Provas de Saltos do Atletismo

Introdução: Provas de Saltos do Atletismo

Os saltos do Atletismo são basicamente divididos em dois tipos, cada um com 2 modalidades distintas: os saltos cujo o objetivo é atingir a maior altura e os saltos cujo objetivo é atingir maior distância ou comprimento. Abaixo falaremos de cada uma das provas de saltos do atletismo.

Histórico das Provas – Masculino

100 metros – Masculino

 

Na era moderna não existe um registro preciso de quando esta prova começou a ser disputada, já que os ingleses (a quem se deve a renovação dos esportes atléticos) disputavam a prova de 100 jardas (91,40m); ainda assim existe um tempo de 11.0, atribuído ao inglês William McLaren, registrado em Haslingden em 27 de julho de 1867.
Quando da criação da IAAF (1912), foi considerado como recorde inicial o tempo de 10.6, obtido por Donald Lippincott em Estocolmo em 6 de julho de 1912, na final V Olimpíada.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta GIL DE SOUZA, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 10.8

 

200 metros – Masculino

 

Esta disciplina é provavelmente a mais antiga de todas as provas atléticas, já que a primeira corrida que se disputou nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, o “stadion”, media mais ou menos 600 pés gregos, o que equivale sensivelmente aos nossos modernos 200 metros.
O vencedor da primeira Olimpíada (776 a.C.) foi Korebos de Elis. O primeiro recorde de que se tem notícia está creditado ao inglês William Collett, que em 24 de novembro de 1866, em Londres, correu as 220 jardas (201,16m) em 23 segundos cravados.
Já na era da IAAF, a primeira marca registrada pertence a William Applegarth, da Grã-Bretanha, que marcou 21.2 também nas 220 jardas, em Londres, em 4 de julho de 1914.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido também foi do atleta GIL DE SOUZA, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 23.0.

 

400 metros – Masculino

 

Os 400 metros estão, em antiguidade, na mesma linha dos 200 metros, pois o “diaulus” ou duplo “stadion” começou a ser disputado na 14ª Olimpíada da antiguidade, ou seja, em 724 a.C. Esta distância era de mais ou menos 385 metros.
Na Era Moderna, o primeiro recorde registrado é o do inglês Henry Harrison, que em 15 de junho de 1861, em Londres, marcou 50.5 para as 440 jardas (402,33m)
O primeiro recorde da IAAF pertence ao norte-americano Charles Reidpath, que em 13 de julho de 1912, em Estocolmo, marcou 48.2 na final da V Olimpíada.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta NARCISO V. COSTA, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 50.6.

 

800 metros – Masculino

 

Esta disciplina já era disputada na Antiguidade, nos Jogos Istmios, Nemeus e Panatenáicos, mas nunca fez parte do programa Olímpico. Era conhecida como “Hippios” e aparentemente era a mesma distância (mais ou menos 740 metros) corrida pelos cavalos, daí o nome de Hippos = cavalo.
Faz parte do Programa Olímpico Moderno desde a primeira Olimpíada e tem como tempos iniciais as seguintes marcas:
2.03.0 – Charles Grey da Irlanda, em 21 de junho de 1861
1.51.9 – James Meredith, dos estados Unidos, em Estocolmo em 08 de julho de 1912.
Esta última marca foi obtida na final da V Olimpíada.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido também foi do atleta NARCISO V. COSTA, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 2.02.0.

 

1.500 metros – Masculino

 

Na Antiguidade não se disputava qualquer prova correspondente aos 1500 metros.
A disciplina começou a ser disputada na França, no final do século XIX, como a distância métrica correspondente à clássica corrida da milha (1609m).Assim. O primeiro recorde de que há notícia pertence ao francês Julin Borel, que em Paris, em 22 de maio de 1892, marcou 4.24.6.
A primeira marca da IAAF é do norte-americano Abel Kiviat, que em Cambridge (EUA), em 8 de junho de 1912, marcou 3.55.8, durante a seletiva americana para os Jogos da V Olimpíada.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta HÉLIO BIANCHINI, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 4.22.6.

