Resumo do Livro “Convite à Filosofia”

CAPÍTULO 1

A ORIGEM DA FILOSOFIA

Filosofia significa amizade, amor pelo saber, portanto o filósofo é aquele que ama o saber.

Atribui-se ao grego Pitágoras de Samos a invenção da palavra filosofia. Ele teria afirmado que a sabedoria plena pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la e amá-la, afirmava ainda que o filósofo é movido pelo desejo de saber.

A Filosofia é grega:

Diz-se que a filosofia é grega tendo em vista que ela possui algumas características que são peculiares ao povo grego e, portanto diferentes de outros povos e culturas, tais como os hindus, chineses, japoneses, africanos, hebreus entre outros.

Cada povo, com sua cultura e sua história possuíam sabedoria, no entanto existem diferenças entre estas e a sabedoria grega, como por exemplo, o pensamento chinês, que se utiliza da diferença entre os sexos, o Yin e o Yang (feminino e masculino, respectivamente). Já o pensamento grego, na pessoa do filósofo Pitágoras utiliza-se do pensamento em uma generalidade muito mais ampla do que apenas a sexualidade.

O que há no caso de outras culturas são sabedorias, pois são até certo ponto limitadas, deferente da filosofia grega que é uma forma de exprimir pensamentos, muito mais ampla e completa e que por razões históricas e políticas difundiu-se para a Europa e para o Brasil.

Foi através da Filosofia que os gregos introduziram no Ocidente princípios como razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte.

Alguns modos de pensar da Filosofia grega foram incorporados por povos, milenares e de culturas distintas, no que chamamos de ocidentalização destes povos, tais como chineses, árabes, e pelo mesmo motivo alguma sabedorias destas culturas também foram incorporadas à cultura ocidental.

Tendo em vista a colonização européia das Américas, nós herdamos da filosofia grega conceitos como:

1 – A idéia de que a natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais.

2 – A idéia de que as leis necessárias e universais da natureza podem ser plenamente conhecidas por nosso pensamento.

3 – A idéia de que nosso pensamento é lógico e segue leis lógicas.

4 – A idéia de que as práticas humanas dependem da vontade livre, da deliberação e da discussão emocional ou racional, de nossas preferências, segundo valores e padrões que foram estabelecidos por seres humanos e não por divindades ou por outras espécies de forças.

5 – A idéia de que os acontecimentos naturais e humanos são necessários porque obedecem a leis da natureza humana, mas também podem ser acidentais. A diferença entre o necessário e o acidental, nos permite evitar o fatalismo.

6 – A idéia de que os seres humanos, aspiram, o conhecimento verdadeiro, à felicidade, à justiça.

A filosofia surge, quando alguns gregos insatisfeitos com as explicações que as tradições lhes davam sobre a realidade, começaram a questionar e a buscar respostas para esta realidade, ou ainda quando estes mesmo gregos insatisfeitos descobrem que a verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso e que todos podiam, através da razão e do pensamento conhecer e transmitir a mesma.

CAPÍTULO 2

O NASCIMENTO DA FILOSOFIA

A filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza, e isto foi seu primeiro conteúdo, ou seja, a cosmologia, onde cosmos significa mundo ordenado e organizado e logia, da palavra logos, significa pensamento racional.

Os primeiros filósofos não mais se contentaram com as explicações dadas pela tradição, pela religião, pelos mitos, entre outras explicações e em assim sendo iniciaram suas próprias pesquisas para as várias questões que ainda lhes surgiam, questões estas relacionadas à vida, à morte, à existência humana, à natureza entre outras tantas.

A provável data e local de nascimento da filosofia segundo historiadores seriam no século VII e inicio do século VI antes de Cristo, na cidade de Mileto e o primeiro filósofo foi Tales de Mileto.

Uma dúvida persiste ainda hoje com relação à origem da filosofia, qual seja se ela é um fato grego ou se obteve contribuições de outras culturas. Alguns filósofos como Platão e Aristóteles afirmavam a origem oriental da filosofia, tendo em vista acharem que nas viagens realizadas pelos gregos para comerciar, estes acabaram trazendo diversas formas de conhecimentos de diversos povos e estes conhecimentos foram aperfeiçoados pelos gregos, nascendo assim à filosofia. Esta idéia da filiação oriental da filosofia foi defendida oito séculos depois de seu nascimento por pensadores judaicos e os padres da igreja. Os padres da igreja defendiam esta tese fazendo uma analogia dos pensamentos de Jesus com os filósofos gregos e assim aproximando a filosofia do cristianismo. Já os judeus, com o intuito de valorizar seu pensamento desejavam que a filosofia tivesse uma origem oriental e tentavam ligar a mesma a filósofos como Platão (pretensamente nascido no Egito) e religiosos como Moisés, explicando assim a ligação da filosofia com a Bíblia.

