O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) usou o Twitter na manhã desta quarta-feira 30 para confirmar que Marcos Pontes será o ministro da Ciência e Tecnologia de seu governo. O nome do engenheiro aeroespacial e tenente-coronel reformado já vinha sendo aventado para a pasta desde a campanha eleitoral, mas a confirmação só aconteceu agora.
É o quarto nome do primeiro escalão divulgado pelo futuro governo, que já tem Onyx Lorenzoni (DEM) na Casa Civil, Paulo Guedes na “superpasta” da Economia e o general Augusto Heleno (PRP) à frente da Defesa.
Antes da confirmação, ainda na terça-feira 30, Pontes anunciou em seu perfil no Facebook que havia aceitado o convite.
“Ciência e tecnologia, como vocês sabem, vocês têm acompanhado, ele tem falado sempre sobre o meu nome mais ou menos como ‘posto Ipiranga’ de ciência e tecnologia. E agora só falta o anúncio oficial realmente da minha indicação para ministro de Ciência e Tecnologia”, disse o astronauta.
Nascido em Bauru (SP), Marcos Cesar Pontes tem 55 anos e foi o primeiro astronauta brasileiro, sul-americano e lusófono a ir ao espaço, na missão batizada como “Missão Centenário”, em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont no avião 14 Bis, realizado em 1906.
Segundo o perfil publicado no site de Pontes, ele é engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e mestre em Engenharia de Sistemas pela Naval Postgraduate School, Califórnia, EUA.
Pontes entrou na Força Aérea Brasileira em 1981 e foi instrutor, líder de esquadrilha de caça e piloto de testes, com mais de 2 mil horas de voo em 25 tipos de aeronave. Atualmente, é Embaixador da Boa Vontade na Organização das Nações Unidas (ONU), dá palestras e trabalha na Nasa, a agência espacial norte-americana.
O currículo do futuro ministro registra que suas funções militares se encerraram em 1998, quando ele regressou da missão espacial foi selecionado por concurso público da Agência Espacial Brasileira para representar o Brasil na Nasa na função de astronauta, uma carreira civil. Pontes foi definitivamente transferido para reserva apenas em 2006, ao regressar da missão espacial.