7 coisas que você precisa saber sobre a lenda do rei Arthur

 

Achados arqueológicos e relatos antigos dão espaço para várias teorias sobre a origem dessa figura lendária da Idade das Trevas

Tapeçaria com retrato do rei Arthur (Foto: Wikimedia)

TAPEÇARIA COM RETRATO DO REI ARTHUR

Teorias e hipóteses misteriosas rodeiam há séculos o nome de rei Arthur, homenageado pela literatura e considerado um grande líder britânico da Idade Média. A lenda diz que Arthur teria impedido a entrada dos saxões na província romana da atual Grã-Bretanha e, enquanto sua existência e origem são até hoje questionadas por estudiosos, vários sítios arqueológicos e locais históricos da Inglaterra e outras regiões tentam preservar a figura heroica de Arthur.

Confira algumas especulações e possíveis evidências relacionadas a ele:

1 – Até hoje não existe consenso entre os historiadores sobre a origem do Rei Arthur, mas acredita-se que ele teria sido um líder associado aos militares romanos durante os séculos 5 ou 6 e o responsável por impedir a invasão dos saxões na Britânia, província romana que ocupava a região da atual Grã-Bretanha.

2 – Alguns também acreditam que as referências sobre o rei sejam uma homenagem à figura mitológica de um urso celta com nome parecido. Outra teoria diz que Arthur é derivado de Arcturus, estrela próxima à constelação Ursa Maior.

3 – Em agosto deste ano, arqueólogos encontraram resquícios de um grande palácio em Tintagel, na Cornualha, local onde o rei Arthur teria nascido, de acordo com lendas medievais. Os especialistas acreditam que o palácio fez parte de um conjunto de prédios luxuosos dos séculos 5 ou 6 d.C. e pode ter abrigado artesãos, soldados e funcionários de alguma autoridade local — talvez um rei.

4 – Geoffrey de Monmouth foi o primeiro autor responsável por popularizar a lenda do Rei Arthur, com as crônicas História dos Reis da Bretanha. Embora seu trabalho não seja levado em conta como um registro histórico autêntico, o escritor declara que a cidade romana de Silchester teria sido o local da coroação de Arthur. Escavações na região têm sido conduzidas desde os anos 1970 pela Universidade de Reading e evidências sobre o rei ainda podem ser descobertas pelos arqueólogos.

5 – Arthur também ficou conhecido como o comandante militar que venceu 12 batalhas contra os saxões. Uma delas, descrita pelo autor Nennius, pode ter ocorrido em Chester, na Inglaterra, onde era chamada de “Cidade das Legiões” durante a Idade Média. Arqueólogos descobriram evidências de uma batalha nesse local e escavações recentes identificaram um anfiteatro: como a lenda costuma dizer que os cavaleiros reuniam-se em uma mesa redonda — a távola redonda —, os historiadores acreditam que essa estrutura pode ter sido bem maior do que um móvel e serviu de espaço para mais de mil homens.

6 – Onde ficava Camelot, o lendário castelo associado ao rei Arthur? A teoria mais recente, do especialista em literatura Peter Field, sugere que Camelot existiu em um antigo forte romano chamado Camulodunum, localizado em West Yorkshire, no Reino Unido. O professor argumenta que, em 500 d.C., a área pode ter sido um ponto bastante estratégico para esse tipo de estrutura. Field tem estudado a possível localização do castelo por 18 meses, mas novas pesquisas ainda devem ser conduzidas. Outras hipóteses incluem regiões como Somerset — o Castelo Cadbury —, Newport, no País de Gales, e Cornualha, no Reino Unido. A antiga Grã-Bretanha abrigou muitos fortes em montanhas e vários deles podem ter servido de esconderijo para Arthur e seus seguidores.

7 – Relatos de 1191 alegam que monges da Abadia de Glastonbury desenterraram uma cruz de chumbo e um túmulo com duas pirâmides e os restos mortais de Arthur e sua rainha Guinevere, que foram removidos na presença do rei Eduardo I e da rainha Leonor de Castela. O arqueólogo Ralegh Radford analisou a área em 1962 e identificou que dois túmulos antigos tinham sido de fato violados na época, mas os ossos e a cruz citados pelos monges nunca foram encontrados.

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