 

5.000 metros – Masculino

 

Tem também origem na Antiguidade e a primeira referência vem-nos da 15ª Olimpíada (720 a.C.); a prova se chamava “dolichos” inspirava-se nas proezas dos mensageiros militares (dromokerykes ou hemerodromoi), que transportavam mensagens e instruções por grandes distâncias, principalmente em tempo de guerra.
Todavia, não era um evento popular!
Em nossa época, a partir de meados do século 19, as corridas de fundo gozavam de grande interesse popular, e assim surgiu o primeiro tempo em 1º de novembro de 1897, 16.34.6, obtido em Paris pelo gaulês George Touquet-Daunis.
Já na era IAAF, temos o primeiro tempo de 14.36.6, marcado pelo finlandês Johannes Kolehmainen em Estocolmo, em 10 de julho de 1912, na final da V Olimpíada, após luta empolgante com o francês Jean Bouin, que, batido no “sprint”, marcou mais 1 décimo.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta FRANCISCO P. AMARAL, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 16.52.9.

 

10.000 metros – Masculino

 

As corridas de fundo são, de uma maneira geral, criações relativamente recentes, e eram muito populares no final do século passado, principalmente nas Ilhas Inglesas.
Assim não é de admirar que o primeiro tempo que conhecemos nos venha de Londres, onde em 17 de novembro de 1877 o inglês James Gibb fez parar o cronômetro em 33.31.0.
O primeiro recorde reconhecido pela IAAF é também de um inglês, Alfred Shrubb, que em Glasgow, em 5 de novembro de 1904, marcou 31.02.4.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta ERNESTO TODARO, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 35.05.0.

 

110 metros com Barreiras – Masculino

 

É uma prova totalmente britânica, provavelmente uma imitação das competições hípicas. Por volta de meados do século XIX, as barreiras eram simples toras de madeira enterradas no solo e medindo normalmente 3 pés e 6 polegadas (1,067m). Esta altura mantém-se até hoje.
Com o tempo, o material foi se atualizando e hoje as barreiras nada têm em comum (com exceção da altura) com as de outros tempos.
As técnicas de passagem da barreira usadas então eram as mais diversas e bizarras, até que em 1886 um estudante da Universidade de Oxford, de nome Arthur Croome, criou o estilo de atacar a barreira de perna esticada que se mantém até aos nossos dias.
O primeiro tempo conhecido pertence a Arthur Daniel da Inglaterra, que marcou 17.8 em 3 de abril de 1864, e o primeiro registrado pela IAAF é de 15 segundos cravados do americano Forrest Smithson, feito obtido em Londres em 25 de julho de 1908, na final da IV Olimpíada.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta JOSÉ A. SANTOS SILVA, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 16.4.

 

400 metros com Barreiras – Masculino

 

Sabe-se que uma corrida de 440 jardas (402,33m) com 12 obstáculos foi disputada na Universidade de Oxford em 1860, e o primeiro tempo de que temos registro é do inglês William Allen, que em Shrewsbury, em 15 de maio de 1866, marcou 1:08.0 nas 440 jardas, deconhecendo-se, porém, o número das barreiras, mas sabendo-se a altura das mesmas = 91,40cm, isto é, a mesma dos nossos dias.
O primeiro recorde reconhecido pela IAAF pertence a Charles Bacon, dos Estados Unidos, com 55.0, e foi obtido em Londres em 22 de julho de 1908 na final da IV Olimpíada.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta JOSÉ A. SANTOS SILVA, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 59.0.

 

3.000 metros com Obstáculos – Masculino

 

A primeira corrida de obstáculos (steeple-chase em inglês) que se conhece aconteceu em Edimburgo em 1828. Esta disciplina foi introduzida no programa esportivo da Universidade de Oxford em 1860, e nos Jogos Olímpicos de 1900 em Paris foram disputadas duas corridas, uma de 2500 metros e outra de 4000 metros.
A distância foi estandardizada em 1920 em 3000 metros nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, naquele ano, porém nem sempre se disputava com o mesmo número de obstáculos, razão porque a IAAF só reconhece como primeiro recorde a marca de 8.49.6 de Sandor Roznyoi, da Hungria, obtida em Berna em 29 de agosto de 1954, durante os Campeonatos da Europa.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta JOAQUIM LUIZ FILHO, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 10.21.5.

