O sucesso do jiu-jitsu nos principais centros do país, por conta de sua eficiência, passou a chamar a atenção de outros estilos de lutas, começando uma verdadeira tradição familiar de desafios entre lutadores.
Rorion, Filho de Hélio Gracie, aproveitou o sucesso que vinha tendo como professor de Jiu-Jitsu nos Estados Unidos para profissionalizar os desafios protagonizados por sua família no Brasil. Com essa idéia na cabeça, criou o Ultimate Fight Championship, colocando lutadores das mais diversas artes marciais, e dos mais variados pesos, frente a frente dentro de um ringue no formato de um octógono e cercado por grades.
Se nos Estados Unidos Royce tratava difundir o nome da família Gracie no UFC, seu irmão Rickson, fazia o mesmo no Japão. O país berço do antigo Jiu-Jitsu deu o apelido de ‘samurai’ ao brasileiro que cruzou o mundo para vencer nove lutas em seis anos e se aposentar sem uma única derrota.
Apesar do sucesso do esporte, o UFC não conseguia se manter rentável no início dos anos 2000 e beirou a falência. Mas a ressurreição do evento começou em janeiro de 2001, quando foi comprado por apenas US$ 2 milhões pela Zuffa, empresa recém-criada na época pelos irmãos Frank e Lorenzo Fertita e presidida por Dana White, donos de cassinos em Las Vegas e empresário de boxe, respectivamente. Com a marca nas mãos, organizaram as regras que foram desenvolvidas na última década, principalmente as que visavam a integridade física do lutador. Dessa forma, transformaram de vez o vale-tudo e apresentaram ao mundo o MMA, a mistura de artes marciais.