Resenha do livro “Um toque de clássicos”

 

2 APRESENTAÇÃO DO/A AUTOR DA OBRA

Tania Quintaneiro é graduada em Ciências Sociais, com mestrado em Ciência Política pela UFMG onde se aposentou como professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da mesma instituição.

Maria Ligia de Oliveira Barbosa é socióloga, tem doutorado pela Universidade Federal de Campinas e pós-doutorado em Economie e Sociologie de i’Education pelo Institute pour la Recherche, na Universidade da Borgonha.

Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira é professora da UFMG.

3 PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA

O livro além de sugerir e discutir sociologia, traz uma síntese sobre os aspetos sociológicos da história, com base em fundamentos de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. A obra traz separada em 4 principais capítulos a ampla herança literária deixada pelos três pensadores. A especificidade do trabalho de cada autor, assim como os métodos de estudo de cada um deles. Também traz perspectivas e conceitos da sociologia de cada autor e mostra como elas se diferenciam e as vezes se ligam de tal maneira que se a sociologia pudesse ser descrita em forma geométrica, com certeza seria um triângulo, com um pensador em cada ponta, com suas bases se apoiando.

4 BREVE SÍNTESE DA OBRA

O livro “Um Toque de Clássicos” faz referência às transformações que aconteceram através da industrialização e refere-se também aos fatos ocorridos antes da sociologia como ciência. Foi através de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que os fundamentos da sociologia e a própria sociologia foram estabelecidos como ciência de fato, passado a se transformar em disciplina acadêmica. A ciência sociológica surgiu para entender os novos modelos de sociedade, seus sistemas organizacionais e seus alicerces.

5 PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA

A obra “Um Toque de Clássicos” faz uma ligação entre todos os aspectos sociológicos, com as transformações ocorridas pela revolução industrial e como elas afetaram a maneira de viver e pensar.

É sabido que com a revolução industrial o capitalismo ganhou força, fazendo com que as famílias se aventurassem buscando melhores condições de trabalho nas cidades, que cresceram absurdamente rápido. Como esse crescimento não foi planejado, ele trouxe vários problemas junto, como doenças, fome, falta de saneamento básico, etc., principalmente para os mais pobres. E todo esse transtorno diminuiu a taxa de expectativa de vida absurdamente. Muitas mudanças ocorreram também na família. A mulher passa a ter valor familiar e a criança deixa de ser um mini adulto e passa a ser tratada como tal. Também após a revolução, o casamento deixou de ser unicamente por negócio, e surgiu o amor romântico. pessoas se casavam por amor.

Com toda essa mudança de costumes, valores e pensamentos, surgiu também a reforma protestante. As pessoas cada vez mais contestavam a divindade e a autoridade da igreja. Elas passaram a crer na razão, ou seja, pensar por que a igreja dominava tudo e onde se mantinha o poder. O individuo conquistou assim direitos e autonomia sobre si próprio.

Esses foram alguns fatores que antecederam a sociologia. Foram através dessas mudanças que algumas formas de pensar e alguns nomes ganharam destaque. na filosofia grega temos Rousseau, Thomas Hobbes e Descartes. E na literatura francesa Conde de Saint-Simon, que chegou a conclusão que os fenômenos sociais estariam sob a lei e que a razão era necessária para controlar a ordem na nova sociedade. Claude Henri de Rouvroy.

KARL MARX

Com o fundamento da sociologia, a obra de Karl Marx ganha destaque. Ele é o primeiro grande sociólogo da história. Muito do pensamento Marxista tem influência e parcerias de Hegel e Engels. Na teoria de Marx, encontra-se uma crítica ao capitalismo. Em seu método dialético ele aponta as contradições da sociedade que resulta na negação de uma ordem. Para Marx, a sociedade teria que ser criticada para então revelar sua potencialidade.

Segundo Marx também, o homem só estabelece relações devido ao meio em que vive e produz. essa perspectiva materialista, tudo que o homem produz e consome é base do primeiro momento histórico da produção de vida material.