 

Revezamentos 4×100 metros – Masculino

 

A corrida de revezamento já era conhecida dos antigos gregos. Nas Panatenéias realizadas em homenagem à deusa Atena, incluía o programa de Atletismo uma prova de revezamento chamada “Lampadodromia” ou “Corrida das Tochas”. Era disputada por cinco equipes, compostas de quarenta atletas cada. A chama não podia apagar e o prêmio era concedido à equipe cuja tocha acendesse a fogueira colocada no Altar de Prometeu, localizado no marco da chegada.
Na era Moderna, a primeira corrida de revezamento de que há registro preciso, ocorreu em 17 de novembro de 1883, em Berkeley, Califórnia, Estados Unidos da América. Na Olimpíada de 1908, uma corrida de revezamento de 1.600 metros incluiu o programa atlético. As distâncias percorridas foram 800, 200, 200, 400 metros. Nunca mais foi disputado esse tipo de prova. Em 1912, nos Jogos de Estocolmo, os revezamentos de 4×100 e 4×400 metros fizeram sua estréia e passaram a incluir, definitivamente, a programação olímpica oficial.
Os revezamentos representam as únicas provas coletivas do Atletismo, modalidade esportiva eminentemente individual. A nível mundial, os Estados Unidos têm sido, ao longo dos tempos, reis e senhores dos dois revezamentos clássicos. O Brasil tem uma tradição recente no Revezamento 4x100m, com a medalha de bronze em Atlanta em 1996 e prata em Sydney em 2000; além disto, o quinto melhor resultado de todos os tempos é do Brasil entre dezenas de resultados somente dos Estados Unidos.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido para o 4x100m foi da equipe de São Paulo

 

Revezamentos 4×400 metros – Masculino

 

A corrida de revezamento já era conhecida dos antigos gregos. Nas Panatenéias realizadas em homenagem à deusa Atena, incluía o programa de Atletismo uma prova de revezamento chamada “Lampadodromia” ou “Corrida das Tochas”. Era disputada por cinco equipes, compostas de quarenta atletas cada. A chama não podia apagar e o prêmio era concedido à equipe cuja tocha acendesse a fogueira colocada no Altar de Prometeu, localizado no marco da chegada.
Na era Moderna, a primeira corrida de revezamento de que há registro preciso, ocorreu em 17 de novembro de 1883, em Berkeley, Califórnia, Estados Unidos da América. Na Olimpíada de 1908, uma corrida de revezamento de 1.600 metros incluiu o programa atlético. As distâncias percorridas foram 800, 200, 200, 400 metros. Nunca mais foi disputado esse tipo de prova. Em 1912, nos Jogos de Estocolmo, os revezamentos de 4×100 e 4×400 metros fizeram sua estréia e passaram a incluir, definitivamente, a programação olímpica oficial.
Os revezamentos representam as únicas provas coletivas do Atletismo, modalidade esportiva eminentemente individual. A nível mundial, os Estados Unidos têm sido, ao longo dos tempos, reis e senhores dos dois revezamentos clássicos. O Brasil tem uma tradição recente no Revezamento 4x100m, com a medalha de bronze em Atlanta em 1996 e prata em Sydney em 2000; além disto, o quinto melhor resultado de todos os tempos é do Brasil entre dezenas de resultados somente dos Estados Unidos.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido para o 4x100m foi da equipe de São Paulo, composta pelos atletas NARCISO COSTA – GERMANO MASCHOLD – ÁLVARO RIBEIRO – JOVINO FOZ, vencedores do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 43.2, e para o 4x400m foi da equipe de São Paulo, composta pelos atletas EDUARDO DE OLIVEIRA – GERMANO MASCHOLD – NARCISO COSTA – JOVINO FOZ, vencedores do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 3:30.0.

 

20.000 metros marcha – Masculino

 

A marcha é também uma criação inglesa, os famoso “footman”, que cobriam distâncias fantásticas nos séculos XVII e XVIII.
O homem que é considerado o criador da disciplina como a conhecemos, foi, no entanto, um americano, Edward Payson Wetson, que passou a maior parte da sua vida atravessando o continente americano marchando.
Não obstante ter uma técnica difícil, as regras da marcha são muito simples: 1ª – um dos pés deve estar sempre em contato com o solo; 2ª – a perna deve estar reta desde o momento que o pé tocar o solo até sua passagem na vertical.
Foi introduzida nos Jogos Olímpicos em 1908, tendo sofrido no entanto alterações nas distâncias contestadas.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta RICARDO NUSKE, em São Caetano do Sul, em 1973 com o tempo de 1.41.12.8.

