O Brasil fazia parte de um vasto império comercial controlado pelos portugueses. Contudo, Portugal só voltou seus olhos para o Brasil quando passou a sofrer com a concorrência comercial de holandeses e espanhóis.
Até meados do século XVI, a ação portuguesa sobre a colônia brasileira se restringia à extração de pau-brasil (madeira de grande valor comercial na Europa – servia como corante vermelho). Nesta fase da colonização, os portugueses adquiriam o pau-brasil por meio do escambo*, onde os portugueses ofereciam produtos (espelhos, facas, pentes) em troca do trabalho indígena. Com isso, quem cortava a madeira e a carregava para os navios eram os índios.
Logo essa primeira ação portuguesa no Brasil se transformou no primeiro desastre ecológico do país. Pois a derrubada de milhares de árvores pau-brasil ocasionou a primeira grande devastação à mata atlântica.
* Escambo: Troca de bens ou serviços sem intermediação do dinheiro.
A Economia Açucareira
Figura Desde a chegada à América, os portugueses exploraram mão-de-obra indígena. Acima, tirinha do cartunista brasileiro Laerte
Como o território brasileiro era muito grande, Portugal temia que espanhóis e holandeses invadissem partes do território colonial brasileiro. A solução, para melhor proteger os interesses lusos na América, foi incentivar a ocupação do território. Entretanto, ocupar significava colonizar e, para isso, era necessário que a colônia se tornasse numa produtora de riquezas.
Como o clima quente e úmido do litoral nordestino oferecia as condições necessárias para que se produzisse cana-de-açúcar, logo a monocultura* açucareira se tornou no principal produto de exploração portuguesa na América.
Porém, produzir grandes quantidades de cana-de-açúcar exigia um contingente muito grande de trabalhadores braçais, algo que Portugal não tinha como suprir por meio da colonização. A solução para o problema foi abastecer a colônia de mão-de-obra escrava. Com isso, milhares de africanos cativos desembarcaram no Brasil para suprir os canaviais com trabalhadores.
* Monocultura: Cultura de uma só especialidade agrícola.