A partir do século XIX aqueles que não aceitaram a tese de uma filosofia de origem oriental passaram a falar em filosofia como milagre grego. Diziam que:

  • A filosofia surgiu na Grécia sem que nada anterior a preparasse;
  • Que a filosofia foi um acontecimento espontâneo, único e sem par;
  • Que os gregos foram um povo excepcional e por isso somente eles seriam capazes de criar a filosofia.

No final do século XIX e durante o século XX, chegou-se à conclusão de que a filosofia tem sim vínculos orientais, sobretudo pela influência das viagens que os gregos faziam, sendo que estas influenciaram sobremaneira dois dos maiores formadores da cultura grega, quais sejam os poetas Homero e Hesíodo que se utilizaram dos mitos e das religiões dos povos orientais para elaborarem a mitologia grega e que depois seria transformada pelos filósofos.

Por outro lado, também é aceitável a teoria do milagre grego, pois de fato eles imprimiram mudanças no que receberam do oriente, tais como:

  • A humanização dos deuses, divinização dos homens e racionalidade às narrativas;
  • Transformação em ciência aqueles elementos de uma sabedoria empírica, oriundo dos orientais;
  • Com relação à organização social, os gregos criaram a política (do grego pólis, que significa cidade organizada por leis e instituições). Na política as decisões eram tomadas em discussões e debates púbicos, o contrário do que faziam os orientais que tinham um sistema mais autoritário. Neste processo político, outras instituições surgiram, tais como os as leis, os tribunais, entre outras;
  • Os gregos inventaram, a idéia ocidental da razão como um pensamento que segue regras, normas e leis de valor universal.

Outro problema que chama a atenção dos estudiosos e se a filosofia nasceu fazendo uma transformação gradual dos mitos gregos ou se ela nasceu por uma ruptura destes mitos?

Mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa, é um discurso contado para ouvintes que o recebem como verdadeiro. Acredita-se que o narrador (poeta-rapsodo) é escolhido pelos deuses que lhes mostra o conhecimento para que este os repasse aos ouvintes, portanto o mito é sagrado, pois vem dos deuses.

O mito narra à origem das coisas por meio de lutas, alianças, e relações sexuais entre os deuses que governam o mundo e o destino dos homens. Tendo em vista que os mitos se baseiam em genealogias, diz-se que são cosmogonias e teogonias. A palavra gonia vem de duas palavras gregas, o verbo gennao (engendrar, gerar, fazer nascer e crescer e do substantivo genos nascimento, descendência, gênero, espécie). Cosmos quer dizer mundo organizado, ordenado, assim cosmogonia significa narrativa sobre o nascimento e a organização do mundo a partir de forças geradoras divinas. Já a palavra teogonia é uma palavra composta por gonia e théos que em grego significa as coisas divinas, os deuses, portanto teogonia significa a narrativa da origem dos deuses a partir de seus antepassados.

A pergunta que os estudiosos fazem é se a filosofia é uma cosmologia (mito que narra o nascimento e a organização do mundo, a partir de forças geradoras divinas), ou se ela (filosofia) nasce de uma transformação ou uma ruptura com os mitos. Continua ou rompe com a cosmologia e a teogonia (mito que narra a origem dos deuses a parir de seus antepassados)?

Duas foram às respostas dadas:

1 – A primeira foi dada em fins do século XIX e inicio do século XX e dizia que a filosofia nasceu através de uma ruptura radical com os mitos.

2 – A segunda foi dada em meados do século XX, quando antropólogos e historiadores mostraram a importância dos mitos na organização das sociedades e como eles estão entranhados nos modos de pensar e sentir de uma sociedade, por isso dizia-se que os gregos acreditavam em seus mitos e que a filosofia nasceu do interior dos mitos, como uma racionalização deles.

Atualmente consideram-se as duas respostas exageradas e afirma-se que a filosofia racionalizou e reformulou as contradições e limitações dos mitos transformando-as em uma nova explicação.

São três a principais diferenças entre a filosofia e o mito.

1 – O mito pretendia narrar como as coisas eram no passado, a filosofia por sua vez, preocupa-se em explicar como as coisas eram no passado, são no presente e serão no futuro.

2 – O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou ainda entre alianças divinas, enquanto que a filosofia explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais.

3 – O mito, não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, visto que a narrativa não era contestada, pois o narrador era uma espécie de porta-voz divino. A filosofia, ao contrário não admite contradições, fabulações ou coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional. A explicação não vem do filosofo, mas da razão.

