Guerra Fria

Guerra Fria é o nome utilizado para falar do cenário político internacional no período após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando Estados Unidos (EUA) – capitalista – e União Soviética (URSS) – socialista – polarizaram as relações internacionais. A expressão guerra fria define bem a situação existente naquele contexto porque as duas potências não chegaram a se enfrentar diretamente em um conflito armado. O fato de que ambas as potências possuíam a bomba atômica foi fundamental para que um conflito direto não acontecesse entre elas, pois sabia-se que uma vez iniciada uma guerra de fato, essa não acabaria sem a destruição total do inimigo e, talvez, de boa parte do planeta.
Desenhou-se então um cenário de disputa internacional por poder em que cada um dos lados aproveita-se de toda oportunidade para expandir seu domínio e influência pelo mundo. A fim de unir militarmente os países alinhados do Ocidente, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em 4 de abril de 1949, com a participação de Estados Unidos, Canadá, Portugal, Itália, Noruega, Dinamarca, Islândia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, França e Reino Unido. Já os países alinhados a URSS, como Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Romênia organizaram-se, em 14 de maio de 1955, no Pacto de Varsóvia. As duas organizações tinham por objetivo garantir a proteção mútua dos seus membros, assim, caso um país fosse atacado, seus aliados deveriam intervir e/ou enviar ajuda.
Apesar de não terem combatido diretamente, Estados Unidos e União Soviética envolveram-se em conflitos através de guerras em países periféricos, como a Guerra do Vietnã(1959-1975), Guerra do Afeganistão (1979–1989) e a Guerra das Coreias (1950-1953), em que cada uma das potências apoiou belicamente um grupo armado diferente a fim de que seus interesses fossem defendidos naquelas regiões.
Investimentos em tecnologia, armas e propaganda foram elementos centrais na Guerra Fria. Cada um dos lados buscava provar para o mundo sua superioridade e a do modelo econômico que defendia. A competição chegou a ultrapassar os limites do próprio planeta Terra no final da década de 1950 com a chamada Corrida Espacial, isso é, a disputa pelo pioneirismo na conquista do espaço quando, em 4 de outubro de 1957, os soviéticos lançaram o primeiro satélite artificial do planeta, o Sputnik.
Em outubro de 1962, a tensão entre os dois países aumentou no episódio chamado de Crise dos Mísseis de Cuba, quando a URSS posicionou mísseis direcionados ao país inimigo na ilha caribenha, também comunista e sua aliada, em resposta aos mísseis instalados pelos estadunidenses na Turquia, país que fazia fronteira com os soviéticos.
Apesar de terem combatido juntos os países do Eixo – Alemanha, Itália e Japão – durante a Segunda Guerra Mundial, as relações entre Estados Unidos e União Soviética eram tensas. Os diferentes sistemas econômicos e políticos adotados pelos dois países eram antagônicos e concorrentes. De um lado, o capitalismo estadunidense e seu sistema político democrático; do outro, o comunismo soviético sob o comando autoritário de Stalin desde 1922.
Com o fim da guerra se aproximando, a relação entre os dois países ficava cada vez mais complicada e, quando o conflito de fato terminou, já era evidente que a colaboração entre as duas potências também havia chegado ao fim. O inimigo comum – nazismo – era o que os mantivera lado a lado e, uma vez derrotado, cada um dos países buscou tratar dos seus próprios interesses políticos, econômicos e territoriais.
Entre os dias 17 de julho e 2 de agosto de 1945, na cidade alemã de Potsdam, aconteceu a última das reuniões entre os Países Aliados, com a presença de Joseph Stalin, líder soviético; de Harry S. Truman, presidente dos Estados Unidos; e de Winston Churchill, primeiro-ministro britânico. O objetivo dessa conferência era decidir o futuro da Alemanha, derrotada, e dos territórios ocupados pelos nazistas. O resultado foi a divisão da Alemanha em quatro zonas, ocupadas pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética. A capital alemã, Berlim, foi também dividida entre as quatro potências. A zona soviética formou a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), comunista, e as outras três uniram-se para formar a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental).
Foi dessa divisão que emergiu um dos maiores símbolos da Guerra Fria, o Muro de Berlim. Erguido em agosto de 1961 pela Alemanha Oriental para impedir que sua população fugisse para o lado ocidental, o muro dividiu a capital alemã até 9 de novembro de 1989, quando o Partido Comunista da Alemanha Oriental anunciou que a população poderia atravessar a fronteira para a República Federal da Alemanha livremente. A queda do muro, como ficou conhecido o episódio, simbolizou também o fim da Guerra Fria, pois mostrava o enfraquecimento do comunismo e a proximidade do colapso soviético, o que ocorreu pouco mais de dois anos depois, em 26 de dezembro de 1991.

