RESENHA: Marcuschi, Luiz Antônio– Produção textual, análise de gêneros e compreensão

RESENHA: Marcuschi, Luiz Antônio– Produção textual, análise de gêneros e compreensão

RESENHA DE: Marcuschi, Luiz Antônio, 1946 – Produção textual, análise de gêneros e compreensão – São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

Luiz Antônio Marcuschi é um linguista brasileiro graduado na Philosophisches Seminar Departamento de Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1968), seu doutorado foi em Letras pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander) (1976) e o pós-doutorado foi pela Universitat Freiburg (Albert- Ludwigs) (1988). Com várias obras publicadas é também autor do texto “Produção textual, análise de gêneros e compreensão” que é a quarta versão dos materiais para o curso de Linguística 03 ministrado na graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco, no segundo semestre de 2005.

O autor utiliza uma linguagem formal, porém acessível e muito clara. O texto é dividido em subcapítulos e em cada um contém um título referente ao que será abordado e todo o conteúdo é focado nos gêneros textuais.

Marcuschi dá início ao trabalho afirmando que é inegável que as publicações em torno da questão dos gêneros textuais aumentaram muito nos últimos anos e também comentando que há uma “explosão” de estudos na área que com isso, virou moda. Por mais que muitos trabalhos sejam de grande valiosidade são repetitivos e pouco proveitosos.

Atualmente, como já mencionado, o estudo dos gêneros textuais está na moda, porém não é uma área nova já que há pelo menos vinte e cinco séculos, pois sua observação temática iniciou-se com com Platão (a tradição poética) e com Aristóteles (a tradição retórica) e para confirmar isso, Marcuschi diz:

“A expressão “gênero” esteve, na tradição ocidental, especialmente ligada aos gêneros literários, cuja análise se inicia com Platão para se firmar com Aristóteles, passando por Horácio e Quintiliano, pela Idade Média, o Renascimento e a Modernidade, até os primórdios do século XX.” (Página 147, MARCUSCHI).

Porém, na atualidade o que temos é uma nova visão do mesmo tema, pois a ideia de gênero sai dessas fronteiras e não está mais somente relacionada com a literatura e vem para a linguística de maneira geral, mas em particular nas perspectivas discursivas e para consolidar isso o autor faz uma citação do Swales:

“Hoje, gênero é facilmente usado para referir uma categoria distintiva de discurso de qualquer tipo, falado ou escrito, com ou sem aspirações literárias” (SWALES, 1990 – 33).

A partir disso, Marcuschi relata que muitos estudiosos de diversos ramos estão se interessando cada vez mais pelos gêneros e assim sendo, essa área está se tornando multidisciplinar.

No subcapítulo “O estudo dos gêneros mostra o funcionamento da sociedade” o autor alega que cada gênero tem um propósito claro que o determina e assim lhe dá uma esfera de circulação e todos têm uma função e uma forma, um estilo e um conteúdo, entretanto o que lhe determina basicamente é a função e não a forma.

Marcuschi traz em seu texto as definições entre a noção de gênero textual, tipo textual e domínio discursivo (que são mais operacionais do que formais e seguem de perto a posição bakhtiniana) e faz isso para deixar claro esses conceitos para quais depois ele utilizará para observar a possibilidade de traduzir isso para o ensino e ainda comenta que nem sempre esses termos são definidos de modo explícito. No entanto ele faz uma observação importante:

“Não devemos imaginar que a distinção entre gênero e tipo textual forme uma visão dicotômica, pois eles são dois aspectos constitutivos do funcionamento da língua em situações comunicativas da vida diária” (Página 156, MARCUSCHI).

O autor também

RESENHA DE: Marcuschi, Luiz Antônio, 1946 – Produção textual, análise de gêneros e compreensão – São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

Luiz Antônio Marcuschi é um linguista brasileiro graduado na Philosophisches Seminar Departamento de Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1968), seu doutorado foi em Letras pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander) (1976) e o pós-doutorado foi pela Universitat Freiburg (Albert- Ludwigs) (1988). Com várias obras publicadas é também autor do texto “Produção textual, análise de gêneros e compreensão” que é a quarta versão dos materiais para o curso de Linguística 03 ministrado na graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco, no segundo semestre de 2005.

O autor utiliza uma linguagem formal, porém acessível e muito clara. O texto é dividido em subcapítulos e em cada um contém um título referente ao que será abordado e todo o conteúdo é focado nos gêneros textuais.

Marcuschi dá início ao trabalho afirmando que é inegável que as publicações em torno da questão dos gêneros textuais aumentaram muito nos últimos anos e também comentando que há uma “explosão” de estudos na área que com isso, virou moda. Por mais que muitos trabalhos sejam de grande valiosidade são repetitivos e pouco proveitosos.

Atualmente, como já mencionado, o estudo dos gêneros textuais está na moda, porém não é uma área nova já que há pelo menos vinte e cinco séculos, pois sua observação temática iniciou-se com com Platão (a tradição poética) e com Aristóteles (a tradição retórica) e para confirmar isso, Marcuschi diz:

“A expressão “gênero” esteve, na tradição ocidental, especialmente ligada aos gêneros literários, cuja análise se inicia com Platão para se firmar com Aristóteles, passando por Horácio e Quintiliano, pela Idade Média, o Renascimento e a Modernidade, até os primórdios do século XX.” (Página 147, MARCUSCHI).

Porém, na atualidade o que temos é uma nova visão do mesmo tema, pois a ideia de gênero sai dessas fronteiras e não está mais somente relacionada com a literatura e vem para a linguística de maneira geral, mas em particular nas perspectivas discursivas e para consolidar isso o autor faz uma citação do Swales:

“Hoje, gênero é facilmente usado para referir uma categoria distintiva de discurso de qualquer tipo, falado ou escrito, com ou sem aspirações literárias” (SWALES, 1990 – 33).

A partir disso, Marcuschi relata que muitos estudiosos de diversos ramos estão se interessando cada vez mais pelos gêneros e assim sendo, essa área está se tornando multidisciplinar.

No subcapítulo “O estudo dos gêneros mostra o funcionamento da sociedade” o autor alega que cada gênero tem um propósito claro que o determina e assim lhe dá uma esfera de circulação e todos têm uma função e uma forma, um estilo e um conteúdo, entretanto o que lhe determina basicamente é a função e não a forma.

Marcuschi traz em seu texto as definições entre a noção de gênero textual, tipo textual e domínio discursivo (que são mais operacionais do que formais e seguem de perto a posição bakhtiniana) e faz isso para deixar claro esses conceitos para quais depois ele utilizará para observar a possibilidade de traduzir isso para o ensino e ainda comenta que nem sempre esses termos são definidos de modo explícito. No entanto ele faz uma observação importante:

“Não devemos imaginar que a distinção entre gênero e tipo textual forme uma visão dicotômica, pois eles são dois aspectos constitutivos do funcionamento da língua em situações comunicativas da vida diária” (Página 156, MARCUSCHI).

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