As principais condições históricas para o surgimento da filosofia na Grécia são:

  • As viagens marítimas que permitiram aos gregos desmistificar os mitos;
  • A invenção do calendário que permitiu aos gregos uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino;
  • A invenção da moeda que permitiu uma nova capacidade de abstração e generalização;
  • O surgimento da vida urbana com o predomínio do comércio e do artesanato, diminuindo assim o prestígio das famílias tradicionais para as quais os mitos eram criados. Além disso, o surgimento de uma nova classe social, os comerciantes que precisavam suplantar a velha aristocracia rural e de sangue e que para que isso ocorresse passaram a patrocinar as artes, as técnicas, favorecendo o conhecimento, ambiente propicio ao surgimento da filosofia;
  • A invenção da escrita alfabética que aumenta o crescimento da capacidade de abstração e generalização, uma vez que a escrita alfabética representa o que se pensa e se transcreve;
  • A invenção da política que introduz aspectos novos para o nascimento da filosofia, tais como a idéia da lei, como expressão da vontade de uma coletividade humana; o surgimento de um espaço público, denominado de pólis, onde cada cidadão pode emitir em público sua opinião, discuti-la com outros e tentar persuadi-los, surgindo assim o discurso político como diálogo, discussão e deliberação humana. Além disso, a política surge como forma de valorizar o humano, o pensamento, a discussão, a persuasão e a decisão. Diferentemente do mito, em que apenas o poeta falava ao povo aquilo que os deuses pretensamente diziam para o mesmo falar, na política grega todos podiam falar e explanar suas teorias sobre variados assuntos.

O pensamento filosófico, em seu nascimento tinha alguns traços importantes tais como:

1 – Tendência à racionalidade, isto é, somente a razão explica as coisas;

2 – Tendência a oferecer respostas conclusivas para os problemas. Um problema será submetido a analise, a critica, à discussão e a demonstração nunca sendo aceito como verdade se não for provado racionalmente;

3 – A exigência de que o pensamento apresente regras de funcionamento. O filósofo é aquele que justifica suas idéias provando que segue regras universais do pensamento. Para os gregos uma contradição é uma lei universal que indica erro ou falsidade. Uma contradição é quando afirmo e nego a mesma coisa;

4 – Recusa de explicações preestabelecidas. Cada problema tem a sua própria explicação;

5 – Tendência à generalização. Uma explicação tem validade para muitas coisas diferentes dependendo das variações percebidas pelos órgãos de nossos sentidos.

CAPITULO 3

OS PERÍODOS DA FILOSOFIA GREGA

A história da filosofia confunde-se com a história do povo da Grécia, para entender os períodos da filosofia, faz-se necessário entender os períodos da história grega que costuma ser dividida em quatro fases ou épocas, quais sejam:

1 – A da Grécia homérica, narradas nos livros a Ilíada e a Odisséia, narrados pelo poeta Homero.

2 – A da Grécia arcaica ou dos sete sábios, que vai do século VII ao século V antes de Cristo. Nesta época foram fundadas as principais cidades gregas.

3 – A da Grécia clássica, nos séculos V e IV antes de Cristo, quando a democracia se desenvolve.

4 – A da Grécia helenística, a partir do século IV a. C, quando a Grécia perde sua hegemonia e cai, primeiro para a Macedônia e depois para Roma, terminando assim sua história de independência.

Ressalte-se que os períodos da filosofia não correspondem necessariamente a esta divisão, já que a filosofia não aparece na Grécia homérica e surge na Grécia arcaica, e seu apogeu dá-se durante a Grécia clássica. Os quatro grandes períodos da filosofia grega são:

1 – Período pré-socrático ou cosmológico, quando a filosofia ocupa-se com a origem do mundo e causa das transformações naturais. Vai do século VII ao século V a. C.

2 – Período socrático ou antropológico (ântropos, em grego significa homem). A filosofia investiga as questões humanas. Vai do século V e todo o século IV a. C.

3. – Período sistemático, do final de século IV ao final do século III a. C. A filosofia busca sistematizar e reunir tudo que foi pensado até o momento sobre a cosmologia e a antropologia.

4 – Período helenístico ou greco-romano. Vai do final do século III a. C. Até o século VI d. C. Neste período a filosofia ocupa-se com questões como a ética, o conhecimento humano e das relações entre o homem e a natureza e de ambos com Deus.

FILOSOFIA GREGA

Os dois primeiros períodos da filosofia grega, tem como referência, o filósofo Sócrates, de Atenas.

PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO OU COSMOLÓGICO:

Os principais filósofos pré-socráticos são:

  • Da Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
  • Da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
  • Da Escola Eleata: Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia;
  • Da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

Características do período pré-socrático ou cosmológico:

1 – A explicação racional e sistemática da natureza, na qual os seres humanos fazem parte e em assim sendo explica também à origem e a mudança dos seres humanos.

2 – A cosmologia nega a criação do mundo como se este tivesse surgido do nada (questiona assim algumas religiões, que dão ao mundo uma origem divina), por isso afirma “nada vem do nada, e nada volta ao nada”.

