Região Centro-Oeste

 

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– Polivalente – Agosto/2000 –

I – Introdução

Você poderá observar que, o Centro-Oeste passou por grandes transformações nas últimas décadas, especialmente depois da construção de Brasília em 1960.

Tentaremos mostrar da forma mais clara, que a criação de gado é a atividade mais importante. E que os produtos mais cultivados são soja e arroz, destinados à exportação, utilizando métodos modernos.

A exploração de minérios não é muito importante, com destaque apenas ao manganês e no Maciço de Urucum.

A vegetação é variável conforme as regiões de contatos a predominância é o cerrado onde se encontra o clima tropical, que pode ser encontrado na maior parte da região.

II – Desenvolvimento

2.1. – Divisão política e hidrografia

O Centro Oeste é a segunda macroregião brasileira em área territorial, possuindo 1604850 km2 (18,9% da área do país). É formada por 3 estados – Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – alem do Distrito Federal, onde se localiza Brasília a capital do país.

No Brasil, a bacia platina é subdividida em três bacias menores, a do rio Paraná, a do rio Paraguai, localizadas em sua maior parte no Centro-Oeste, e a do rio Uruguai.

O rio Paraguai, cujo as nascentes ficam no estado do Araporé, no estado de Mato Grosso, recebe águas de diversos afluentes, entre eles os rios Cuiabá, Taquarí e Miranda.

2.2. – Clima e vegetação

O clima dominante é do tipo tropical, com duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno ceco. As temperaturas são elevadas o ano todo.

Na porção setentrional da região, principalmente no norte e nordeste do estado de Mato Grosso, aparece o clima equatorial úmido, com temperaturas elevadas e chuvas intensas o ano todo, e na porção meridional no sul do estado de Mato Grosso do Sul, na área cortada no Trópico de Capricórnio verificamos a ocorrência do clima tropical de altitude com temperaturas mais baixas no inverno e chuvas concentradas no verão.

A vegetação dominante na região Centro-Oeste é o cerrado, característico do clima tropical. Trata-se de urna formação arbustiva, ou seja, vegetação de pequeno porte, que se apresenta com o tronco e os galhos bastante retorcidos e recobertos por urna grossa camada de cortiça. Espalha-se por urna extensa área no interior do Centro-Oeste, inclusive alcançando terras de outras regiões brasileiras.

Além dessa formação arbustiva dominante, ainda encontramos áreas de floresta equatorial ao norte, matas galenas acompanhando alguns nos na porção oriental da região e formações de campos no extremo sul de Mato Grosso do Sul. Merece um destaque especial a vegetação da planície do pantanal Mato-grossense. Nessa planície, em função de suas condições naturais muito particulares, aparecem associadas espécies vegetais dos mais diversos tipos, ou seja, florestais, arbustivas e herbáceas, caracterizando a formação vegetal denominada complexo do Pantanal.

 

2.3. – Agropecuária

O Centro-Oeste manteve a sua atividade de produtora agropecuarista sempre voltada para o mercado interno para o abastecimento das áreas mais dinâmica do país. Nas ultimas décadas, no entanto, sua economia agropecuarista passou a se voltar também para os grandes mercados mundiais. Hoje o Centro-Oeste é um grande fornecedor de produtos agropecuários, como grãos (soja e arroz) e carne, para as indústrias alimentícias do Centro-Sul e, especialmente de soja, para o mercado externo.

A agricultura do Centro-Oeste vem aumentando rapidamente sua participação no total da produção brasileira em função de diversos fatores. O aumento da produtividade das áreas tradicionais que se modernizam com investimentos em máquinas, equipamentos e recursos técnicos de fertilização e correção de solos é um deles. Outro fator é a incorporação de novos espaços que até bem pouco tempo ou eram dedicados a uma lavoura rudimentar de subsistência, ou eram áreas não aproveitadas economicamente, mas que agora, com as chegadas das frentes pioneiras, vão sendo integrados a uma economia mais dinâmica.

Entre as principais áreas agrícolas, destacam-se Campo Grande e Dourados (Mato Grosso do Sul), centros produtores de soja e trigo. Em Goiás, sobressai a região denominada “mato grosso de Goiás”, ao sul de Goiânia, com a produção de soja, algodão e feijão, e o vale do Paranaíba, no Sudeste goiano, onde se tem algodão e arroz.

Com relação à pecuária, é importante dizer que a região detém cerca de 1/4 de todo o rebanho bovino brasileiro. Essa participação tende a aumentar, graças a uma série de fatores favoráveis, tanto de ordem natural, como o relevo de topografia plana e a vegetação aberta do cerrado, como de ordem político-econômica abertura de estradas, formação de pastos e melhoria genética dos rebanhos.

O sistema de criação que predomina é o extensivo, tendo em vista que a região dispõe de grandes espaços e é, ao mesmo tempo, um enorme vazio demográfico. O objetivo mais importante é a produção de carne para as indústrias frigoríficas do Centro-Sul. A principal área de criação está no pantanal Mato-grossense, onde, além dos bovinos, também são criados bufalinos, com os mesmos objetivos econômicos e sob as mesmas condições de criação.

