Teoria geral da administração

 

Teoria geral da administração

O que é teoria geral da administração? A administração de empresas evoluiu com o avanço do sistema capitalista e continua avançando de acordo com as tendências produtivas e de consumo.

Como a ciência, a administração visa documentar e estudar como o mercado e as práticas de consumo e produção transformam o ambiente da administração como um todo e faz surgir novas teorias, dessa forma têm-se ao longo do tempo diversas teorias da administração.

Teorias da administração

Para discorrer sobre a teoria da administração, é necessário esclarecer as funções da administração que são a organização, a direção, o planejamento e controle.

É importante também o estudo da administração, de acordo com as organizações e o ambiente em que é desenvolvida a gestão. Dessa forma, tem-se a combinação entre administração e organizações. Sendo que a organização é o conjunto de esforços individuais com o intuito de concretização de objetivos coletivos em um ambiente corporativo.

Já a administração é o conjunto de processos que visa transformar recursos em resultados, recursos que podem ser humanos, materiais, objetivos e subjetivos como o conhecimento. Sendo assim, a tarefa de administrar é aquela de interpretar os objetivos da empresa e transformá-los em ação com as tarefas principais da administração que são: organizar, planejar, dirigir e controlar.

Para isso, as tarefas acima devem nortear e orientar, além de serem executadas em todos os departamentos da empresa que são o departamento de marketing, finanças, Recursos Humanos, comunicação e outros.

Para a administração chegar ao patamar em que se encontra de administração moderna é porque já atravessou várias fases que fez com que a administração avançasse para que a eficiência, eficácia e qualidade norteasse o cotidiano das empresas para que consigam concretizar objetivos.

A evolução da administração, portanto, propôs várias teorias para que as tarefas e princípios fundamentais da administração fossem os mesmos, mas desenvolvidos de forma mais eficiente. As teorias são explicações do que se observa na realidade através da pesquisa constante, por isso as teorias da administração são propostas por diversas escolas, entre elas podem se afirmar contexto histórico, escolas e teorias.

Contexto histórico

Historicamente, a administração atravessou diversas fases:

-Fase artesanal: esta fase é marcada pela antiguidade até a pré-revolução.

-Fase da transição a revolução industrial: período entre 1780 a 1860.

-Fase do desenvolvimento industrial: 2ª revolução industrial- de 1860 a 1914.

 

-Fase do gigantismo industrial: período entre as duas guerras mundiais- de 1914 a 1945.

-Fase moderna: do pós-guerra até a atualidade.

-Fase da globalização: fase atual da administração- desde 1980.

Teoria científica

Existem opiniões divididas sobre o conceito de administração, alguns acreditam que a administração é uma ciência, outros consideram que a administração é uma arte. O tratamento da administração como ciência é algo bem recente, para ser ciência uma matéria deve haver investigação e pesquisa.

Administração científica é aquela em que existe ênfase nas tarefas, nesta fase que foi liderada pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor.

Esta administração científica é aquela em que se busca estudar e entender a administração com o respaldo mecanicista, estudando o tempo, modos e movimentos, a seleção dos operários, os métodos utilizados, a produtividade, o excesso de fadiga e outros. Ou seja, com ênfase nas tarefas e consequentemente com ênfase na eficiência, que detalha como as tarefas são desenvolvidas.

A abordagem científica não era tão eficiente para conduzir a um estudo concreto da administração por não considerar diversas variáveis, mas já era o início rumo á outras teorias.

Teoria clássica

A teoria clássica é aquela em que houve influência da gestão militar no contexto da estrutura organizacional. A teoria clássica destaca os processos administrativos e funções básicas da empresa, pela teoria clássica que foi proposta por Henry Fayol, acreditando que os processos administrativos estão ligados á funções que são: as funções técnicas, as funções comerciais, de segurança e contábeis.

