Uma doença chamada púrpura

 

purpura

A púrpura ainda é pouco conhecida da população

Pelo nome da condição, púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), é de se imaginar que ela seja um tanto complexa. E é mesmo. Acontece que, embora possa abalar a qualidade de vida dos seus portadores — estima-se que sejam 19 mil no Brasil, a maioria mulheres — felizmente há tratamento e ele permite afastar complicações. Falamos de um distúrbio autoimune marcado pelo ataque das próprias defesas às plaquetas, células responsáveis pela coagulação do sangue.

A deficiência dessas unidades está por trás dos principais sintomas da púrpura, que, diga-se, nem sempre são comuns: manchas avermelhadas na pele, hematomas que não tenham sido motivados por pancadas, sangramentos espontâneos na gengiva, nas narinas, na urina e nas fezes, e, entre as mulheres, quadro de menstruação intensa.

Se o problema evolui e não é remediado, pode levar a pessoa à morte. Com os avanços na terapia, porém, quem tem PTI consegue viver bem — e, quanto antes for feito o diagnóstico, maior a taxa de sucesso. Embora a causa da doença seja desconhecida, é comum ela começar a se manifestar após infecções como catapora, rubéola e hepatites. Cerca de sete entre dez pessoas com o problema no Brasil são mulheres.

Para entender melhor a condição, que é mais rara, conversamos com dois médicos americanos experts no assunto que estiveram recentemente no país: David Kuter, diretor de hematologia clínica do Hospital Geral de Massachussetts e professor da Universidade Harvard, e Terry Gernsheimer, professora de hematologia da Universidade de Washington.

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