3 – O fundo eterno, onde tudo nasce e tudo volta é visível apenas para o pensamento.

4 – O fundo eterno chama-se physis (do grego physis, que significa fazer surgir, fazer brotar, produzir, fazer nascer).

5 – Embora a physis (o elemento primordial eterno) seja imperecível, ela dá origem a todos os seres variados e diferentes do mundo e estes são perecíveis e mortais.

6 – Afirma que todos os seres estão em contínua transformação, ou seja, o mundo esta em mudança e movimentações continuas e mesmo assim não perde sua forma, ordem ou estabilidade. O movimento do mundo é chamado de devir, e este segue leis que o pensamento conhece. O devir é a passagem contínua de uma coisa para o seu estado contrário, obedecendo às leis da physis.

PERÍODO SOCRÁTICO OU ANTROPÓLOGICO:

Atenas tornou-se o centro da vida política e cultural da Grécia. Foi o período de esplendor de Atenas, conhecido como Século de Péricles. É a época de florescimento da democracia grega que afirmava a igualdade de todos os homens adultos. Estavam excluídos desta democracia: as mulheres, escravos, crianças, estrangeiros e velhos.

Quando não havia democracia, dominavam as famílias aristocráticas que se utilizaram dos poetas gregos Homero e Hesíodo para defender suas idéias. Homero e Hesíodo defendiam as virtudes admiradas pelos deuses, tais como a coragem diante da morte, a beleza do corpo e a Arete (excelência e superioridade).

No Século de Péricles o ideal é a formação da educação do cidadão, a Arete (excelência e superioridade) é a virtude cívica. Para ministrar esta nova educação, com a lógica cívica, surgiram os sofistas e os mais destacados deles foram Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas.

Os sofistas afirmavam que os ensinamentos dos cosmologistas estavam errados e se apresentavam como mestres da oratória, retórica (características da persuasão), afirmando que era possível ensinar a arte da persuasão para que todos fossem bons cidadãos, ou seja, ensinavam aos jovens a arte de argumentar e persuadir.

O filosofo Sócrates (patrono da filosofia), rebelou-se contra os sofistas, pois achava que estes corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade. Sócrates concordava com os sofistas apenas no combate aos cosmologistas.

Para Sócrates, antes de conhecer a natureza, o homem deveria conhecer a si mesmo, eis porque o período socrático, também e conhecido como período antropológico, pois é voltado para o conhecimento do homem.

Platão, discípulo de Sócrates traçou um retrato de Sócrates como sendo um filósofo que andava pelas ruas e praças de Atenas fazendo questionamentos, ou seja, tentando fazer com que seus ouvintes refletissem.

Sócrates questionava idéias e valores dos gregos e seus interlocutores não sabiam responder, assim como ele, que respondia que também não sabia, ou seja, demonstrava a consciência da própria ignorância, que é o começo da filosofia.

Sócrates não procurava opiniões, mas sim a essência da idéia, da coisa, do valor, ou seja, um conceito de nós mesmos e não opiniões a respeito.

A diferença de opinião e conceito é que a opinião é instável, mutável depende de cada um, de cada época e local, o conceito por sua vez é uma verdade intemporal, universal e necessária que o pensamento descobre.

Ao fazer seus interlocutores pensar e questionar, Sócrates tornou-se para os poderosos de Atenas um perigo, pois fazia a juventude pensar e por isso foi acusado de desrespeitar o deuses, corromper os jovens e violar as leis. Sócrates não se defendeu, pois se recusou a aceitar as acusações e ainda recusava-se a deixar de filosofar. Foi condenado a tomar um veneno (a cicuta) e obrigado a suicidar-se.

Tendo em vista que Sócrates nunca escreveu, seus pensamentos foram escritos por seus discípulos e é com base nestas obras, dentre elas uma escrita por Platão, intitulada Apologia de Sócrates que podemos ter uma noção do período socrático. Baseado nas obras dos discípulos de Sócrates podemos elencar algumas características deste período:

1 – A filosofia preocupa-se com questões humanas, tais como idéias, moral, valores, crenças, entre outras.

2 – O ponto de partida da filosofia é a reflexão, que nada mais é do que a volta que o pensamento faz sobre si mesmo para conhecer-se. É a consciência conhecendo a si mesma.

3 – Os pensamentos devem oferecer a si mesmo condições e meios para saber o que verdadeiro e como alcançá-lo em tudo que busquemos.

4 – A filosofia esta voltada para a definição das virtudes morais e políticas dos seres humanos, tanto como indivíduos, quanto como cidadãos.

5 – Cabe à filosofia encontrar a definição, o conceito das virtudes, para além das opiniões.

