguma pendência em outra cidade, por exemplo. Hoje o processo é mais rápido e mais seguro”, diz.
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