Esta teoria clássica estabelece como as organizações podem funcionar de forma eficiente dependendo apenas de sua estrutura, por isso a teoria clássica sofreu diversas criticas:

-Obsessão pelo comando: a teoria clássica centra o modelo de gestão no comando e na responsabilidade, fazendo com que a administração funcione apenas com o comando gerencial.

-Sistema fechado: na teoria clássica a empresa funciona de forma fechada, com pouca interação entre departamentos e com o mercado, faz com que a empresa encontre dificuldades para se torna competitiva.

-Exploração de trabalhadores: a teoria clássica foi acusada várias vezes de explorar colaboradores, pois o enfoque da teoria clássica ainda continuava a ser o da teoria científica da administração.

Teoria da burocracia

A burocracia foi um modelo de gestão idealizado por Max Weber para organizar as empresas de forma estruturada e hierarquicamente, para que a organização poupasse tempo e ganhasse eficiência.

Para o ganho da eficiência a burocracia se pauta nos seguintes princípios:

-Formalização: o ambiente burocrático é regido por normas, regras, decretos, portarias e tudo o que for decidido ou executado deve estar antes documentado.

-Divisão do trabalho: os colaboradores recebem funções específicas para dedicação.

-Hierarquia: a disciplina e a ordem no ambiente de trabalho são marcadas pela hierarquia existente.

-Impessoalidade: o profissional se limita a cumprir suas tarefas e quando necessário são substituídos por outras pessoas.

-Competência técnica e mérito: a escolha dos colaboradores depende exclusivamente de seus méritos e capacidade técnica, com uma avaliação objetiva.

-Profissionalização dos colaboradores: busca-se maior qualificação e capacitação para que os colaboradores exerçam suas funções de forma mais dinâmica.

-Funcionamento previsível: não tem e não pode haver surpresas na gestão burocrática, pois tudo foi regido anteriormente e regulamentado.

Disfunções da burocracia

Apesar de a burocracia constituir um modelo de gestão em que a eficiência vem em primeiro lugar, na burocracia existem o que os estudiosos chamam de disfunções, ou seja, o colaborador é conhecido pelo cargo que exerce.

O excesso de formalismo e documentos faz com que o processo de decisão e execução seja mais lento.

-Hierarquização nas decisões: as decisões não são tomadas por quem conhece todos os procedimentos, mas por aqueles que ocupam cargo de chefia.

-Rotinas: o excesso de rotinas faz com que os processos não encontrem criatividade e inovação.

-Comunicação deficiente: o excesso de poder e comando faz com que a comunicação seja quase inexistente.

-Dificuldades com clientes: a burocracia é um modelo que busca a gestão interna, então a dedicação ao cliente externo é bem mínima e deficiente.

Teoria das relações humanas

As teorias anteriores á teoria das relações humanas não obtiveram muito sucesso, pois deixaram de considerar o fator humano na administração, sendo o fator mais importante, afinal as organizações são idealizadas, movidas e alcançam resultados graças às pessoas que as compõem.

A teoria das relações humanas foi idealizada pela primeira vez por Elton Mayo e Kurt Lewin.

Pela Teoria das relações humanas a sociologia e a psicologia não podem ser descartadas ao administrar uma empresa. Dessa forma, surgiram os primeiros estudos sobre motivação, plano de carreira, remuneração e ambiente de trabalho.

Existe na teoria da relação humana uma oposição contra o trabalho programado, controle hierárquico muito rígido que inibe a criatividade e desenvolvimento do colaborador, a ênfase na especialização e outros fatores que fizeram com que houvesse uma maior atenção sobre as relações humanas no trabalho.

Concluindo, teoria geral da administração é composta por princípios, proposições e técnicas em permanente elaboração, assim a administração é uma ciência em prática e por isso, teorias novas continuam surgindo com o único intuito de melhorar a eficiência das empresas, oferecer produtos ou serviços cada vez melhores, e fazer com que o ambiente de trabalho seja cada vez mais justo e satisfatório.

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