6 – E feita à separação entre idéia e opinião. A opinião é pessoal e sofre influências e a idéia é embasada em critérios, pesquisas, entre outras e utiliza-se do pensamento.

7 – A reflexão e o pensamento permitem ao espírito humano conhecer a verdade invisível, imutável, universal, e necessária.

8 – A opinião passa a ser considerada falsa por ser contraditória, inconsistente, mutável e deve ser abandonada.

9 – A diferença entre Sócrates e Platão de um lado e os sofistas de outros. Os primeiros consideram as opiniões fontes de erros, mentira e falsidade, enquanto que os sofistas aceitam a validade das opiniões.

PERÍODO SISTEMÁTICO:

O principal nome deste período é o filósofo Aristóteles de Estagira, discípulo de Platão.

Após quatro séculos de filosofia, Aristóteles apresenta um grande estudo de todo o saber que foi produzido até então pelos gregos se utilizando da filosofia que, portanto, não é um saber específico, mas uma forma de conhecer todas as coisas, apenas se utilizando de procedimentos diferentes para cada campo de coisas que se conhece. Cada saber, no campo que lhe é próprio possui seu objeto, procedimentos, exposição e formas próprias de explicação, portanto cada campo do conhecimento é uma ciência (em grego episteme), Aristóteles afirma que antes de um conhecimento constituir seu objeto e seu campo próprios, é necessário conhecer as leis gerais que governam o pensamento, ou seja, a lógica. Aristóteles foi o criador da lógica como instrumento do conhecimento em qualquer campo do saber. A lógica é o instrumento para a ciência e por isso é indispensável para a filosofia.

Os campos do conhecimento filosófico:

Aristóteles dividiu os campos do conhecimento filosófico em:

1 – Ciências produtivas. Estudam as partes produtivas ou técnicas e que resultam em um produto ou uma obra. Ex. Arquitetura, economia, o artesanato, o comércio, a medicina, etc.

2 – Ciências práticas: Estudam as práticas humanas enquanto ações. Ex. A ética, a política.

3 – Ciências teoréticas, contemplativas ou teóricas (theoria em grego significa contemplação da verdade): Estudam as coisas que existem independentes do homem ou de suas ações e, portanto só podem ser contempladas por eles. São as ciências naturais e divinas. Aristóteles classifica esta ciência pelo grau de superioridade da forma como segue:

3.1 – Ciência das coisas naturais submetidas à mudança ou ao devir (passagem continua de uma coisa a seu estado contrário). Ex. Física, biologia, meteorologia, psicologia (psychê = alma, portanto psicologia é o estudo da alma), que também sofre variações.

3.2 – Ciência das coisas naturais que não se submetem à mudança ou ao devir. Ex. Matemática, astronomia (os gregos acreditavam que os astros eram imutáveis).

3.3 – Ciência da realidade pura, conhecida como metafísica. Trata-se daquilo que deve haver em qualquer realidade, é o que Aristóteles chama de ser ou substancia de tudo o que existe.

3.4 – Ciência teórica das coisas divinas que são a causa e a finalidade de tudo que existe na natureza e no homem, conhecida como teologia (theion – coisas divinas). Para Aristóteles a filosofia encontra seu ponto mais alto na teologia e na metafísica, de onde, acredita que ele, deriva todos os outros conhecimentos.

A partir da divisão aristotélica, defina-se, os campos de investigação filosófica, que só foram corrigidos no século XIX.

São três estes campos de investigação filosófica:

1 – O do conhecimento da realidade última de todos os seres, conhecido como ontologia (estudo dos seres, on = ser e ta = seres) Ex. Metafísica, teologia.

2 – O do conhecimento das ações humanas, como a ética, a política, os valores morais e políticos.

3 – O conhecimento da capacidade humana de se conhecer, isto é o conhecimento do próprio pensamento, em suas leis gerais e em suas leis especificas em cada ciência.

PERÍODO HELENÍSTICO:

É o último período da filosofia antiga, quando a polis grega desaparece deixando assim de ser referência para os filósofos, tendo em vista que a Grécia encontra-se sob domínio de Roma.

É o período chamado de filosofia cosmopolita, visto que os romanos ajudaram a difundir a filosofia grega por seus domínios. É a época em que a filosofia passa a dar explicações totalizantes sobre a natureza, o homem e as relações entre ambos e deles com as divindades. Datam deste período quatro sistemas que influenciaram o pensamento cristão. O epicurismo, o ceticismo, o estoicismo e neoplatonismo. Inicia também nesta época a orientalização da filosofia nos aspectos místicos e religiosos em função da dimensão da influência romana no oriente que agregou alguns valores culturais dos orientais.

