As taxas de analfabetismo ainda são altas no Brasil?

 

Dados mostram que 7% da população é analfabeta, mas número se concentra nos idosos e revela desigualdade social

analfabetismo é um dos temas que vem sendo explorado pelas campanhas dos candidatos e nas discussões que rolam nas redes e grupos de WhatsApp. A imagem do mapa do Brasil dividido em regiões com os números sobre analfabetos tem circulado nesses grupos. Esse número é real? Dá para acreditar? O projeto Mentira na Educação, não! está aqui para verificar o que vem sendo falado sobre Educação e mostrar que, em muitos casos, ainda que os números estejam corretos, o contexto em que são reportados pode estar incorreto. E quando se fala em fatos, a credibilidade da fonte que divulga as informações é tão importante quanto a notícia.

Vamos aos fatos. No Brasil, 7% da população com 15 anos ou mais é considerada analfabeta, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2017, o que representa ainda 11,5 milhões de pessoas. Atenção: não estamos tratando apenas de crianças e jovens em idade escolar. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse número aponta para um perfil dos analfabetos brasileiros formado majoritariamente por idosos que, quando eram jovens, não tiveram acesso à escola porque ela era destinada apenas a pessoas de classes sociais mais abastadas. “Na verdade, esse dado é um testemunho das mudanças no ensino escolar, que antes era para poucos, mas agora já passou pela universalização”, explicou o IBGE por e-mail à NOVA ESCOLA.

As pessoas com 60 anos ou mais representam 19,3% de todos os analfabetos no país. Na região Nordeste, a taxa de analfabetismo entre os mais velhos é de 38,6%, o que totaliza 3 milhões de pessoas. “As diferenças etárias, regionais e raciais nesses índices são reflexos das desigualdades sociais na estrutura histórica brasileira”, afirma a assessoria do IBGE.

Olhando por outro ângulo, é possível dizer que o Brasil está “atrasado” em seu projeto contra o analfabetismo. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o país já deveria ter alcançado o índice de 6,5% estipulado para 2015. O atraso no cumprimento das metas e estratégias do PNE representa um risco ao plano de acesso à educação de qualidade no Brasil para a próxima década. Para 2024, a proposta do PNE é que bata 100%.

As taxas de analfabetismo ainda são altas no Brasil?

Dados mostram que 7% da população é analfabeta, mas número se concentra nos idosos e revela desigualdade social

analfabetismo é um dos temas que vem sendo explorado pelas campanhas dos candidatos e nas discussões que rolam nas redes e grupos de WhatsApp. A imagem do mapa do Brasil dividido em regiões com os números sobre analfabetos tem circulado nesses grupos. Esse número é real? Dá para acreditar? O projeto Mentira na Educação, não! está aqui para verificar o que vem sendo falado sobre Educação e mostrar que, em muitos casos, ainda que os números estejam corretos, o contexto em que são reportados pode estar incorreto. E quando se fala em fatos, a credibilidade da fonte que divulga as informações é tão importante quanto a notícia.

Vamos aos fatos. No Brasil, 7% da população com 15 anos ou mais é considerada analfabeta, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2017, o que representa ainda 11,5 milhões de pessoas. Atenção: não estamos tratando apenas de crianças e jovens em idade escolar. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse número aponta para um perfil dos analfabetos brasileiros formado majoritariamente por idosos que, quando eram jovens, não tiveram acesso à escola porque ela era destinada apenas a pessoas de classes sociais mais abastadas. “Na verdade, esse dado é um testemunho das mudanças no ensino escolar, que antes era para poucos, mas agora já passou pela universalização”, explicou o IBGE por e-mail à NOVA ESCOLA.

As pessoas com 60 anos ou mais representam 19,3% de todos os analfabetos no país. Na região Nordeste, a taxa de analfabetismo entre os mais velhos é de 38,6%, o que totaliza 3 milhões de pessoas. “As diferenças etárias, regionais e raciais nesses índices são reflexos das desigualdades sociais na estrutura histórica brasileira”, afirma a assessoria do IBGE.

Olhando por outro ângulo, é possível dizer que o Brasil está “atrasado” em seu projeto contra o analfabetismo. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o país já deveria ter alcançado o índice de 6,5% estipulado para 2015. O atraso no cumprimento das metas e estratégias do PNE representa um risco ao plano de acesso à educação de qualidade no Brasil para a próxima década. Para 2024, a proposta do PNE é que bata 100%.

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