Marx aponta a diferença entre homem e animal no modo como se relacionam com a natureza. Segundo ele, o animal usa da natureza de forma inconsciente, servindo-se apenas do que lhe é necessário. O homem usa da natureza de forma consciente, acumulando o que não é necessário. E através do trabalho, que é a atividade humana principal, o homem consegue um domínio sobre a natureza. Marx aponta também que os homens herdam certas formas de trabalho de gerações antigas e as modificam conforme o seu tempo, isso de geração para geração, fazendo uso das divisões de trabalho, que no pensamento marxista, o capitalismo causa a alienação do individuo. Marx aponta que o aumento da produção desencadeou o surgimento das classes sociais e com elas a luta de classes. Segundo ele, a luta de classes foi a principal ferramenta para as principais mudanças e transformações na história.

A idéia principal marxista é o capitalismo e as formas socioeconômicas. De um lado o trabalhador que oferece sua forca e seu trabalho, do outro o empregador com o salário em troca do seu trabalho. Para Marx, o capitalismo pode ser extinto se houver uma grande revolução social, pois o trabalhador vê o trabalho com uma simples forma de existir.

Para finalizar, Marx afirma que o comunismo é a grande solução para o futuro, pois da ao homem poder na sociedade. e seria uma nova forma consciente de construir a sociedade humana.

ÉMILE DURKHEIM

Émile Durkheim foi um francês, pensador e sociólogo, apareceu em meio as guerras na Europa, defendendo a idéia de que o individuo somente avança, só se aperfeiçoa pela lei do progresso.

Segundo o pensamento Durkheimiano, o coletivo era o que produzia a sociologia, através dos fatos sociais, que estava presente em todos os indivíduos de uma sociedade. O pensador afirma que a sociedade não é limitada, ela se transforma segundo as maneiras de agir do indivíduo e segundo as suas maneiras de ser (que são naturais mas que se transformam junto com a sociedade).

Para o autor, os fatos sociais são constituídos de conceitos e vivências, e para analisá-los devem tratar fatos sociais como “coisas” e separá-los de alguma pré-noção para conseguir analisar o fato em si.

Para Durkheim, para o homem viver em sociedade, é necessário ele estar sob regras e preceitos morais. E para ele, o homem se torna livre a partir do momento em que a sociedade busca um bem comum.

MAX WEBER

O alemão Max Weber sofreu grande influência dos também pensadores Marx e Nietzsche, que abordavam o capitalismo ocidental, mostrando como as idéias e fatores materiais intervinham na sociologia.

Weber determinou o posicionamento que um cientista deve assumir, sem levar em consideração seus próprios pensamentos e idéias, sem julgar a partir deles e sem camuflá-los como fatos sociais. Weber também consegue distinguir ciência de política, sendo a ciência racional, trazendo esclarecimento e conhecimento, tendo como obrigação dizer a verdade. E a política sendo reflexão da ação do homem.

Weber aponta que as ciências sociais buscam compreender os eventos culturais, a vida que rodeia o homem, com todas as suas particularidades. E são esses fatos particulares que esses cientistas devem estudar.

O conceito de tipo ideal, criado por Weber, ajuda o cientista na análise da sociologia. O tipo ideal ajuda na compreensão da realidade.

Na sociologia Weberiana, ação e ação social são fundamentais, onde toda conduta humana é considerada como ação.

6 Reflexão crítica sobre obra e implicações

No livro UM TOQUE DE CLASSICOS, as autoras Tania Quintaneiro, Maria Ligia de Oliveira Barbosa e Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira, buscam abordar os temas sociológicos com base nos pensadores Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber de forma simples e direta.

As obras originais desses pensadores abordam temas sociológicos de maneira complexa. O intuito das autoras, alem de apresentar essas obras, era apresentá-las de maneira mais simples, de maneira com que o leitor pudesse compreender a complexidade dos assuntos ali mencionados.

Porém, mesmo a obra tentando facilitar o entendimento, ainda continuou bem confusa, principalmente durante o texto de Karl Marx.

Por fim, chega-se a conclusão de que apesar de simples, a obra ainda permanece complexa.

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