CAPÍTULO 4

As principais características da filosofia:

A filosofia na história

Ao longo da história a filosofia vem buscando propor soluções para os diversos problemas que afligem sociedade em seus vários períodos. Estas soluções são sempre ou questionadas ou corroboradas pelos filósofos que vem posteriormente. É uma espécie de continuidade do questionamento, seja para refutar ou para aprofundar a tese defendida. Pelo fato de também estar na história, à filosofia também tem a sua história e seus períodos:

1 – A filosofia antiga (do século VI a. C. Ao século VI d. C.): Engloba os quatro períodos da filosofia greco-romana.

2 – Filosofia patrística (do século I ao século VII): Inicia-se com as epístolas de São Paulo e o evangelho de São João e termina no século VII, quando se inicia a filosofia medieval. A filosofia patrística é um esforço para conciliar o cristianismo com a filosofia dos gregos e romanos e divide-se em patrística grega (ligada à igreja de Bizâncio) e patrística latina (ligada à igreja de Roma), e tem como nome de destaque Justino, Tertuliano, Atenágoras, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São Gregório, Nazianzo, São João Crisóstomo, Isidoro de Sevilha etc.

O grande tema de discussão da filosofia patrística foi à possibilidade de conciliar religião e fé, tendo em vista que novas idéias foram introduzidas pelos padres religiosos utilizando-se de dogmas de cunho religioso que explicariam os grandes temas da humanidade e do mundo e dentro deste contesto, haviam três correntes:

2.1 – Os que julgavam a fé superior à razão e que eram inconciliáveis: “Creio porque absurdo”.

2.2 – Os que subordinavam a razão à fé e que eram conciliáveis. “Creio para compreender”.

2.3 – Os que afirmavam que a fé e a razão tinham cada qual seu campo próprio de atuação e não se misturavam (a razão refere-se à vida temporal e a fé a vida espiritual).

3 – A filosofia medieval (do século XIII ao século XVI): Abrange pensadores europeus, árabes e judeus. É o período em que a igreja romana dominava a Europa e foi influenciada por filósofos como Platão e Aristóteles. Durante este período surge a filosofia cristã (teologia). Seu grande tema de discussão é a demonstração racional da existência Deus e da alma humana imortal. Aparecem as teses como métodos de comprovação teórica e que se baseiam na força do argumento de uma autoridade reconhecida. Principais teólogos medievais: São Tomas de Aquino, Santo Anselmo, Abelardo etc.

4 – Filosofia da renascença (do século XIV ao século XIV): Acontece a descoberta de novas obras de Platão e Aristóteles e divide-se em três linhas de pensamento:

4.1 – Aquela proveniente de Platão, do neoplatonismo onde se destaca a idéia de que a natureza era um grande ser vivo e o homem é parte desta natureza como um microcosmo, podendo agir sobre ela.

4.2 – Aquela em que os pensadores florentinos o poderio dos papas e dos imperadores e defendem o ideal republicano e a política.

4.3 – Aquela em que o homem começa a ter uma visão critica da sociedade, adquirida em função das descobertas marítimas. Propunha o Ideal do homem como artífice de seu próprio destino, utilizando-se do conhecimento como da política. Os nomes mais importantes são Dante, Maquiavel, Marcilio Ficino, Giordano Bruno, Campanella, Montaigne, Tomás Morus, Jean Bodin, Kepler e Nicolau de Cusa.

5 – Filosofia moderna (do século XVII ao século XVIII): Conhecido como grande racionalismo clássico divide-se em três fases:

5.1 – Aquela conhecida como o “surgimento do sujeito do conhecimento”, ou seja, é a reflexão, a volta do pensamento para si mesmo para conhecer sua capacidade de conhecer.

5.2 – Aquela em que em que o sujeito do conhecimento, formula déias racionais sobre o objeto do conhecimento, as coisas exteriores, quais sejam a natureza, a política e a vida social.

5.3 – Aquela concebida como um sistema racional de mecanismos físicos cuja estrutura é invisível e matemática. É a realidade a partir de Galileu. Deu origem à mecânica e ao ideal de que o homem pode dominar tecnicamente a natureza e a sociedade. Predomina a idéia da conquista cientifica e técnica de toda a realidade, assim como também a idéia de que a razão humana pode dominar os sentimentos e que é capaz de definir qual o melhor sistema político para a sociedade, tudo dentro de ma racionalidade. A razão humana é a fundamentação deste período. Os principais pensadores deste período são: Francis Bacon, Descartes, Galileu, Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, Malebranche, Locke, Berkeley, Newton, Gassendi.

6 – Filosofia da ilustração ou iluminismo (meados do século XVII ao começo do século XIX): Também crê nos poderes da razão. O iluminismo afirma que:

6.1 – Pela razão o homem pode conquistar a liberdade social e política.

6.2 – Pela razão o homem é capar de libertar-se dos preconceitos, alcançando assim a evolução e o progresso, ou seja, o homem é um ser perfectível.

