Resenha sobre o Texto “A Cidade”

 

Os dois capítulos analisados (I. O uso do solo Urbano / II. A Valorização Do Espaço Urbano) do livro A Cidade de Ana Fani A. Carlos, mostra a cidade em várias características, que nos remete uma ideia do uso e ocupação de um determinado local e até uma visão mais aprofundada e socioespacial desse determinado local.

O livro apresenta a cidade em aspectos diferentes, mostra a cidade e tudo o que influencia na criação da mesma, tudo o que engloba para que de certa forma dê forma ao meio urbano. E esse processo de formação é herdado de um tempo passado, e vem se transformando e se adaptando com o passar dos anos.

Quando o texto se refere a uso do solo urbano, nos remete a ideia de que a sociedade tende a ocupar um determinado lugar no espaço para manter a sua sobrevivência, entretanto para que esse ato de ocupação funcione é necessário que haja no mesmo, uma certa forma de produção no local. Sendo um determinado local uma forma de produto, esse local passa a fornecer meios e condições para que as pessoas que ali residem possam tirar seus meios de sobrevivência. Esses espaços ocupados são denominados de acordo com o que nele são produzidos e na forma vida em que o mesmo proporciona, variando de lugar para lugar, por exemplo entre um lugar de grandes comércios, onde tende a ser mais industrializado e popular, ou locais urbanos mais voltados a moradias ou mesmo as zonas rurais.

Em relação a valores, a localização geográfica interfere de forma direta no preço do espaço, nos remetendo a ideia do espaço-mercadoria. Locais mais afastados dos grandes centros das cidades tendem a ser mais caros, pois apresentam uma melhor condição de vida, citado no texto como “zonas privilegiadas”, e essa busca é normalmente por pessoas com poder aquisitivo maior, já próximo as áreas centrais e mesmo nas periferias tendem a ser ocupados pela população com uma menor renda, esses locais normalmente não apresentam boas condições de infraestrutura, e diversas precariedades em outros aspectos, como por exemplo, má distribuição do espaço e até mesmo ocupações indevidas, como ocorre nas favelas. Isso é uma forma clara de segregação espacial fruto da diferenciação de classes, poder econômico, político e social.

No que diz respeito a valorização espaço urbano, no texto fica claro que a valorização do local é diferenciada de um local para outro em função de sua capacidade de criar condições e os meios necessários à atender a população. E que a forma de valorização do solo é diferente de outras mercadorias. E por se tratar de um tipo diferente de mercadoria (a terra não é um capital diretamente e sim uma forma de fornecer um capital) o processo que remete a valorização não é fruto do trabalho

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