Os principais aspectos da filosofia contemporânea giram em torno do contexto percebido no século XVIII, durante o período de Revolução Francesa.
Filosofia Contemporânea
A filosofia contemporânea foi desenvolvida ao longo do século XVIII. O marco filosófico deste período foi a Revolução Francesa, que ascendeu a reflexão sobre as diferenças de classe dentro da sociedade.
Assim, esse período reflete aos séculos XVIII, XIX e XX. É importante ressaltar que esse período antecede a chamada “filosofia pós-moderna”, pois esta teria sido, para alguns autores, incorporada às concepções contemporâneas.
(Imagem: Reprodução)
A filosofia contemporânea e o período vivido
Durante esse período, a consolidação do capitalismo foi o grande respaldo para a reflexão. Com a Revolução Industrial Inglesa, o início do século XVIII se tornava um período de grande desigualdade social.
O trabalho humano começa a ser explorado com jornadas de trabalho maçantes. Igualmente que se vislumbrava o avanço tecnológico, científico e mercadológico, a sociedade começava a ser desigual.
Descobertas, assim, eram feitas. A eletricidade, a utilização do petróleo como matéria-prima, o carvão como recurso energético, o automóvel, o telefone e por aí vai. Inúmeras tecnologias acabam sendo inventadas, e o avanço da sociedade como um todo era nítido.
Com tal avanço, as máquinas acabam automatizando a produção industrial, e a força humana manual é substituída. O progresso científico e tecnológico é propagado como o foco do período.
A filosofia contemporânea, então, chega como forma de consolidar o que eles chamaram no período como “consciência de classe”.
Características da Filosofia Contemporânea
A Indústria Cultural e a Escola de Frankfurt foram algumas das importantes correntes que surgiram junto da filosofia contemporânea. As características englobam, sobretudo:
- Pragmatismo;
- Cientificismo;
- Niilismo;
- Positivismo;
- Utilitarismo;
- Racionalismo;
- Idealismo;
- Liberdade (início do liberalismo);
- Fenomenologia;
- Subjetividade;
- Pluralismo;
Dentre estas características, duas correntes se sobressaíram muito como características. O Marxismo, do filósofo alemão Karl Marx, e o Existencialismo, de Jean-Paul Sartré.
As duas correntes eram correlatas, apesar de envolverem diferentes conceitos. Enquanto o Marxismo destacava a necessidade da luta de classes, o existencialismo pregava a liberdade. Ambas dotando-se um pouco de cada para seu fomento.
A filosofia contemporânea e pós-moderna
Em meados do século XX, o panorama, bem como o contexto histórico, se altera. Um momento ímpar de incertezas começa a emergir.
Contradições, dúvidas e reflexões geradas pelo passado recente, à época, começam a nortear os filósofos contemporâneos. Assim, acontecimentos do século vigente acabaram se tornando essenciais para aderir à visão do “humano como ser”.
As duas Guerras Mundiais (o período pós-guerra), os ataques nucleares, o nazismo e o fascismo, bem como o embate entre capitalismo e comunismo. Todos esses fatores desencadearam inúmeras problemáticas já vividas no passado.
Desigualdade social que se expandia, péssima distribuição de renda e degradação ambiental em virtude do avanço. Por meio disso, a filosofia contemporânea passa a ser vista como pós-moderna.
Afinal, estas novas questões norteadoras passaram a formar as questões pensadas por aqueles que refletiam o presente. A crise, assim mencionada pela filosofia contemporânea, girava em torno da “crise do homem contemporâneo”.
Entre estas questões, destacam-se:
- Revolução darwiniana (origem das espécies) em decréscimo ao criacionismo;
- Evolução do freudianismo (escola da psicanálise começa a ser mais estudada e aprofundada);
- Revolução copernicana e o fim do geocentrismo;
- Einstein e a teoria da relatividade como proposta;
Todos estes casos passaram a fazer parte de novas questões que já não mais abrangiam a revolução industrial, a Igreja e a aristocracia. Por esse motivo, o pós-modernismo se compromete a refletir sobre um avanço do que se notava na filosofia contemporânea.