6.3 – O aperfeiçoamento da razão se da pelo progresso das civilizações.

6.4 – O Iluminismo afirma que existe diferenças entre a natureza (reino das leis naturais, universais e imutáveis) e entre a civilização (reino da liberdade proposta pela vontade dos homens no aperfeiçoamento moral, técnico e político). Neste período a interesse pela evolução (biologia como centro do pensamento) e pelas artes (expressões do grau de desenvolvimento da civilização). Período em que surgem duas correntes do pensamento econômico, os fisiocratas (a agricultura como sendo a fonte principal da riqueza) e os mercantilistas (o comércio é a fonte da riqueza). Tem como principais pensadores: Hume, Voltaire, Diderot, D`Alembert, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling.

7 – Filosofia contemporânea (abrange o pensamento filosófico de meados do século XIX até nossos dias: É o mais complexo e difícil de definir, tendo em vista que somos partícipes deste período.

CAPÍTULO 5

Aspectos da filosofia contemporânea

1 – História e progresso: O século XIX é o século da descoberta da história para a filosofia. Tendo em vista as descobertas ocorridas ao longo da história aperfeiçoaram as ciências, as artes, e as técnicas acredita-se que o presente é melhor que o passado, e o futuro será melhor que o presente. Esta visão otimista foi desenvolvida pelo filosofo positivista Augusto Conte que afirmava o que o desenvolvimento social se daria pelo aumento e controle do conhecimento científico e pela sociedade. Esta idéia passa a ser criticada, pois passa a servir de legitimação para que os mais desenvolvidos cientificamente passem a dominar os menos desenvolvidos (colonialismo e imperialismo).

2 – As ciências e as técnicas: No século XIX, a filosofia entusiasmada pelo desenvolvimento da ciência e das técnicas, afirmava que o saber cientifico, poderia dominar e controlar a natureza, a sociedade e os indivíduos, como exemplo, acreditava-se que a sociologia poderia fornecer fórmulas de controle social, evitando guerras, revoluções e desigualdades e que a psicologia ensinaria como funciona a psique humana.

Já no século XX a filosofia passou a desconfiar deste otimismo em função de vários acontecimentos sociais que abalaram a humanidade. Surge a concepção, idealizada pela escola de filosofia de Frankfurt da Teoria Critica, que se subdivide em:

2.1 – Razão instrumental: É a razão que faz das ciências e das técnica um meio de intimidação e não de liberação dos seres humanos.

2.2 – Razão crítica: Afirma que o conhecimento cientifico deve ter como finalidade a emancipação do gênero humano.

3 – As utopias revolucionárias: No século XIX em função do progresso tecnológico a filosofia apostou em utopias revolucionárias (comunismo, socialismo, anarquismo) que tinham por lógica a ação política e consciente dos explorados, visando uma sociedade igualitária. Já no século XX, a filosofia também reviu estes conceitos, visto que surgiram as chamadas sociedades totalitárias (nazismo, fascismo, stalinismo) e passou a questionar se os seres humanos seriam capazes de criar e manter uma sociedade de iguais.

4 – A cultura: No século XIX a filosofia vê na cultura um modo próprio da existência dos seres humanos, diferenciando o ser humano (ser cultural) dos animais (seres naturais). A cultura é a criação de idéias, representa a liberdade, se manifesta como criação das obras do pensamento. Para alguns filósofos, haveria uma grande cultura que por sua vez gerariam novas culturas, para outros (seguidores de Hegel) o desenvolvimento da cultura era progressivo e para outros ainda, os chamados filósofos românticos, a cultura não era progressiva, mas nacional, assim caberia à filosofia conhecer o espírito de um povo, suas tradições, seu passado.

No século XX, a filosofia afirma que à pluralidades culturais e que o conceito de cultura nacional não se sustenta, pois a idéia de nação é uma criação cultural. Cada cultura tem seu modo próprio, visto que cada uma possui sua própria condição histórica, geográfica e política própria, ou seja, a filosofia do século XX afira que há pluralidade cultural, e nega que a nacionalidade seja causa das culturas, afirma ainda que pode haver inter-relação entre as diversas culturas.

5 – O fim da filosofia: No século XIX a filosofia, em função do positivismo, supôs que no futuro só haveria ciências e que todas as explicações seria dados por estas ciências e em assim sendo a própria filosofia viria a desaparecer.

Já no século XX a filosofia mostrou que os resultados das ciências não são verdadeiros e passou a questionar as ciências e seus métodos, filósofos como o alemão Husserl, Bertrand Russel e Quine, passaram a propor modos de questionar os métodos da ciência e a mostrar os limites do conhecimento cientifico.

