História da Língua Portuguesa, Acordo e Reforma Ortográfica

 

Como surgiu a língua portuguesa, quais países que falam português atualmente. Principais mudanças no idioma português com a chegada da Reforma Ortográfica.

A língua portuguesa originou-se ao noroeste da Península Ibérica como resultado da influencia principalmente do latim vulgar trazido pelos romanos no século III a.C e de outras línguas como o grego e o árabe em menores proporções.

Por volta do século V d.C. iniciou-se o chamado português arcaico e após a queda de Roma em conjunto com as invasões dos povos bárbaros, a língua começou a ter um aspecto diferenciado, e os estudiosos a denominaram como galego-português. Começaram os primeiros escritos, e no século IX, já existiam documentos na nova língua. Com o passar dos séculos o português foi tomando forma e no século XIII mostrava sinais literários. No ano de 1290, o rei D Dinis I decretou a língua portuguesa como a língua oficial de Portugal.

Os primeiros escritos considerados como literatura foram as canções dos trovadores, mas foi com o renascimento que a língua portuguesa mostrou-se de fato possuir riqueza literária com o escritor Garcia Resende em 1516. As regras gramaticais foram iniciadas em 1536 com João de Barros e Fernão de Oliveira.

Em 1990 oAcordo Ortográfico da Língua Portuguesa é criado como uma negociação entre a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras.

Em 2008 o Acordo é ratificado pelo Brasil e assinado em lei. No entanto, o governo concorda com um período de transição de seis anos, durante o qual ambas as grafias podem existir.

Em 2009 o acordo começa a implementação.

Em 2015 a transição de seis anos expira e o acordo é agora obrigatório.

A tão aguardada transformação da reforma da língua portuguesa brasileira está aparentemente completa hoje. Qual impacto exatamente essa reforma fez para esses países? E como a indústria de tradução e localização foi afetada?

 

Durante a transição entre as grafias tradicionais portuguesas para as novas grafias, houve muitas contradições que afetaram de tudo, desde crianças em idade escolar até tradutores esperançosos. Uma das maiores discrepâncias foi na educação.

A partir de 2011, as crianças aprenderam as novas grafiasda língua portuguesa nas escolas.No entanto, neste momento as empresas de publicação estavam atrasadas na transição e muitos jornais ainda eram publicados nas grafias tradicionais da língua.

Países que falam português

Na corrida para encontrar terras para serem colonizadas além-mar, a língua portuguesa deixou de ser exclusiva em Portugal e passou a ser oficial também nos países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Guiné-Bissau. No entanto, além dos inúmeros sotaques, dialetos encontrados nestes países, fatores como cultura, socialização contribuíram para deixar a língua muito diferente da original em Portugal. Inclusive na pronúncia e na ortografia. Este fato é preocupante, pois quanto mais a língua for desigual entre os países, sofrerá riscos da perda da originalidade e até mesmo com risco de extinção. Em 1990 foi feito um tratado internacional para tentar unificar a língua. No entanto, em 2009, foi idealizado um novo acordo ortográfico, pois após duas décadas, havia a necessidade de uma maior intensificação na real unificação da língua na tentativa de torná-la mais forte, abrangente e de comum acordo.

Reforma ortográfica

O novo acordo foi implantado, mas entrará em vigor somente a partir de 1° de janeiro de 2013 e toda a população brasileira, assim como a demais países, cuja língua oficial é o português, deve estar preparada para esta transição. Já foram divulgados as novas regras em diversos meios de comunicação. A seguir um resumo da reforma ortográfica da língua portuguesa:

TREMA:

A pronúncia continua, mas o acento deixa de existir.

Ex: bilíngue, pinguim, cinquenta.

Exceção em nomes estrangeiros como: Müller.

DITONGOS ABERTOS:

Os ditongos abertos “éi”, “ói” e “éu”, continuam recebendo acento somente no final da palavra.

Perdem sinal palavras como: boia, paranoico, heroico, ideia.

 

Continuam acento as palavras como céu, dói, chapéu, anéis, lençóis.

Exceção: destróier, Méier.

ACENTO DIFERENCIAL DE TONACIDADE:

Não há mais acentos para diferenciar substantivos e formas verbais.

Ex:

– Ele foi para a igreja. (para: preposição)

– Esta menina não para de chorar (para: verbo).

– Cristina foi pelo beco. (pelo: contração de preposição + artigo).

– O pelo do gato é preto. (pelo: substantivo).

Exceção: Continua sendo acentuado o verbo pôr, como também o tempo pretérito perfeito pôde. Acentuar forma ou fôrma para diferenciar ficou facultativo.

HIATO:

Hiatos como “oo”, “ee” não são mais acentuados.

Ex:

Abençoo, perdoo, leem.

Mas as formas verbais, como ele vê, eles vêm (vir), eles têm, continuam sendo acentuadas.

ACENTO AGUDO EM “U”:

– Não se acentua mais o “u” tônico em argui, apazigue, averigue.

– “i” e “u” precedidos por ditongos em paroxítonas não recebem mais acentos.

Ex: feiura, bocaiuva.

Continuam recebendo acento as palavras feiíssimo e cheiíssimo porque são proparoxítonas e as oxítonas como Piauí e teiú.

HÍFEN:

O hífen permanecerá nas seguintes regras:

– Se o segundo elemento começar com “h”.

Ex: geo-história, super-herói.

– Se separar consoantes iguais ou vogais.

Ex: inter-racial, micro-ondas, micro-ônibus, hiper-real.

– Para separar prefixos como “pan” e “circum” começando por vogal, “m”, “h” ou “n”.

Ex: pan-americano, circum-navegação.

– Em “pó”, “pré” e “pró”.

Ex: pós-graduação, pré-reitor, pós-auricular.

Exceção: Quando as palavras se unirem por um prefixo terminado em vogal mais uma palavra iniciada por “r” ou “s”.

Ex: contrarregra, motosserra, suprarregional.

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