Elementos Químicos Superpesados

 

A tabela periódica dos elementos químicos, organizada no século XIX pelo russo Dmitri Mendeleev, superou os 92 elementos químicos naturais e inclui hoje outros obtidos artificialmente. Os elementos superpesados, ou transurânicos, são produzidos em reatores nucleares ou em imensos aceleradores de partículas. Os dois mais novos integrantes da família química – os elementos 116 (com 116 prótons e 173 nêutrons no núcleo) e 118 (com 118 prótons e 175 nêutrons) – foram construídos em junho de 1999 por pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, Estados Unidos. No total, os físicos já obtiveram 23 transurânicos.

Os elementos encontrados na natureza – do hidrogênio, com um próton e um nêutron no núcleo, ao urânio, com 92 prótons e 146 nêutrons – são átomos estáveis. Os superpesados são radioativos e por isso instáveis. Nascem de violentíssimos choques entre núcleos atômicos mais leves. São necessários trilhões de colisões para que alguns poucos núcleos se fundam em dois ou três superpesados, que duram cerca de um milésimo de segundo. Depois desse intervalo, o átomo começa a perder partículas e a se transformar em outros, mais leves.

A teoria prevê que, entre os transurânicos, existe uma ilha de estabilidade, onde eles teriam uma vida um pouco mais longa. Ela estaria na região da tabela periódica em torno do elemento químico 114. No início de 1999, uma equipe russa anunciou a construção de um único átomo 114 (com 114 prótons e 285 nêutrons), que durou bem mais do que os outros – 30 segundos. Mas o feito aguarda confirmação oficial. Apesar de tão efêmeros, os superpesados são importante objeto de estudo da física de partículas. A compreensão de suas propriedades químicas e físicas pode resultar em novas tecnologias, principalmente na área eletrônica, médica e de novos materiais.

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