Guerra Fria

termo Guerra Fria foi utilizado “para caracterizar o estado de constante hostilidade nas relações internacionais entre países, sem assumir a forma de conflito aberto ou luta armada”, surgido após a Segunda Guerra Mundial em decorrência dos antagonismos entre EUA e URSS.

As origens da Guerra Fria podem ser encontradas no final da Primeira Guerra Mundial quando, na Rússia, ocorreu a Revolução Socialista, e os Estados Unidos despontavam como grande potência.

Nessa época, surgiu um clima de desconfiança no Ocidente com a possível expansão do socialismo, que poderia vir a se chocar com os interesses capitalistas. Mas foi com o término da Segunda Guerra Mundial que o antagonismo entre capitalismo e socialismo se acentuou.

Com a Conferência de Potsdam, o mundo foi, praticamente, dividido em áreas de influência entre Estados Unidos e União Soviética. As duas potências que emergiram no pós-Segunda Guerra demonstravam interesses em expandir-se econômica e politicamente.

A tensão entre Estados Unidos e União Soviética aflorou, em 1947, quando na Turquia e na Grécia — que pela Conferência de Ialta deveriam ficar sob domínio inglês — eclodiram movimentos comunistas que pretendiam aliar essas duas nações à União Soviética. As tropas norte-americanas intervieram na região, sufocando os movimentos comunistas.

Na ocasião, o presidente norte-americano, Harry Truman, enviou uma mensagem ao Congresso, dizendo que os Estados Unidos deveriam apoiar os países livres que estavam “resistindo a tentativas de subjugação por minorias armadas ou por pressões externas”. Na realidade, a mensagem do presidente Truman — que tratava sobre a Grécia e Turquia — justificava a intervenção militar dos Estados Unidos não só nesses países, mas também em outros, nos quais os comunistas pudessem vir a disputar ocontrole político.

A Doutrina Truman, como ficou conhecida, inaugurava a Guerra Fria. A partir de então, Estados Unidose União Soviética passaram à busca do fortalecimento econômico, político, ideológico e militar próprios e de suas áreas de influência, formando verdadeiros blocos.

Da mesma forma que os Estados Unidos, em 1948, deram início à reconstrução europeia, através do Plano Marshall, a União Soviética, em 1949 — juntamente com a Polônia, Bulgária, Hungria, Romênia, Mongólia, Tchecos-lováquia e Alemanha Oriental — criou o Comecon (Conselho de Assistência Econômica Mútua), destinado a promover a autossuficiência econômica do bloco socialista.

Dos planos de ajuda econômica, os blocos passaram a constituir alianças político-militares, visando às suas respectivas defesas através da demonstração de suas capacidades de armamento.

Em 1949 foi criada a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), formada pelos EUA, Inglaterra, França, Alemanha Ocidental, Canadá, Islândia, Bélgica, Holanda, Noruega, Dinamarca, Luxemburgo, Portugal, Itália, Grécia e Turquia.

Em 1955 foi firmado o Pacto de Varsóvia, entre a União Soviética, Albânia, Bulgária, Tcheçoslováquia, Hungria, Polônia, Romênia e Alemanha Oriental.

O primeiro confronto declarado entre Estados Unidos e União Soviética ocorreu na Guerra da Coreia (1950-1953), quando a Coreia do Norte, com ajuda soviética, invadiu a Coreia do Sul, apoiada pelos EUA.

Em 1953, com o término da guerra, a Coreia permaneceu dividida entre o Norte e o Sul, mantendo as influências soviética e norte-americana, respectivamente.

Na segunda metade da década de 1950, os Estados Unidos e a União Soviética, com o domínio da energia nuclear (produção de armas atômicas), iniciaram uma fase de coexistência pacífica, entremeada por algumas crises, mas que não levaram a um conflito direto entre as duas grandes potências que dominaram o mundo até o início da década de 1990.

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