 

Salto em Altura – Masculino

 

Não está bem definida a origem desta disciplina, porém o mais natural é que a mesma tenha começado a ser praticada nos ginásios alemães, principalmente como disciplina militar.
Johann Gutsmuths, autor do livro “Gymnastik fuer die Jugend” aparecido em 1793, fala-nos de um certo tipo de salto em altura. A verdade é que a partir de 1820 as escolas militares alemães começaram a ensinar uma técnica de apoio das mãos.
E assim chegamos ao primeiro registro, em 07 de setembro de 1854, data em que o inglês John Gilles, saltou 1,675.
Já a IAAF reconhece como seu primeiro recorde a marca de 2.00m, obtida pelo americano George Horine em Palo Alto em 18 de maio de 1912.
Esta prova é provavelmente a que mais teve modificações desde que começou a ser disputada até os nossos dias.
No início o estilo usado para saltar era apenas a tesoura simples, em que o atleta passava sentado sobre a barra, até que no final do século 19, em 1893, o irlandês Michael Sweeney criou uma ligeira variante, o rolo para o interior, o que foi considerado então um grande avanço. Depois, em 1912, o norte-americano George Horine surpreendeu com o seu rolo- lateral, estilo em que consegui 2.00m. A evolução teria de esperar mais um quarto de século, pois foi só em 1936 que o negro norte-americano David Albritton passou a barra a 2.07m com o seu rolo ventral, até que já nos anos 60 surge a última (até agora) inovação, quando o também americano Richard Fosbury revolucionou a disciplina, criando o seu “flop”, que consiste em passar de costas sobre a barra, estilo que lhe valeu o título olímpico de 68 com a marca de 2,24m.
Este estilo é hoje usado por mais de 90% dos saltadores em altura.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta EURICO TEIXEIRA DE FREITAS, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com a marca de 1.75.

 

Salto com Vara – Masculino

 

O salto com vara é outra contribuição britânica para os Jogos Atléticos, pois existem registros históricos que provam que a prova era bastante popular entre a nobreza inglesa, a ponto de ter sido praticada pelo rei Henrique VIII. No fim do século XVII, esse evento já estava bem esclarecido como uma disciplina de ginástica na Inglaterra e na Alemanha. Em Penrith (Cúmbria), existem registros de competições que datam de 1843.
As pesadas varas que eram usadas durante o século XIX estavam equipadas com três pregos de ferro na base.
As de bambu, mais leves, foram importadas do Japão para a Europa e América do Norte durante os primeiros anos deste século. Ao invés dos pregos, passou a ser usada uma base de borracha, que era introduzida numa caixa aberta no solo.
A melhor marca conseguida com vara de bambu, e que é talvez a maior proeza atlética de todos os tempos, pertence ao atleta Cornelius Warmerdam norte-americano de origem holandesa, que em 1942 transpôs a inacreditável (para o tipo de vara) altura de 4,77m.
Com o advento das varas de materiais sintéticos (fibra de vidro, carbono, etc.) e, portanto, flexíveis, pode dizer-se que a prova nada tem em comum com a dos tempos das varas rígidas, sendo que as marcas não podem comparar-se.
Um fato curioso passa-se com o atual recorde brasileiro desta prova, em poder do atleta Thomas Valdemar Hintnaus, brasileiro nato de Videira (SC) em 15 de fevereiro de 1958, filho de emigrantes tchecos, recentemente (na época) chegados ao Brasil. O pai, Lobumir, era mestre de esportes do seu país, e a mãe Marianne, uma boa discóbula que chegou a competir em Campeonatos Paulistas. Em 1960, mudaram para os Estados Unidos, estabelecendo-se em San Antonio, Califórnia. E, como era natural numa família de desportistas, começou a praticá-los desde a terá idade, imediatamente se destacando pela sua habilidade e estampa física.
Assim, sagrou-se campeão universitário norte-americano em 1980 com a marca de 5,62m, e conquistando um lugar na equipe olímpica daquele país para os Jogos de Moscou, a disputar no mesmo ano.
Como todos sabem, os EUA lamentavelmente boicotaram aquela Olimpíada e, talvez devido a esse fato, Thomas Hintnaus requereu, em 1981, a sua nacionalidade brasileira, vindo, em 1981, conhecer junto com seus pais, o país que lhe serviu de berço, culminando com a atividade atlética, elevando o recorde brasileiro, que na época era de 4,77m, para 5,30m, marca esta já de excelente expressão internacional.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta JAIME R. B. FREIRE, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com a marca de 3.39.

