Liverpool, a cidade dos Beatles, na Inglaterra

 

cidade de liverpool Beatles

Liverpool está no imaginário da grande maioria dos amantes de música. Isso porque a cidade, além de ser um berço de artistas que trabalham na indústria musical, ainda é a casa da maior banda de todos os tempos. Sim, estamos falando de The Beatles e sim, Liverpool É a cidade dos Beatles.

Liverpool fica no noroeste da Inglaterra, a quase quatro horas de distância de Londres (2 horas e meia, de trem) e a quatro horas de Edimburgo. Então, para aproveitar tudo que a cidade dos Beatles tem a oferecer (apesar de ter muita gente que faz um bate e volta de Londres) é bom passar mais de um dia lá, pois, além de a viagem ser longa, fará seu tour ser muito corrido.

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A maioria das pessoas que visita a cidade de Liverpool está atrás de uma só coisa: conhecer cada um dos pontos turísticos ligados aos Beatles. E mesmo que sejam somente fachadas de casas ou placas de ruas, para quem ama as músicas escritas pelo quarteto mais conhecido do mundo, cada um desses detalhes é um motivo para se emocionar.

Mais sobre música: The Beatles Story, o museu com a história dos Beatles em Liverpool

O tour pela cidade dos Beatles

Existem vários tours, de várias agências, durações, valores e trajetos diferentes pela cidade de Liverpool. O mais famoso de todos é o Magical Mystery Tour (sim, o mesmo nome da música!), produzido pelo próprio The Cavern Club, o clube noturno onde os Beatles começaram a se apresentar na cidade.

O tour pode ser agendado pela internet e, durante a alta temporada, é bom que se reserve com certa antecedência, pois os passeios possuem horários fixos e a procura é alta.

O Magical Mystery Tour, assim como grande parte dos tours dos Beatles, parte do Albert Dock, o ponto turístico mais visitado de Liverpool, e dali, segue viagem. Do deck, enquanto espera o tour partir, é possível ver um submarino amarelo (o Yellow Submarine!) flutuando nas águas.

Todos embarcam em um ônibus pintado nas cores do arco-íris, criando um ambiente bastante lúdico, que já prepara os turistas para o que vem nas próximas duas horas de passeio.

Com um guia que era irmão do vocalista da Frankie Goes to Hollywood (a “segunda” banda mais famosa de Liverpool) e um motorista que chegou a tocar com Pete Best, o Beatle que foi substituído por Ringo, o tour é mergulhado no mundo da música e na história da Liverpool dos anos 50/60, com explicações de cada detalhe da vida dos integrantes do Fab Four, tudo em meio a canções dos Beatles que pontuam cada lugar.

As casas de Ringo, John, Paul e George

No roteiro pela cidade de Liverpool estão as casas onde passaram a infância cada um dos integrantes do Fab Four.

Passamos pela casa onde Ringo cresceu, num bairro bem humilde. A rua e o pub vizinho mais tarde serviram de inspiração para a capa de seu primeiro álbum solo, chamado Sentimental Journey.

A casa da tia Mimi, onde John cresceu também é vista do lado de fora, sendo a mais rica de todos. John teve uma boa infância, apesar de não ter sido criado por sua mãe Julia, que morreu atropelada a metros da casa que vemos do ônibus. Em sua fachada, uma placa azul com dados de John Lennon se encontra. Na Inglaterra, após 20 anos da morte de indivíduos de renome, o setor de patrimônios do país tomba locais importantes para o crescimento dessas pessoas.

Na casa da família de Paul podemos descer, e lá, assim como na de John, caso esteja na temporada, é possível entrar e ver seu interior. Para tanto é preciso agendar a entrada com uma visita guiada pelo National Trust.

Já a casa onde George nasceu talvez seja a mais curiosa. Numa ruela bastante escondida, descemos do ônibus e vamos até um típico beco da cidade de Liverpool. Em uma das casinhas geminadas, nasceu George, em meio a outros sete parentes, que viviam no mesmo sobrado de apenas dois quartos, fazendo dele o Beatle mais humilde em sua origem.

A visita à fachada da casa pode ser um pouco conturbada caso algum vizinho não venha autorizar a aproximação. Então, caso vá sozinho, tome cuidado, pois os moradores do local já estão meio saturados de receber várias pessoas em suas portas tirando fotos.

Penny Lane (is in my ears and in my eyes…)

Penny Lane, para quem não sabe, antes de ser uma das músicas mais conhecidas dos Beatles, é uma rua de onde partia um ônibus que Paul McCartney usava para ir à casa de John. A rua que funcionava como referência na região e logo deu nome a todo o bairro no seu entorno que é citado por McCartney na música.

