O que é a Ômicron
Conheça as informações levantadas até o momento 02/12/2021 sobre a nova cepa do coronavírus que causa a Covid-19, neste momento pesquisada em todo o mundo.
Inicialmente, foi referida como B.1.1.529. Na sexta-feira 26, a Organização Mundial de Saúde a considerou variante de preocupação em razão de seu alto número de alterações genéticas e a batizou de Ômicron. A OMS faz a designação por meio de letras do alfabeto grego para não associar as variantes aos locais de origem, evitando a criação de estigmas.
- Identificação
O primeiro caso foi registrado no dia 9 de novembro, em Gauteng, uma das províncias da África do Sul. No dia 24 de novembro, autoridades sanitárias da África do Sul informaram o caso à OMS.
- Origem
Neste momento, incerta. Embora tenha sido detectada na África do Sul, há amostras colhidas em Botswana no dia 11 de novembro contendo a variante. Pelo grande número de mutações, acredita-se que ela tenha sido gerada por um indivíduo imunossuprimido com infecção crônica, como um doente com Aids não tratado adequadamente.
- Por que preocupa
A variante apresenta cinquenta mutações, trinta delas na Spike, proteína que o vírus usa para invadir as células. Elas podem conferir potencial de escape à imunidade e possível vantagem na transmissibilidade. Não há evidências de que seja mais letal.
- Escape vacinal
Não se sabe se a cepa consegue furar a imunidade assegurada pelas vacinas. Mas as farmacêuticas já iniciaram os testes para verificar a eficácia de imunizantes contra a nova cepa e garantem entrega rápida de opções – em cerca de três meses – caso seja necessário.
- Remédios
Acredita-se que pílulas anti-virais recém-aprovadas, como a da MSD, serão efetivas uma vez que os medicamentos não agem sobre a proteína Spike. Porém, há risco de que anticorpos monoclonais, como o Regeneron, não funcionem ou atuem apenas parcialmente porque agem sobre partes do vírus onde estão algumas das mutações.