Quando foi Criado o “Povo Palestino”?

 

  • ,Todos aqueles que nasceram durante o período do Mandato Britânico da Palestina entre 1923 e 1948 tinham o termo “Palestina” carimbado nos passaportes. Acontece que os árabes ficavam ofendidos quando eram chamados de palestinos. Eles reclamavam: “não somos palestinos, somos árabes. Os palestinos são os judeus.
  • Após os exércitos árabes invasores serem derrotados, uma parcela de árabes locais que haviam fugido da guerra queriam voltar, mas eram considerados quinta coluna, não sendo portanto convidados a voltarem. Os árabes leais, que permaneceram em Israel durante a guerra e seus descendentes ainda estão em Israel, representando hoje um quinto da população do país. Eles são conhecidos como árabes israelenses. Eles têm os mesmíssimos direitos de judeus e cristãos, com a exceção de que não são obrigados a servirem o exército. Eles podem servir se assim o desejarem.
  • “O povo palestino não existe. A criação de um estado palestino é apenas um meio para continuar a nossa luta contra o Estado de Israel em nome da unidade árabe. Na realidade, hoje não há nenhuma diferença entre jordanianos, palestinos, sírios ou libaneses.” – em entrevista concedida pelo líder da OLP Zuheir Mohsen em março de 1977 ao jornal holandês Trouw.

Em um editorial do Guardian de 1º de novembro de 2017, antecedendo o 100º aniversário da Declaração Balfour, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, pediu à Grã-Bretanha que “peça desculpas” pelo século de “sofrimento” que o documento, segundo ele, trouxe ao “povo palestino”. Abbas reiterou as reivindicações que vem fazendo desde 2016, para justificar uma surreal ação judicial que ele ameaça ingressar contra a Grã-Bretanha por ela apoiar a “criação de uma pátria para um povo (judeu), afirma ele, “resultando na desapropriação e perseguição contínua de outro”.

“Palestinos” eram os judeus que viviam juntamente com muçulmanos e cristãos em uma terra chamada Palestina, que estava sob administração britânica de 1917 a 1948.

Todos aqueles que nasceram naquele território durante o período do mandato britânico tinham o termo “Palestina” carimbado nos passaportes. Acontece que os árabes ficavam ofendidos quando eram chamados de palestinos. Eles reclamavam: “não somos palestinos, somos árabes. Os palestinos são os judeus”.

Bernard Lewis explica:

“Com o surgimento e disseminação de ideologias pan-árabes, os palestinos começaram a fazer questão em afirmar que eles eram árabes, não sírios do sul. Ao longo do período remanescente do mandato britânico e por muitos anos depois disso, as organizações palestinas se autodenominavam árabes e manifestavam sua identidade nacional em termos árabes, não em termos palestinos, nem em termos sírios”.

Quando Israel declarou a independência em 14 de maio de 1948, os exércitos de cinco países árabes se uniram para destruir no berço a incipiente nação judaica. Após serem derrotados, uma parcela de árabes locais que haviam fugido da guerra queriam voltar, mas eram considerados quinta coluna não sendo portanto permitida a sua volta. Os árabes leais permaneceram em Israel durante a guerra e seus descendentes ainda estão em Israel, representando hoje um quinto da população do país. Eles são conhecidos como árabes israelenses. Eles têm os mesmíssimos direitos dos judeus, com a exceção de que não são legalmente obrigados a servirem o exército. Eles podem se voluntariar a servir se assim o desejarem.

Os árabes israelenses têm seus próprios partidos políticos. Eles são membros do Knesset (Parlamento de Israel) e trabalham em todas as profissões. A moral da história é ou deveria ser: não comece uma guerra a menos que esteja preparado para a derrota, como aconteceu recorrentemente com os árabes de Israel e com seus vizinhos em 1947/1948, 1967 e 1973.

