RESUMO DO TEXTO LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Resumo do Texto Linguagem, Língua e Linguística de Margarida Petter O texto Linguagem, língua, linguística, de Margarida Petter, aborda como tema central a linguagem humana e as línguas. O primeiro capítulo, que faz parte do livro Introdução à linguística, organizado por José Luiz Fiorin, possui como objetivo esclarecer o assunto em questão a partir de duas linhas teóricas diferentes, a teoria saussuriana, de Ferdinand de Saussure e a teoria chomskyana, do americano Noam Chomsky. Além de discutir sobre o que é linguagem e a existência ou não de uma linguagem animal, o artigo menciona a trajetória iniciada no século IV a.C, em busca de entender a linguagem como objeto de estudo. Fazendo menção sobre o fascínio que o tema sempre exerceu sobre o homem, a autora explica que os primeiros povos a estudar a língua foram os hindus por razões religiosas, sendo mais tarde estudado também pelos gramáticos hindus, que produziram modelos de análise descobertos no século XVIII. Petter (2004, p. 12) relata que “os gregos preocuparam-se em definir as relações entre conceito e a palavra”. Já dentre os latinos, destacou-se Varrão, que também se dedicou à gramática. De acordo com a autora, na Idade Média, os modistas consideraram que a estrutura gramatical das línguas era apenas uma e universal. Somente no século XVI, foi que a religiosidade provocou a tradução dos livros sagrados em numerosas línguas. Petter (2004, p. 12) enfatiza que “o conhecimento de um número maior de línguas vai provocar, no século XIX, o interesse pelas línguas vivas, pelo estudo comparativo dos falares, evidenciando o fato de que as línguas se transformam com o tempo”. Porém, conforme artigo, somente no século XX, com a divulgação dos trabalhos de Saussure, que o estudo sobre a linguagem (linguística) é reconhecido como estudo científico. Em seguida Petter, que é professora universitária sobre o assunto na Universidade de São Paulo, explica ao leitor o que é a linguagem, citando Saussure, que reconhece a língua como “um sistema de signos”. Mencionando a distinção entre linguagem/língua/fala, que situa o objeto da Linguística para o teórico, o artigo explica que a língua e a fala são inseparáveis e que uma é condição para que a outra possa se manifestar. Neste ponto o texto destaca a necessidade de duas linguísticas: a linguística da língua e a linguística da fala. Dentro deste contexto, Petter ainda faz referência ao norte-americano Noam Chomsky que trouxe para os estudos linguísticos várias transformações. Chomsky acreditava que “toda língua natural possuía um número finito de sons, porém mesmo que as sentenças distintas da língua sejam em número infinito, cada sentença só pode ser representada como uma sequência finita desses sons” (p 15). Segundo o artigo, o teórico defendia que a linguagem é uma capacidade inata e específica da espécie humana, portadora de propriedades universais da linguagem. Em seguida, após uma extensa discussão sobre o que é linguagem, a autora aborda a existência ou não de uma linguagem animal, destacando como exemplo o sistema de comunicação das abelhas. Publicado em 1959 por Karl Von Frisch, o estudo revela que as abelhas possuem uma comunicação bem precisa e transmite informações por meio de tipos de dança. Todavia, Petter ressalta que há diferenças entre o sistema de comunicação das abelhas e a linguagem humana, onde enumera várias considerações, como por exemplo, que a mensagem produzida pela abelha se traduz pela dança exclusivamente, sem intervenção de um “aparelho vocal”, condição essencial para a linguagem. Em seguida discorre sobre o que é Lingüística, enfatizando que “a Lingüística detém-se somente na investigação científica da linguagem verbal humana” (p. 17). No decorrer descreve sobre qual o papel do linguista e seu trabalho, cuja “função é estudar toda e qualquer expressão linguística como um fato merecedor de descrição e explicação dentro de um quadro científico adequado” (p. 17). Outra questão abordada pela professora universitária é a gramática tradicional, a autora relata que o assunto difundiu falsos conceitos sobre a natureza da linguagem ao não reconhecer a diferença entre a língua escrita e a língua falada. Em seguida observa e apresenta exemplos do ponto de vista descritivo/explicativo da linguística, relatando que as formas consideradas “erradas” são frequentemente usadas, até mesmo na fala de pessoas cultas. Enfim, o texto nos faz refletir e observar mais profundamente os fenômenos linguísticos, entendendo que sem conhecer a Linguística não conseguimos desvendar a linguagem humana. *

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