Uma pessoa com DA pode viver em média entre 10 a 12 anos, embora haja muitos casos de pessoas que vivem com a doença até 20/25 anos, dependendo de diversos fatores.
Embora a DA desenvolva-se lentamente e de maneira diferente de pessoa para pessoa, estudiosos definem alguns padrões na forma como a doença evolui para facilitar a compreensão e ajudar no planejamento da vida e dos cuidados após o diagnóstico.
Para isso, o processo da DA é dividido em três fases:
– Inicial (estágio l ou leve)
Este é o período em que surgem os primeiros sinais e sintomas da DA.
Nesta fase inicial da doença, a pessoa:
– apresenta lapsos de memória para acontecimentos recentes. Esquece rapidamente o que ouviu e repete várias vezes a mesma coisa;
– ainda vive de maneira mais ou menos independente, pois já tem comprometimento nas atividades mais complexas da vida diária (lidar com o dinheiro, pagar contas pessoais, planejar uma viagem ou organizar uma festa, cozinhar, inclusive para dirigir, pois já apresenta reações mais lentas, dificuldades de atenção, percepção e orientação no tempo e no espaço para lugares desconhecidos).
– esquece compromissos, aonde estacionou o carro, onde colocou objetos;
– torna-se confusa;
– tende a evitar situações mais difíceis como reuniões sociais (visitas, aniversários);
– não consegue resolver adequadamente situações problema;
– faz julgamentos errados;
– tem dificuldade para encontrar a palavra exata;
– pode apresentar alterações de humor (muda rapidamente do estado alegre ao triste, sem motivo aparente), comportamento (irritação, agressividade, apatia) e personalidade (desconfiança, dependência, inflexibilidade, socialmente desadaptada).
– necessita de ajuda para tomar decisões como: escolher uma roupa apropriada para a ocasião ou temperatura, porém ainda consegue vestir-se sozinha.
– Moderada (estágio ll ou intermediário)
Neste estágio, há perda significativa de memória.
Caracteriza-se pelo (a):
– agravamento dos sintomas da fase anterior;
– incapacidade em realizar suas atividades da vida diária de maneira independente;
– perda da capacidade para nomear objetos, nomes, compreender a linguagem escrita e oral.
– desorientação no tempo e no espaço conhecido. Esquece seu nome e quem é.
– incapacidade de reconhecer pessoas próximas e objetos pessoais. Preserva somente informações bem consolidadas.
– incapacidade para sair de casa sozinha;
– necessidade de supervisão constante nas atividades da vida diária (tomar os remédios, vestir a roupa, tomar banho, utilizar o banheiro).
– incapacidade de se comunicar adequadamente: não consegue explicar o que sente e o que deseja, nem entender o que falam;
– desorientação dentro da própria casa.
– início das dificuldades no controle esfincteriano (urina e mais tarde, fezes).
– redução da capacidade física (dificuldade para se locomover): passos mais lentos e curtos.
– Grave (estágio lll ou avançado)
Nesta fase, a pessoa:
– geralmente fica acamada, necessitando de assistência para tudo;
– praticamente tem perda total de memória, inclusive daquela de acontecimentos mais antigos (memória remota);
– pode apresentar dificuldades de deglutição (para engolir);
– quase não fala;
– perde totalmente o controle urinário e fecal;
– pode ter atrofia de membros.
– fica muito mais vulnerável a ter complicações como: lesões de pele, infecção de rins e pulmões, desnutrição, desidratação…