Biografia: José Mayer

Profissão: Ator / Diretor / Cenógrafo

Cidade : Jaraguaçu, Minas Gerais

José Mayer nasceu em Jaraguaçu, inerior de Minas Gerais. Filho de um enfermeiro e de uma cabeleireira, ingressou no curso de Letras da Faculdade de Filosofia de Belo Horizonte m 1968, mesmo ano em que passou a integrar o Grupo de Teatro Geração.

Em 1972, o jovem ator venceu uma licitação e começou a dirigir o Teatro Senac da capital mineira. No período de sete anos em que assumiu o posto, teve experiência como produtor, diretor, ator e cenógrafo. Em setembro de 1979, após se apresentar diante de uma plateia vazia com um espetáculo muito elogiado pela crítica, que resolveu se mudar para o Rio de Janeiro e tentar a sorte na cidade.

Em oito meses já estava escalado para atuar no episódio “O Foragido”, da primeira temporada da série “Carga Pesada” (1980), estrelada por Stênio Garcia e Antonio Fagundes. Foi a sua estreia como ator na TV.

Na década de 80 José Mayer integrou o elenco de várias séries baseadas em temas brasileiros na dramaturgia da Globo, participando de episódios de “Plantão de Polícia” (“O Pega”, 1980), “Malu Mulher” (“Simplicidade Voluntária”, 1980) e “Caso Verdade”. Em 1982, foi convidado para um dos principais papéis da minissérie “Bandidos da Falange”. Aí começava a sua parceria com o autor Aguinaldo Silva.

A obra foi exibida em 1983 e na época o ator ganhou o seu primeiro papel em uma novela: o galã Ulisses, de “Guerra dos Sexos”, de Silvio de Abreu. Esses dois trabalhos renderam a José Mayer o prêmio de Ator Revelação da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

Em seguida, foi convidado para protagonizar uma novela no horário nobre, até então exibida às oito da noite, na TV Globo. Interpretou o personagem Piscina em “Partido Alto” (1984), de Gloria Perez e Aguinaldo Silva.

As séries continuaram presentes na trajetória do ator. Em 1985, participou de “O Tempo e o Vento”, adaptação de Doc Comparato da obra de Erico Verissimo, e interpretou o galã Edson na novela “A Gata Comeu”, de Ivani Ribeiro, de grande sucesso do horário das seis da TV Globo.

Mas não foi apenas como ator que José Mayer fez carreira. Ao chegar ao Rio de Janeiro e antes conseguir um papel em “Carga Pesada”, ele trabalhou como dublador do Burro Falante, personagem do “Sítio do Picapau Amarelo” e ganhou, mais uma vez, o prêmio da APCA como Melhor Ator de TV pelo trabalho. Anos depois, se tornaria um dos protagonistas mais marcantes de sua carreira: Zé do Burro, na minissérie “O Pagador de Promessas” (1988), de Dias Gomes.

A minissérie só foi exibida em 1988, quando estava no ar na novela “Fera Radical”, de Walther Negrão, no papel de Fernando Flores. Pelo Zé do Burro,

Em 1989, deu vida ao galã rude Osnar, em “Tieta”, novela de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Nos anos 90, atuou na minissérie “Agosto” (1993), baseada na obra de Rubem Fonseca e escrita por Jorge Furtado e Giba Assis Brasil, na qual interpretou o comissário Mattos.

Foi nos anos 2000, no entanto, que o ator consolidou o posto de galã na novela “Laços de Família” (2000), de Manoel Carlos. Interpretou Pedro, um criador de cavalos. Na minissérie “Presença de Anita” (2001), viveu o escritor Fernando, que vivia um caso amoroso com a jovem interpretada por Mel Lisboa. Em “Mulheres Apaixonadas” (2002), foi o médico mulherengo César. Em “Páginas da Vida” (2006), interpretou o charmoso empresário Greg, par romântico da personagem da atriz Natália do Vale. Em 2007, em “Viver a Vida”, deu vida a Marcos, que era casado com a modelo Helena, papel de Taís Araújo.

Em 2013, o ator encarnou Zico Rosado no remake de “Saramandaia”, exibido no horário das onze da TV Globo. Em 2014, volta às telenovelas num papel completamente diferente ao que o público está habituado a vê-lo. José Mayer foi convidado para atuar na novela “Império”, de Aguinaldo Silva, como o cerimonialista Cláudio. Na trama, ele interpreta um personagem homossexual e mantém um relacionamento paralelo com um rapaz de 30 anos, Leonardo (Klebber Toledo), apesar de ser casado e feliz com Beatriz (Suzy Rêgo).

O ator tem uma extensa carreira no cinema, com mais de 15 filmes. Entre os filmes mais recentes estão “Amazônia Caruana” (2010), de Tizuka Yamazaki, e “Divã” (2009), de José Alvarenga Jr. No teatro, sua última peça foi Um Violinista do Telhado (2011).

José Mayer é casado com a atriz Vera Fajardo, com quem tem uma filha, Júlia, que também seguiu os passos dos pais na carreira artística. O ator e a mulher se conheceram em 1970, nos bastidores da montagem da peça “George Dandin”, de Molière, em Belo Horizonte.