Na rua em questão paramos na simples, mas não menos famosa plaquinha de rua, onde somente se vê escrito “Penny Lane”, mas que causa uma emoção tamanha a quem sempre escutou aquela canção tão cheia de vida.

Enquanto passamos pela rua e rodamos o bairro, podemos ver cada prédio descrito por Paul em seus versos, a barbearia, o banco, a rotatória… tudo muito lúdico.

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Strawberry Field(s Forever)

Outro lugar super aguardado para quem visita Liverpool, na Inglaterra, é o Strawberry Field, ou em português, o campo de morango. Assim como Penny Lane, antes de virar a incrível canção escrita por John, Strawberry Field era um orfanato de meninas que pertencia ao Exército da Salvação. John morava ali perto e durante sua infância sempre ia se pendurar em suas árvores e observar as meninas brincando.

O ônibus também para no portão vermelho de entrada para que todos possam tirar fotos ao lado da placa, já bastante rasurada pelos turistas. A placa e o portão que se encontram ali hoje não são originais, mas reproduzem fielmente como eram na época.

Outros pontos da cidade dos Beatles

No trajeto passamos pela igreja onde John e Paul se conheceram, a St. Peter’s Church, cujo cemitério contém o tumúlo de uma tal Eleanor Rigby, que emprestou o nome a canção homônima.

Também vemos as escolas onde cada um deles estudou, desde o jardim de infância até o renomado Instituto de Artes.

The Cavern Club: o clube mais famoso do mundo

A parada final é no The Cavern, o clube onde os Beatles se apresentavam em Liverpool antes de ficarem famosos. Foi lá que o Fab Four foi descoberto por Brian Epstein, o primeiro empresário da banda.

A entrada no local é gratuita para quem faz o tour do Magical Mystery Tour e ao apresentar um voucher que entregam na bilheteria do passeio, o turista ganha de brinde um cartão postal, mixuruca, mas pelo menos é algo para se guardar de lembrança.

A casa noturna foi inaugurada em 1957 e funcionou a pleno vapor até 1973, ano em que foi demolida. Devido à grande história por trás do clube, ele acabou reconstruído em 1984 com tijolos do original, da mesma forma em que era quando foi ao chão.

Seu espaço fica no subsolo, com bares, lojinhas e áreas para shows. Todos os dias, durante praticamente todos os horários tem alguém se apresentando no The Cavern.

 

Em seu palco já subiram verdadeiras lendas da música, como os próprios Beatles, que fizeram do lugar o que ele é hoje, o The Rolling Stones, Elton John, Queen, Oasis e até, recentemente, Adele.

Do outro lado da casa noturna ainda fica o The Cavern Pub, onde é possível comer, e onde se encontra do lado de fora uma estátua de John Lennon.

Com o ingresso do tour, o turista pode, não só entrar de graça como voltar durante sua estadia em Liverpool sem pagar nada para entrar.

Outros locais para um beatlemaníaco visitar na cidade dos Beatles

A cidade de Liverpool também abriga, no Albert Dock, o maior museu permanente sobre os Beatles do mundo. É o The Beatles Story e, por ser magnífico, escrevemos um texto só sobre ele.

E do outro lado do Albert Dock, no Liverpool Waterfront, ficam as estátuas dos quatros Beatles caminhando, ótimas para tirar fotos.

Onde ficar em Liverpool*

Durante nossa estadia na cidade dos Beatles, nos hospedamos no YHA Liverpool, localizado pertinho do Albert Dock, da rodoviária, dentro do conjunto comercial Liverpool One, (de onde partimos para Birmingham) e da Paradise Street, rua cheia das mais descoladas lojas e restaurantes.

O albergue faz parte da enorme rede YHA, espalhada por toda a Inglaterra e País de Gales. Com um lobby cheio de referência aos Beatles, bem aconchegante e ótimo para tomar um café ou trabalhar no notebook.

Seus quartos são básicos, mas espaçosos, com camas quentinhas e confortáveis, e algumas suítes com banheira.

Todo o prédio é superseguro, com portas e mais portas bem protegidas.

O café da manhã é a parte, mas bastante vasto, com tudo que um inglês precisa para acordar bem disposto.

Os únicos contras seriam a falta de elevadores (quem viaja com malas vai ter que subir carregando-as) e a falta de toalhas, cujo uso também é cobrado à parte, algo que não víamos há muitos anos em albergues durante nossas viagens.

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