As dificuldades econômicas dos pecuaristas da região fizeram surgir uma nova atividade nas fazendas, o ecoturismo.

2.4. – Mineração e indústria

A origem geológica de grande parte do território do Centro-Oeste, datada do Pré-cambriano e do Paleozóico, permite que a região apresente grandes possibilidades de ocorrência de recursos minerais. A produção de minérios, no entanto, é ainda pouco significativa quando comparada à de outras regiões brasileiras, como o Norte e o Sudeste.

Entre as ocorrências registradas, merecem destaque as produções de ferro e manganês encontrados no maciço de Urucum, no interior do pantanal Mato-grossense.

A extração é feita pela Companhia Vale do Rio Doce, com a maior parte da produção direcionada para o mercado externo, representado pelos vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai. O escoamento para esses países se faz pelo porto de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, e pela navegação fluvial no rio Paraguai, que é navegável cm toda a sua extensão.

Uma parte menor da produção está voltada para o mercado interno, sendo consumida na própria região, na pequena siderurgia local, ou sendo transportada para as siderúrgicas do Sudeste, especialmente para a Cosipa, na Baixada Santista.

Entre as outras reservas minerais da região, destaca-se a de níquel, importante recurso para a indústria do aço, que tem sua maior ocorrência na cidade de Niquelândia, ao Norte de Goiás. Essa reserva é responsável por 80% da produção brasileira do minério.

No extrativismo vegetal, sobressaem a extração de látex (borracha) e de madeiras cm geral, na porção setentrional da região, e de erva-mate e madeiras, na porção meridional.

O setor industrial é muito precário e se restringe às atividades ligadas à produção agroextrativa, como as indústrias de beneficiamento de arroz, pequenos frigoríficos indústrias de couro, além de algumas metalúrgicas e madeireiras, que, no conjunto, absorvem um pequeno contingente de mão-de-obra e se utilizam de equipamentos e recursos técnicos pouco avançados. Nessas condições, é pouco significativa a participação da produção industrial regional.

2.5. – Brasília

A história da criação de Brasília data do período colonial. Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal já acreditava na necessidade de se localizar a sede da colônia no interior. Os participantes da Inconfidência Mineira, na segunda metade do século XVIII, também pretendiam a interiorização da capital, que deveria ser São João Del Rei (Minas Gerais).

Em 1 822, um deputado de Lisboa propôs que “no centro do Brasil, entre as nascentes dos confluentes do Paraguai e do Amazonas, funde-se a capital deste reino, com a denominação Brasília”. No mesmo ano, Ritter Von Schaeffer, alemão radicado no Brasil, propôs que Brasília fosse construída na latitude 15º S e longitude 48º W. A localização da cidade é na latitude 15º47’27” S e longitude 47º52’55” W.

Em 15 de março de 1956, Juscelino Kubitschek assinou a “Mensagem de Anápolis”, criando a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e oficializando o nome de Brasília para a capital a ser construída. Em setembro desse mesmo ano, o arquiteto Oscar Niemeyer foi convidado para dirigir a construção e, em março de 1957, presidiu o júri que, por unanimidade, escolheu o projeto urbanístico de Lúcio Costa, ou seja, o plano-piloto.

Desde sua inauguração, em21 de abril de 1960, a capital federal assistiu a uma renúncia, uma deposição, urna ditadura militar que durou mais de 20 anos, uma campanha malsucedida por eleições diretas, além de eleição indireta de um presidente civil que não tomou posse, sendo substituído pelo seu vice, e uma eleição livre e democrática de um presidente que sofreu impeachment por corrupção. Por tudo isso, Brasília é a capital das esperanças. Sua divisa, Venturis ventis, significa “aos ventos que hão de vir”, em latim.

III – Conclusão

Conclui-se que, devido as condições naturais as atividades agropecuárias sempre foram as mais importantes, mas nos últimos anos ela vem se destacando no mercado interno e externo.

As atividades industriais são voltadas apenas para práticas agropecuárias. E a mineração é praticada com pouco destaque ao ferro e ao manganês.

Observou-se também que o clima predominante da região Centro-Oeste é o tropical onde aparecem os cerrados, porém, nas zonas de contato com outras regiões há grandes variações. Encontramos também, grande riqueza no complexo do pantanal mato-grossense.

IV – Bibliografia

Manual do Estudante Globalizado

Lições de Geografia/Hélio Carlos Garcia e Tito Márcio Caravello/ 6ª série

Sumário

I – Introdução

II – Desenvolvimento

2.1 – Divisão política e hidrografia

 

2.2. – Clima e vegetação

 

2.3. – Agropecuária

 

2.4. – Mineração e indústria

 

2.5. – Brasília

III – Conclusão

IV – Bibliografia

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