Guerra Fria

Guerra Fria é o nome utilizado para falar do cenário político internacional no período após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando Estados Unidos (EUA) – capitalista – e União Soviética (URSS) – socialista – polarizaram as relações internacionais. A expressão guerra fria define bem a situação existente naquele contexto porque as duas potências não chegaram a se enfrentar diretamente em um conflito armado. O fato de que ambas as potências possuíam a bomba atômica foi fundamental para que um conflito direto não acontecesse entre elas, pois sabia-se que uma vez iniciada uma guerra de fato, essa não acabaria sem a destruição total do inimigo e, talvez, de boa parte do planeta.
Desenhou-se então um cenário de disputa internacional por poder em que cada um dos lados aproveita-se de toda oportunidade para expandir seu domínio e influência pelo mundo. A fim de unir militarmente os países alinhados do Ocidente, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em 4 de abril de 1949, com a participação de Estados Unidos, Canadá, Portugal, Itália, Noruega, Dinamarca, Islândia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, França e Reino Unido. Já os países alinhados a URSS, como Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Romênia organizaram-se, em 14 de maio de 1955, no Pacto de Varsóvia. As duas organizações tinham por objetivo garantir a proteção mútua dos seus membros, assim, caso um país fosse atacado, seus aliados deveriam intervir e/ou enviar ajuda.
Apesar de não terem combatido diretamente, Estados Unidos e União Soviética envolveram-se em conflitos através de guerras em países periféricos, como a Guerra do Vietnã(1959-1975), Guerra do Afeganistão (1979–1989) e a Guerra das Coreias (1950-1953), em que cada uma das potências apoiou belicamente um grupo armado diferente a fim de que seus interesses fossem defendidos naquelas regiões.
Investimentos em tecnologia, armas e propaganda foram elementos centrais na Guerra Fria. Cada um dos lados buscava provar para o mundo sua superioridade e a do modelo econômico que defendia. A competição chegou a ultrapassar os limites do próprio planeta Terra no final da década de 1950 com a chamada Corrida Espacial, isso é, a disputa pelo pioneirismo na conquista do espaço quando, em 4 de outubro de 1957, os soviéticos lançaram o primeiro satélite artificial do planeta, o Sputnik.
Em outubro de 1962, a tensão entre os dois países aumentou no episódio chamado de Crise dos Mísseis de Cuba, quando a URSS posicionou mísseis direcionados ao país inimigo na ilha caribenha, também comunista e sua aliada, em resposta aos mísseis instalados pelos estadunidenses na Turquia, país que fazia fronteira com os soviéticos.
Apesar de terem combatido juntos os países do Eixo – Alemanha, Itália e Japão – durante a Segunda Guerra Mundial, as relações entre Estados Unidos e União Soviética eram tensas. Os diferentes sistemas econômicos e políticos adotados pelos dois países eram antagônicos e concorrentes. De um lado, o capitalismo estadunidense e seu sistema político democrático; do outro, o comunismo soviético sob o comando autoritário de Stalin desde 1922.
Com o fim da guerra se aproximando, a relação entre os dois países ficava cada vez mais complicada e, quando o conflito de fato terminou, já era evidente que a colaboração entre as duas potências também havia chegado ao fim. O inimigo comum – nazismo – era o que os mantivera lado a lado e, uma vez derrotado, cada um dos países buscou tratar dos seus próprios interesses políticos, econômicos e territoriais.
Entre os dias 17 de julho e 2 de agosto de 1945, na cidade alemã de Potsdam, aconteceu a última das reuniões entre os Países Aliados, com a presença de Joseph Stalin, líder soviético; de Harry S. Truman, presidente dos Estados Unidos; e de Winston Churchill, primeiro-ministro britânico. O objetivo dessa conferência era decidir o futuro da Alemanha, derrotada, e dos territórios ocupados pelos nazistas. O resultado foi a divisão da Alemanha em quatro zonas, ocupadas pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética. A capital alemã, Berlim, foi também dividida entre as quatro potências. A zona soviética formou a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), comunista, e as outras três uniram-se para formar a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental).
Foi dessa divisão que emergiu um dos maiores símbolos da Guerra Fria, o Muro de Berlim. Erguido em agosto de 1961 pela Alemanha Oriental para impedir que sua população fugisse para o lado ocidental, o muro dividiu a capital alemã até 9 de novembro de 1989, quando o Partido Comunista da Alemanha Oriental anunciou que a população poderia atravessar a fronteira para a República Federal da Alemanha livremente. A queda do muro, como ficou conhecido o episódio, simbolizou também o fim da Guerra Fria, pois mostrava o enfraquecimento do comunismo e a proximidade do colapso soviético, o que ocorreu pouco mais de dois anos depois, em 26 de dezembro de 1991.

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