 

Salto em Distância – Masculino

 

Esta prova já era disputada nos Jogos da Antiguidade, tanto que existe um registro de um certo Chionis de Esparta, que em 656 a.C., teria saltado 7,05m. Essa marca só foi igualada em 1884 pelo irlandês John Lane, isto é, 2530 anos depois. Se verdadeira a primeira notícia, deve ser, sem dúvida, o mais longo recorde atlético de que se tem conhecimento.
O salto dos gregos diferia bastante da prova dos nossos dias. Aqueles usavam durante o salto, uma espécie de halteres de pedra nas mãos, acreditando que assim obteriam uma distância maior.
O primeiro atleta a passar a barreira dos 8,00m foi o americano Jessé Owens. Em 1935 registrou 8,13m, marca que permaneceu como recorde do mundo durante 25 anos.
Em 1968, nos Jogos do México, Robert Beamon assombrou o mundo saltando 8,90m, ou seja, mais 55 cm do que alguém já conseguira saltar.
O Brasil também teve atletas de alto gabarito nesta prova. Nos anos 40/50, José Bento de Assis Junior tornou-se recordista sul-americano com um salto de 7,55m. Em 1955, o título passou para outro brasileiro, quando Ari Façanha de Sá elevou essa marca para 7,84m. Em 1979, o grande atleta João Carlos de Oliveira saltou 8,36m, resultado que, na época, se situava entre os cinco melhores do mundo de todos os tempos.
O primeiro recorde brasileiro reconhecido foi do atleta JAIME R. BORDALO FREIRE, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com o tempo de 50.6.

 

Salto Triplo – Masculino

 

A história desta disciplina é um tanto obscura, mas sabe-se que os Celtas, nos seus Jogos Tailtianos, já a praticavam no século II da nossa Era.
De qualquer forma, o triplo salto era firmemente disputado na Irlanda e na Escócia, no final do século 19, se bem que nem sempre de acordo com as regras atuais. Assim, em 1871 o irlandês Edward Harding saltou 13,33m em Cork, mas o progresso foi rápido, pois em 1886 outro irlandês, Daniel Shanadan, já saltava 14,50m; isto aconteceu em Knockeney. E, para confirmar a tradição irlandesa, o primeiro recorde da Era IAAF pertence a outro irlandês embora naturalizado norte-americano, Daniel Ahearn, que em 30 de maio de 1911, em Celtic Park, obteve 15,52m.
Esta é a prova olímpica que mais glórias tem dado ao Brasil, pois além dos dois títulos olímpicos e dos cinco recordes mundiais de Adhemar Ferreira da Silva, do recorde mundial, da medalha de Nelson Prudêncio e dos títulos panamericanos do grande João Carlos de Oliveira, tivemos outros grandes atletas, pouco conhecidos das gerações atuais.
Assim, o gaúcho Carlos Eugênio Pinto saltou 15,10m em 1941, o carioca Geraldo de Oliveira 15,41 em 1948, quaisquer destas marcas eram ao tempo de grande nível mundial.
Mas, é sobretudo Helio Coutinho da Silva o principal herói desconhecido, pois em 1951, apenas dois meses depois de Adhemar ter conseguido o primeiro recorde mundial absoluto do Atletismo brasileiro, esse atleta, que era também um excelente sprinter (10.4 nos 100m) obteve no Rio de Janeiro 15,99m, que foi a segunda melhor marca mundial do ano e a terceira melhor de todos os tempos. Lesionando-se seriamente pouco depois, desapareceu prematuramente das pistas, sem conseguir a glória que merecia.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta JOÃO REHDER NETO, vencedor do Campeonato Estadual de São Paulo em 1933, com a marca de 13.15.

