No dia 27 de agosto é comemorado o Dia do Psicólogo, a data representa o decreto de lei que regulamentou a profissão no Brasil, em 1964.
O profissional de psicologia é um conhecedor da mente humana. A palavra deriva do grego e significa psyche (mente ou alma) e logos (conhecimento), ou seja, “ciência da alma”: sua definição mais antiga. Os filósofos são considerados os primeiros psicólogos da história, pois já faziam especulações em relação a problemas psicológicos, em busca de respostas sobre a natureza da alma e de sua relação com o corpo. Daí o costume de se dizer que a filosofia é a mãe da psicologia.
Apesar de muitos filósofos e pensadores terem se ocupado da mente humana em seus estudos, foi apenas no século XVI que apareceu pela primeira vez o termo psicologia, quando o humanista croata Marco Marulik publicou “A psicologia do pensamento humano”.
Hoje, a definição da psicologia é outra: o psicólogo estuda os fenômenos da mente e do comportamento do homem com o objetivo de compreender e orientar os indivíduos a enfrentar suas dificuldades emocionais e ajudá-los a encontrar o equilíbrio entre a razão e a emoção.
História e realidade da psicologia no Brasil
O trajeto da Psicologia pode ser sintetizado como o de uma profissão comprometida com interesses da elite brasileira, aliás, esta elite é responsável pelo ingresso e desenvolvimento da Psicologia no país. No momento atual, existe um projeto de compromisso com as necessidades da maioria da população brasileira, com uma vontade clara, entre os psicólogos, de estarem inseridos em maior número nesta realidade.
“Pode-se dizer que todos os psicólogos atualmente gostariam que a Psicologia estivesse mais inserida em nossa sociedade, o que significa, efetivamente, um compromisso maior com relação ao nosso papel social”, explica Ana Mercês Bahia Bock, doutora em Psicologia Social da PUC-SP.
Por outro lado, essa medida de inserção é tensa, pois a formação profissional oferecida no curso superior não abrange o campo de atuação do psicólogo em saúde pública.
Assim, os psicólogos encontram muitas dificuldades em acompanhar e responder às demandas sociais e políticas por melhorias da qualidade de vida da população usuária do SUS.
”É necessária uma formação adequada, que habilite o profissional a realizar uma análise crítica da realidade brasileira, que o capacite a detectar alternativas de intervenção, a acompanhar e responder ao contexto social e político de todos” garante a psicóloga.
Ainda segundo Ana, busca-se uma reavaliação do ensino, acompanhada de novas formas de atuação dentro do SUS, que garantam a melhoria dos serviços prestados pelo psicólogo em saúde pública e assim, um reconhecimento maior da importância que a profissão exerce agora e futuramente, visto que as pessoas estão cada vez mais carentes no que diz respeito a relações humanas e a depressão continua sendo a doença do século.
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