A análise financeira é o estudo através da decomposição de elementos e de levantamentos de dados que consistem em relações diversas que entre si possam ter tais elementos, com o objetivo de conhecer a realidade situação da empresa ou de levantar os efeitos de uma administração sob determinado ponto de vista.
Com esta vertente da Metodologia de Avaliação de Investimentos pretendia-se avaliar a viabilidade financeira dos projetos apresentados, focando o investimento de Capital e o seu impacto nos processos/funções alvo do investimento.
Com este intuito procuraram-se métodos e critérios consagrados de análise financeira de investimentos, quer individualmente quer integrados em metodologias completas de avaliação de investimentos, criadas e em uso por instituições credíveis.
Com os dados recolhidos pretende-se avaliar não só o valor do investimento mas também qual o impacto que este terá sobre as funções/processos alvo do mesmo.
Veremos a seguir algumas formas de chegar a analise estrutural financeira das empresas.
BALANÇO PATRIMONIAL
No balanço patrimonial, as contas respectivas do ativo e do passivo devem ser agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a analise da situação financeira da empresa e apresentadas em ordem, crescente de grau de liquidez para o ativo, e de exigibilidade para o passivo.
Resumidamente: o ativo representa os recursos aplicados em bens e direitos e o passivo representa as fontes de recursos fornecidos por terceiros.
Dentro do balanço serão analisadas as seguintes contas:
Ativo circulante: pode ser agrupado nos subgrupos:
- Disponibilidades.
- Direitos realizáveis em curto prazo.
- Estoques.
- Despesas antecipadas.
- Ativo realizável em longo prazo.
- Ativo permanente.
Passivo circulante: pelo grande numero de contas existentes nesse grupo, para facilitar podemos dividí-la nos seguintes subgrupos:
- Empréstimos e financiamentos.
- Fornecedores.
- Obrigações fiscais.
- Outras obrigações.
- Provisões.
Exigível em longo prazo.
Resultados de exercícios futuros.
Patrimônio liquido.
Analise por D.R.E: Análise por demonstração de lucros ou prejuízos acumulados ou demonstração das mutações do patrimônio liquido.
ANÁLISE POR DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
É importante que as empresas gerenciem o impacto de seus negócios na sociedade. Por isso sua análise deve ser crítica e assertiva. Sua dinâmica deve levar em conta o bem-estar e o desenvolvimento de todos os públicos com os quais se relaciona.
Deve-se valorizar análises com uma “relação mais equilibrada entre o lucro, as pessoas e o planeta”. O desenvolvimento econômico deve estabelecer uma relação financeira harmoniosa, que traga bem-estar às pessoas e eficiência às instituições.
ÍNDICE DE ESTRUTURA PATRIMONIAL
- Capital de Terceiros/Capital Próprio = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Patrimônio Líquido.
- Composição do Endividamento = Passivo Circulante / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo).
- Endividamento Geral = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Ativo Total.
- Imobilização do Capital Próprio = Ativo Permanente / Patrimônio Líquido.
- Imobilização dos Recursos Permanentes = Ativo Permanente / (Exigível a Longo Prazo + Patrimônio Líquido).
ÍNDICES DE SOLVÊNCIA
- Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a L.P.) / (Passivo Circulante + Exigível a L.P.).
- Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante.
- Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques – Despesas do Exerc. Seguinte) / Passivo Circulante.
ÍNDICE DE COBERTURA
- Cobertura dos Encargos Financeiros = (Lucro Oper. + Rec. Financ. + Outs Receitas) / Despesas Financeiras.
ÍNDICE DE ROTAÇÃO DOS RECURSOS
- Giro dos Estoques Totais = Custo das Vendas / Saldo Médio dos Estoques.
- Giro das Duplicatas a Receber = (Receita Operac. Bruta – Devol. Abat.) / Sld. Médio das Duplicatas a Rec.
- Giro do Ativo Circulante = Receita Operacional Líquida / Sld. Médio do Ativo Circulante.
- Giro do Ativo Fixo = Receita Operacional Líquida / Sld. Médio do Imobilizado.
- Giro do Ativo Operacional = Receita Operacional Líquida / Sld. Médio do Ativo Total.
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS
- Prazo Médio de Estocagem = Saldo Médio dos Estoques / (Custos das Vendas / 360 dias).
- Prazo Médio de Cobrança = Sld. Médio de Duplicatas / [(Receita Oper. Bruta – Devol. e Abatim.) / 360 dias)].
- Prazo Médio de pagamento dos fornecedores = Saldo Médio de Fornecedores / (Compras Brutas / 360 dias).
INDICADORES DE RENTABILIDADE
MARGENS DE LUCRATIVIDADE DAS VENDAS
- Margem Bruta = Lucro Bruto / Receita Operacional Líquida.
- Margem Operacional = Lucro Operacional / Receita Operacional Líquida.
- Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita Operacional Líquida.
- Mark-up Global = Lucro Bruto / Custo das Vendas.
TAXAS DE RETORNO
- Retorno sobre Ativo Operacional = Lucro Operacional / Saldo Médio do Ativo Operacional.
- Retorno sobre Investimento Total = Lucro Líquido / Saldo Médio do Ativo Total.
- Retorno sobre o Capital Próprio = Lucro Líquido / Saldo Médio Ajustado do Patrimônio Líquido.
INDICADORES DE AVALIAÇÃO DAS AÇÕES
- Valor Patrimonial da Ação ($) = Patrimônio Líquido / Nº de Ações Emitidas.
- Lucro por Ação (LPA) ($) = Lucro Líquido / Nº de Ações Emitidas .
- Dividendo por Ação ($) = Dividendos Propostos / Nº de Ações Emitidas.
- Cobertura dos Dividendos Preferenciais (Nº de vezes) = Lucro Líquido / Total dos Dividendos Preferenciais.
- Preço / Lucro (Nº de vezes) = Cotação da Ação / Lucro por Ação.
- Pay-Out – Taxa de distribuição dos lucros (%) = Dividendo por Ação / Lucro por Ação.
- Cash Yield – Taxa de recuperação do investimento (%) = Dividendo por Ação / Cotação da Ação.
REGIME DE CAIXA
O regime de caixa é uma forma simplificada de contabilidade; é aplicado basicamente às microempresas ou às entidades sem fim lucrativos, tais como igrejas, clubes, sociedades filantrópicas etc.
As regras básicas são:
- A receita será contabilizada no momento de seu recebimento, ou seja, quando entrar o dinheiro no caixa (encaixe).
- A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja, quando sair dinheiro do caixa (desembolso).
FLUXO DE CAIXA
É exatamente a Técnica do Regime de caixa que da base para a estruturações de um instrumento indispensável para tomar decisões para todos os tipos de demonstração do fluxo de caixa.
Esta demonstração vai muito mais longe que a simples apuração de resultado no período receita recebida menos despesa paga.