 

Arremesso do Peso – Masculino

 

A origem desta prova parece ser também irlandesa, pois nos Jogos Tailteanos, no início da Era de Cristo, os Celtas disputavam uma prova de arremesso de pedra que pelas descrições se assemelhavam à prova atual.
Alias, é interessante notar que na Península Ibérica, nas províncias onde ainda se encontram concentração humanas etnicamente celtas, Galiza na Espanha e Trás-os-Montes em Portugal, ainda se disputa uma competição chamada de “arremesso do callhau”, que se assemelha ao nosso moderno arremesso do peso.
De qualquer forma, a codificação da prova, tal como ela é hoje, é totalmente britânica, inclusive o peso do implemento, 7,256kg, correspondente a 16 libras inglesas, que era precisamente o que pesavam os projéteis dos famosos canhões britânicos do início do século XIX.
As primeiras marcas registradas pertencem ao inglês H. Williams, que em Londres, em 28 de maio de 1860, lançou o peso a 10,91m, e o da Era IAAF ao americano Ralph Rose, que em 21 de agosto de 1909 arremessou 15,54m em São Francisco.
William Parry O’ Brien revolucionou esta prova, criando um novo estilo, no qual o atleta começa o movimento de costas para o local do arremesso.
Parry O’ Brien venceu os Jogos Olímpicos de Helsinque e Melbourne, ganhou a prata em Roma e ainda se classificou em 4º lugar em Tóquio 12 anos depois de iniciar a sua carreira olímpica.
Foi também o primeiro atleta a vencer mais de 100 competições consecutivas.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta E. ENGELKE, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com a marca de 11.81.

 

Lançamento do Disco – Masculino

 

A origem da prova é por demais conhecida, pois qualquer desportista já teve oportunidade de ver uma reprodução da famosa estátua o “Diskobolos” de Myron.
No entanto, não temos uma informação precisa do tipo, do tamanho e do peso do no implemento então usado, nem de que material era feito. Algumas fontes dão-nos um diâmetro que vai de 17a 32 cm, enquanto que o peso oscila entre 1,3 e 6,6kg. Quanto ao material usado, já foram encontrados discos de ferro, bronze e até de pedra, neste último caso chamados de “solos”.
O Lançamento do disco na Antiguidade fazia parte do Pentatlo Pesado, que incluía o salto em distância, o “stadion”, o lançamento do dardo e um determinado tipo de luta, além de, naturalmente, o lançamento do disco.
Acredita-se que teria sido incluído no programa olímpico da Antiguidade na 18ª Olimpíada, em 708 a.C.
Na era Moderna, faz parte do Programa Olímpico desde a 1ª Olimpíada, e é também a prova que menos alterações sofreu, não só no aspecto técnico, bem como no peso e dimensões do implemento, que se mantêm desde então inalterados.
A IAAF reconhece como seu primeiro recorde a marca de 47,58m obtida por James Duncan em Nova York, em 26 de maio de 1912.
O atleta americano Alfred “Al” Oerter consegui a proeza extraordinária de vencer esta prova em quatro Olimpíadas consecutivas, de 1956 a 1968, não havendo nos anais dos Jogos Olímpicos nada que se compare. Em 1986, com mais de 50 anos, ainda lançava mais de 60 metros.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta ELISIO P. M. PASSOS, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com a marca de 38.29.

 

Lançamento do Dardo – Masculino

 

O lançamento do dardo é a prova atlética com a conotação mais direta com o dia-a-dia dos tempos antigos, já que derivava sem dúvida do seu uso para caçar ou para guerrear.
Píndaro conta-nos que o lendário herói Aquiles (da Ilíada de Homero) era um excelente lançador de dardo.
Tal como o disco, o dardo não era um evento isolado, pois fazia parte do Pentatlo, e deve ter feito a sua aparição nos jogos Antigos provavelmente por volta da 18ª Olimpíada i. e. em 708 a.C.
Faz parte do Programa Olímpico Moderno desde 1908, e tem-se caracterizado pela superioridade dos atletas da Escandinávia, principalmente os finlandeses.
Assim, a primeira marca registrada pertence a Adolf Wigert, da Suécia, com 35,81m em 1886, e o primeiro recorde da IAAF ao seu compatriota Eric Lemming, que em Estocolmo, em 29 de setembro de 1912, marcou 62,32.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta WILLY SEEWALD, vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com a marca de 54.11.

