Utilidade Econômica das Pteridófitas

 

Utilidade Econômica das Pteridófitas BIOLOGIA

Em comparação com as plantas com sementes, as pteridófitas possuem menor valor econômico (Moran 2004). Ainda assim, as pteridófitas são utilizadas para os mais variados fins, possuindo relevante importância econômica, tanto do ponto de vista positivo quanto negativo. A seguir veremos as principais utilidades econômicas das pteridófitas, citando exemplos de espécies e famílias e suas respectivas aplicações.

Alimentação

Pteridófitas são utilizadas para alimentação em diversas partes do mundo. Em geral, as partes consumidas são os brotos jovens (báculos) que possuem baixa concentração de compostos químicos em comparação com as frondes adultas. Estudos têm demonstrado que em regiões onde é comum o hábito de consumir frondes jovens de samambaias, verifica-se elevados índices de câncer estomacal e também intestinal. Entre as espécies de pteridófitas cujos brotos são consumidos estão Pteridium aquilinum e Matteuccia struthiopteris.

No Brasil, especialmente no estado de Minas Gerais, alguns restaurantes também oferecem báculos ou brotos de samambaias, entre as quais Pteridium aquilinum. Durante o preparo, as cozinheiras costumam realizar as “sete fervuras”, de forma que o princípio ativo contido nas frondes desta espécie talvez seja diluído (Windisch 1992).

Agricultura e Pecuária

Há séculos indivíduos pertencentes ao gênero Azolla têm sido utilizados como fertilizante natural em áreas de cultivo de arroz, especialmente no sul da China e Vietnã. Exemplares deste gênero vivem em simbiose com uma cianobactéria, pertencente ao gênero Anabaena, que possui a capacidade de fixar nitrogênio. Justamente este nitrogênio que é importante para o cultivo do arroz, permitindo que a cultura alcance um melhor rendimento.

Outra espécie que possui relevante importância econômica é Pteridium aquilinum, que invade pastagens e áreas agrícolas abandonadas. Trata-se de uma espécie que possui Thiaminase, uma enzima que destrói a thiamina (Vitamina B1) e em casos extremos pode matar o gado. Trata-se de uma espécie difícil de erradicar, devido ao fato de apresentar rizomas subterrâneos que podem crescer em acentuada profundidade.

Outras espécies que podem causar danos sérios ao gado são representantes do gênero Equisetum, que possuem acentuada concentração de cristais de sílica em seus ramos. Quando ingeridos pelo gado, podem lesionar o trato intestinal e em casos extremos causar até hemorragia (Windisch 1992).

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