Fake News: entenda o fenômeno social

 

Inclusive, como o tema pode cair nas provas de vestibular

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Agora tudo é Fake News. A maior acessibilidade aos meios de comunicação permite que qualquer pessoa produza conteúdo e o divulgue nas redes sociais. Assim, muito do que consumimos de informação não corresponde totalmente à verdade. Tanto é que jornalistas estão se desdobrando para conseguir apurar essas informações “duvidosas”. A situação é tão séria que surgiram agências especializadas só em checagem de fatos – as fact-checking agencies.

Porém, a divulgação de notícias falsas não é um evento inédito. Sabe aquele papo de que a História é contada pelos vencedores? Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial, já dizia que os políticos mentiam em entrevistas. A questão é que, hoje, a viralização dessas notícias afeta o entendimento do público sobre o que está acontecendo no mundo. Um exemplo atual é o de como figuras públicas nunca foram tão fiscalizadas sobre suas ações como têm ocorrido de 2016 para cá.

Pois é! Tá pensando o mesmo que a gente? Acertou se seu alerta interior pensou em “Atualidades”. Preparamos este artigo para você desmistificar esse tema de uma vez por todas! E, de quebra, ainda aprender como contextualizar outros temas com as Fake News. Vai que cai na redação? Isso sem falar na hora de tirar onda nas questões de Ciências Humanas. Não vai ter enunciado páreo para você! Vamos nessa?

Existem uma definição para Fake News?

Sim, existe! Em tradução literal para o português, o termo significa “notícias falsas”. Segundo a editora inglesa Collins, Fake News seriam: “informações falsas, e eventualmente sensacionalistas, divulgadas sob o disfarce de notícias”. A expressão também foi escolhida como a “palavra do ano” em 2017 – período em que as menções ao termo na mídia aumentaram em 365%. Os dados são da BBC Brasil, pode confiar que aqui temos compromisso com a verdade!

Porque essas informações viralizam?

Pois é! Você também já se perguntou isso?

Seguinte: existe um conceito recente da Sociologia chamado “pós-verdade”. Em inglês, essa ideia é conhecida como “post-truth”. O termo ganhou evidência quando foi escolhido como a “palavra do ano” em 2016 pela universidade de Oxford. Esta informação foi confirmada pelo Nexo Jornal, beleza?

Segundo esse fenômeno social, uma pessoa está mais condicionada a acreditar em uma informação caso esta esteja alinhada com as crenças desse indivíduo. Ou seja, de acordo com o historiador Leandro Karnal, estamos falando de uma “seleção afetiva de identidade”.

Ficou confuso(a)? Calma, vamos exemplificar para ficar compreensível. Veja bem, todo mundo tem as suas próprias vivências, certo? Mesmo assim, apesar dessa individualidade, existem algumas percepções comuns aos membros de um determinado grupo. Tipo time de futebol. Você compartilha com uma torcida que o clube de vocês é o melhor do mundo.

A pós-verdade entra em ação quando a mídia se aproveita dessa seletividade para manipular certas informações para seus fins próprios. Seria como se algum veículo de comunicação surfasse na onda das negociações de transferência de um jogador top e o seu clube do coração. Ainda que essa operação nem seja real. Tudo isso para criar uma expectativa na torcida e tirar algum proveito desse frenesi.

As fake news são uma ferramenta para a pós-verdade. Divulgar uma informação falsa porque é sabido que um grupo de pessoas vai acreditar e se envolver com o assunto, mesmo que não seja real, é uma forma de manipulação. E é aí que mora o perigo. Essa aproveitamento pode rolar tanto no mundo futebolístico quanto em assuntos bem sérios, como a Economia ou a Política. Deu pra entender?

Fake News é tudo uma coisa só?

De forma alguma! Existem contexto diferentes de produção e divulgação dessas informações.

  • Repasse na inocência: sabe aquela foto que você recebe no grupo do Whatsapp que é claramente uma montagem? Geralmente, as pessoas que compartilham essa mídia tem boas intenções. Querem contribuir para a difusão de notícias, mas não se atentaram a conferir a procedência daquela foto ou texto;
  • Apuração incompleta: às vezes, algumas notícias são produzidas com o real intuito de informar. Porém, a checagem dos fatos não acontece da melhor forma possível. No fim, sobram “meias verdades”;
  • Segundas intenções: infelizmente, também existem pessoas que produzem conteúdo falso com a real intenção de promover à difamação de algo ou alguém.