 

Lançamento do Martelo – Masculino

 

O folclore irlandês, rico em citações épicas, conta-nos as proezas extraordinárias de um tal Cuchulain (que significava herói em gaélico), uma espécie de Hércules do mundo celta, que nos Jogos Atléticos daquele povo, mais ou menos 2.000 anos a.C, realizava prodígios de força e destreza.
Assim, em determinada celebração, lembram-se de fixar ao eixo de união das rodas de uma carruagem uma “grossa pedra”, e com este engenho o herói (mítico?) rodopiou sobre o próprio corpo e lançou-o “a uma distância que nenhum homem podia igualar”.
Tinha nascido o “roth-cl heas”, ou como nós conhecemos hoje: o lançamento do martelo. Não admira, pois, que nos primórdios do esporte codificado da nossa Era, os primeiros campeões tenham sido os irlandeses.
Assim, o primeiro registro conhecido pertence a Michael Kennedy (irlandês naturalmente), que em 1839 lançou 33,52m.
A IAAF reconhece como seu primeiro recorde a marca de 57,77m, conseguida por Patrick Ryan, um norte-americano (nascido na Irlanda), em 1913 em Nova York.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta ASSIS NABAN, vencedor do VII Campeonato Brasileiro em 1933, com a marca de 46.13.

 

Decatlo – Masculino

 

A origem é novamente grega, pois este povo, sempre buscando a perfeição absoluta ou a procura do atleta completo, criou em 708 a.C. uma fórmula de competição que permitisse aos campeões menos dotados numa disciplina mostrar, num programa mais complexo, as suas possibilidades.
E assim criaram o Pentathlon (de penta = 5), que consistia na corrida do “stadion” (mais ou menos 200 metros), salto em distância, lançamentos do disco e do dardo e, ainda, um determinado tipo de luta.
Na segunda metade do século XIX, começaram a disputar-se, na Inglaterra, Irlanda e Países Baixos, algumas competições de provas múltiplas de diversos tipos.
No final do século, nos EUA, foi disputado um “torneio do atleta completo”, que consistia das seguintes provas:
100 jardas – peso – altura – 880 jardas – marcha – martelo – vara – 120 jardas com barreiras – peso de 56 libras – distância – milha.
Como se vê, um programa violentíssimo.
Em 1912, sob proposta da Suécia, o COI resolveu incluir no programa o Decatlo como conhecemos hoje:
1º. Dia: 100m – distância – peso – altura – 400m
2º. Dia: 110m com barreiras – disco – vara – dardo – 1500m
A forma de avaliar as marcas obtidas tem tido diversas tabelas, mas até hoje ainda não se encontrou uma fórmula que reunisse acordo geral.
Assim, em 1912 tivemos a tabela sueca, depois em 1936 a tabela finlandesa; em 1952 a IAAF adotou uma tabela evolutiva, que foi modificada em 1964 e 1986, mas sempre dando origem a controvérsias reclamações.

Diferente das corridas, os saltos são modalidades do atletismo que possuem as mesmas provas para atletas do sexo masculino e do sexo feminino, homens e mulheres seguem as mesmas regras.

Os saltos em que o objetivo é atingir maior altura são:

Salto em altura no Atletismo

No Salto em Altura do atletismo o esportista não terá nada para auxiliar na sua impulsão, ele terá 3 tentativas para saltar acima de uma barra suspendida por 2 postes para cada altura do sarrafo.

Os recordistas mundiais do salto em altura do atletismo são:

  • Feminino:  Stefka Kostadinova da Bulgária com 2,09 metros conquistados em 30 de agosto de 1987.
  • Masculino: Javier Sotomayor de Cuba com 2,45 metros conquistados em 27 de julho de 1993.

Saltos do Atletismo: salto em altura do atletismo

Saltos do Atletismo: o salto em altura do atletismo

Salto com Vara no Atletismo

No Salto com Vara do atletismo o atleta corre em uma pequena pista e utiliza uma vara para pegar seu impulso, ao saltar ele deve ultrapassar Sarrafo, que é a barra colocada como obstáculo. Os competidores só podem derrubar o Sarrafo 3 vezes. Existe uma “caixa de apoio” para que a vara não escorregue no momento em que o atleta apoiar a vara no chão para realizar o salto.

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