A propósito, o território mantido pelo Mandato Britânico da Palestina como fiel depositário para os judeus, inicialmente incluía todas as terras que hoje pertencem ao Reino da Jordânia, que teve sua independência concedida em 1946 como Reino da Transjordânia.

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(Imagem: Wikimedia Commons)

Menos de uma semana após a publicação do artigo no Guardian, Omar Barghouti, incitador das investidas de hoje de destruir Israel por meio do sufocamento da economia, ecoou Abbas em um artigo publicado na revista Newsweek, dizendo que a Declaração Balfour é “uma tragédia para o povo palestino”.

O mesmo sentimento foi manifestado no final de setembro em uma palestra proferida por Rashid Khalidi − Edward Said Professor of Modern Arab Studies at Columbia University − no Centro Hagop Kevorkian de Estudos do Oriente Médio na cidade de Nova York: a Declaração Balfour “lançou um agressão que já dura um século contra os palestinos visando implantar e promover esta pátria nacional, mais tarde Estado de Israel, às suas custas…”

As alegações de Khalidi assim como as de Abbas e Barghouti são falsas. Antes da criação do Estado de Israel em 1948 não havia “palestinos”. Conforme declaração do proeminente historiador e especialista libanês/americano sobre o Oriente Médio, Philip Hitti, em seu depoimento perante a Comissão de Inquérito Anglo-Americana de 1946: não existe essa coisa de Palestina na história, de jeito algum”.

Os autores Guy Millière e David Horowitz analisaram detalhadamente a matéria no livro de 2015 Comment le peuple palestinien fut inventé (“Como o povo palestino foi inventado”), ilustrando que o propósito do embuste é o de “transformar uma população em uma arma de destruição em massa contra Israel e o povo judeu, para demonizar Israel e para fornecer ao totalitarismo e ao antissemitismo formas de agir”.

A manobra deu certo, por um tempo funcionou bem acima das expectativas. O termo “palestinos” foi usado no mundo inteiro, inclusive em Israel, para se referir aos árabes que vivem na Cisjordânia e em Gaza. Muitas vezes o termo é empregado também para se referir aos árabes com cidadania israelense. A narrativa segundo a qual os judeus expulsaram os árabes ao estabelecerem um estado contradiz integralmente os fatos.

Quais são esses fatos? Quando foi, na realidade, criado o “povo palestino”? Usando simplesmente o Google Ngram Viewer se tem a resposta.

Ngram é um banco de dados que mostra a frequência que uma expressão aparece em livros publicados entre os anos 1500 a 2008. Quando um usuário insere o termo “povo palestino” e “estado palestino” na barra de pesquisa Ngram, ele percebe que o termo começa a aparecer somente em 1960.

Na carta datada de 2 de novembro de 1917 enviada a Walter Rothschild, líder da comunidade judaica da Grã-Bretanha, o Ministro das Relações Exteriores, Lord Balfour, salienta:

“O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não judaicas existentes na Palestina (itálico adicionado), nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país”.

Para completar, além do Ngram, também há as palavras do líder da OLP, Zuheir Mohsen, que em entrevista concedida em março de 1977 ao jornal holandês Trouw ressaltou:

“O povo palestino não existe. A criação de um estado palestino é apenas um meio para continuar a nossa luta contra o Estado de Israel em nome da unidade árabe. Na realidade, hoje não há nenhuma diferença entre jordanianos, palestinos, sírios ou libaneses. Somente por razões políticas e táticas falamos hoje sobre a existência de um povo palestino, uma vez que os interesses nacionais árabes exigem que postulemos a existência de um povo palestino distinto para se opor ao sionismo.

“Por razões táticas, a Jordânia, que é um estado soberano com fronteiras definidas, não pode reivindicar Haifa e Jaffa, ao passo que como palestino, posso indubitavelmente exigir Haifa, Jaffa, Beer-Sheva e Jerusalém. No entanto, no momento em que resgatarmos o nosso direito sobre toda a Palestina, não demoraremos sequer um minuto para unirmos a Palestina e a Jordânia”.

 

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