O jogo virou para os fatos

Justamente por conta da pós-verdade, as pessoas acreditam no que lhes é mais conveniente. Discutimos isso lá em cima, né? Por isso, essa seleção afetiva dos acontecimentos prevalece até mesmo quando existem dados que comprovam que a versão na qual a pessoa acredita não é verídica.

Diante desse novo perfil de consumo de informação, surgiram os influenciadores digitais – os também conhecidos brogueirinhos. A ação de comunicar produtos e notícias tornou-se uma nova modalidade de trabalho. Tanto é que muita gente que ganha a vida assim. E vai achando que vida de Influencer é sonho de princesa, viu? É uma rotina puxada! O trampo envolve desenvolvimento de parcerias, planejamento editorial e negociação de patrocínios. Achou que era só postar uma foto e pronto? Nada disso! O trabalho envolve muita matemática financeira, maior responsa!

Agora, a questão é que todo negócio visa ao lucro. Logo, essa galera pensa em estratégias para tornar o seu empreendimento o mais rentável possível. Todo mundo tem que colocar o pão na mesa, né non? Para os influenciadores digitais, quanto mais pessoas suas produções alcançarem, melhor o desempenho dos seus canais.

Acontece que nem todo mundo tem as melhores intenções. Eventualmente, algumas pessoas produzem conteúdo tendencioso para o ponto de vista que a maioria do seu público adota. A informação, apesar de falsa, viraliza e o influenciador lucra com esse “sucesso”. Viu como é problemático?

Como que as Fake News te afetam

É por isso mesmo que precisamos ficar espertos na hora em que recebemos alguma informação. Segundo pesquisas do laboratório de segurança PSafe, o dfndr lab, os brasileiros acessaram cerca de 2.9 milhões de Fake News entre janeiro a março de 2018. E mais! De acordo com a mesma fonte, o principal meio de disseminação dessas informações é o aplicativo de Whatsapp.

“Mas no que isso afeta minha vida?”

Seguinte, xóvens: as Fakes News, diante do fenômeno que são, afetam a nossa sociedade como um todo! A nossa forma de consumir informação mudou! Estamos mais alertas em relação a notícias. A agência de fact-checking Aos Fatos – lembra que falamos delas? – divulgou uma pesquisa que afirma que 43% dos entrevistados desconfia das informações que recebe em aplicativos de mensagem. Por outro lado, metade dos entrevistados afirmou que já tomou alguma decisão errada baseada em Fake News.

A boa é sempre conferir a veracidade das informações. Quer saber se aquele vídeo que apareceu no grupo da família é real? Basta clicar aqui.

E na prova? Como faz?

“Beleza, mas de prova que é bom, ninguém fala nada!”

Seu desejo é uma ordem! O tema Fake News pode ser abordado de duas maneiras no Enem:

  • Caindo nas questões de Atualidades da prova de Ciências Humanas;
  • Sendo abordado no tema de redação.

Se for o caso da primeira opção, sem problema. Preparamos um modelo de redação exemplar sobre Fake News na sociedade brasileira. Assim, dá para baixar o texto, estudar bastante e não ser pego de surpresa.

Já sobre a segunda opção, temos alguns palpites. Confira

Possíveis temas

  • O termo Fake News caiu na boca do povo mesmo por causa do presidente norte-americano Donald Trump. Durante sua campanha eleitoral, o político usava o termo frequentemente para desmentir possíveis boatos que estavam rolando para prejudicar sua imagem. Fique atento aos temas “Supremacia Branca”“Crise Migratória nos EUA” e ao mandato de Trump como um todo;
  • Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, também adotou o termo. Sempre bom estudar sobre o Brexit. Principalmente, nas indas e vindas que aconteceram nos dois últimos anos. Fakes News foram produzidas para tentar influenciar a população britânica na votação que decidiu se o Estado sairia ou não da União Europeia;
  • Venezuela: o bicho tá pegando fogo no nosso vizinho latino americano. Por isso, venezuelanos estão migrando para terras brasileiras para tentar a sorte por aqui. Além disso, as redes sociais têm sido uma ferramenta essencial para os moradores locais denunciarem os abusos do governo de Maduro. Por outro lado, tem muita gente divulgando Fake News que relativizam a situação do país e fortalecem a imagem do ditador.  Vale dar uma atenção especial a este tema na hora de estudar!

É isto, galerinha! Temos certeza que, depois dessa, você está craque em Fake News! Conte com a gente nesta reta final de preparação para o Enem. Ficar antenado com os principais acontecimentos do Brasil e do mundo só mostra o quão preparado você é! Vamos juntos nessa corrida pelo sonho de entrar na universidade?

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