6 – A maioridade da razão: No século XIX, em função do otimismo advindo da aquisição de conceitos científicos, a filosofia afirmava que a razão já havia atingido a maioridade. No entanto Marx (final do século XIX), nas questões políticas e econômicas e Freud (inicio do século XX), nas da psique, questionaram essa maioridade racional, formulando duvidas que até hoje impõem novas questões filosóficas. Marx pôs em discussão a liberdade de pensamento, que para inexiste a partir do momento em que somos dirigidos por um poder social invisível, o qual chamou de ideologia. Já Freud mostrou que existe um poder invisível (o inconsciente) que domina nossas ações sem que a consciência tenha conhecimento esta teoria de fez com que a filosofia reabrisse a discussão sobre a pode a razão, o que pode a consciência, as aparências e a ilusões. Já no caso da teoria de Marx, a filosofia reabriu as discussões éticas e morais.

7 – Infinito e finito: O século XIX manteve para a filosofia a idéia do infinito, ou seja, da natureza eterna (dos gregos), do Deus eterno (dos cristãos). Já no século XX, a filosofia tendeu a quebrar esta teoria do infinito com teses como o existencialismo no qual o ser humano é um ser para a morte e que precisa encontrar nele mesmo o sentido de sua existência. Outro exemplo que leva a filosofia a rever a idéia de infinito é o fato de a mesma voltar-se para dentro das ciências particulares e pelos limites de cada uma.

8 – Temas, disciplinas e campos filosóficos: Os campos de estudo da filosofia ao longo de 25 séculos são:

a) Ontologia ou metafísica; b) lógica; c) epistemologia; d) teoria do conhecimento; e) ética; f) filosofia política; g) filosofia da história; h) filosofia da arte e i) filosofia da linguagem.

PARECER ACADÊMICO:

Marilena Chauí nos leva a dar os primeiros passos ao conhecimento da filosofia enquanto ciência que nos ensina a questionar, pensar, enfim, rever conceitos e principalmente a refletir sobre a origem de tudo que nos cerca, desde simples palavras até teses extremamente elaboradas e tidas por todos como verdades absolutas e inquestionáveis.

Em um mundo em que o homem cerca-se de idéias cada vez mais questionáveis, tais como o consumismo, o imediatismo, o individualismo, onde a tecnologia isola e inibi a criatividade e o pensamento como forma de obtenção de conforto e, portanto facilitação da vida social, é de extrema importância que tenhamos na filosofia uma maneira, um meio de refletirmos o porquê de termos estes conceitos e aonde chegaremos caso não tenhamos a humildade e o conhecimento suficientes para revê-los.

A amizade pela sabedoria, que deveria estar sendo incentivada por entidades, Governos, mídia, etc., lamentavelmente tem sido relegada, esquecida e em muitos casos tratada como algo supérfluo e ou perigoso pelo homem, visto que o pensar, ou o questionar podem tornar-se um problema para o sistema injusto, desigual e opressor que ora vivemos no planeta Terra e por este motivo a filosofia tornou-se uma ciência a beira da extinção, ou sendo um pouco mais otimista, uma ciência pouco divulgada e compreendida o que há torna misteriosa e desconhecida.

Entender e apreciar a filosofia na atualidade, com conceitos sociais totalmente deturpados tornou-se uma tarefa árdua e por vezes injusta já que o senso comum sobrepujou o bom senso e quem pensa ou tenta refletir sobre ética, valores, lógica entre

outras questões é considerado quase que um ser de outro planeta, pois tudo que temos a nossa volta nos conduz justamente para o oposto, ou seja, a lógica vigente é não pensar e apenas consumir e aceitar o que já esta idealizado. Percebemos isso claramente no momento e como exemplo utilizo a nossa própria sala de aula, onde vemos alunos com os conceitos descritos acima e que tratam a filosofia como se fosse algo sem valor, sem relevância.

Aprender e entender filosofia, como já afirmei é de extrema importância para o momento que vivemos hoje, no entanto creio que a maior missão da autora e de outros que tem amor pelo conhecimento e pela sabedoria é sem dúvida desmistificar a lógica vigente sobre a arte de filosofar, do contrário a própria filosofia corre riscos. Resgatar Tales de Mileto, Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles entre outros grandes filósofos é uma forma de trazer qualidade, sentimentos, conhecimentos, lógica, e um pouco de razão para a humanidade de hoje, acostumada a não refletir sobre questões filosóficas tão importantes.

Por fim resta-nos a esperança de que um dia, quem sabe em um futuro próximo possamos ter na filosofia e na arte de pensar e questionar aliados para que possamos tentar compreender a humanidade e o seus porquês, os seus sentimentos, frustrações, desejos, lógicas, e não justamente o oposto, como ocorre hoje, ou seja, quem questiona dúvida e tenta ver o mundo de forma diferente daquela previamente idealizada é considerado alguém fora da realidade, um sonhador.

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