Prevenção da saúde

 

Prevenção da saúde

Leavell & Clark (1976) descrevem a prevenção como uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença, a fim de tornar improvável o progresso posterior, apresentando três níveis de prevenção:

Prevenção Primária: Realizada no período de pré-patogênese, sendo que o conceito de promoção da saúde aparece como um dos níveis da prevenção primária definidos como medidas destinadas a desenvolver uma saúde ótima. Um segundo nível de prevenção primária seria a proteção específica contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de barreiras contra os agentes do meio ambiente. Este nível de prevenção está ligado a todas as ações que visam diminuir a incidência de uma doença na população, ou seja, desenvolvimento de ações que impeçam a ocorrência de determinada patologia na população. Inclui-se aqui a promoção à saúde e à proteção específica. Alguns dos exemplos são: vacinação, tratamento de água para consumo humano, uso de preservativos, mudanças nos hábitos de vida (incentivo a uma boa alimentação, realização de exercícios físicos).

Prevenção Secundária: A fase da prevenção secundária também se apresenta em dois níveis, o primeiro diagnóstico e tratamento precoce e o segundo limitação da invalidez. Visa um diagnóstico imediato e um tratamento para evitar a prevalência da doença no indivíduo.

Prevenção Terciária: Por fim, a prevenção terciária diz respeito a ações de reabilitação, caracteriza-se por ações que tem como objetivo a reabilitação do indivíduo e redução de sua incapacidade.

Prevenção primordial

Objetivos: Evitar a emergência e estabelecer padrões de vida (sociais, econômicos e culturais) que aumentem o risco de desenvolver doenças;

Procedimento: ações dirigidas às populações ou grupos selecionados saudáveis;

Consequências: efeitos múltiplos nas várias doenças e impacto na saúde pública;

Exemplos: legislação sobre álcool, políticas antitabagismo e programas do exercício regular.

Prevenção primária

Objetivos: evitar fatores de risco, determinantes ou causas de doenças;

Procedimento: atividades dirigidas a indivíduos, grupos ou população total saudável;

Consequências: diminuição da incidência da doença, diminuição do risco médio de ocorrência da doença na população;

Exemplo: Vigilância sanitária da água, vacinação, planejamento familiar e educação para prevenção de infecções de infecções de transmissão sexual.

Prevenção secundária

Objetivo: Promover a detecção precoce do processo patológico em doentes assintomáticos e posterior correção do desvio da normalidade (retorno ao estado saudável);

Procedimento: Rastreio;

Consequência: Diminuição da prevalência (diminuição da duração) e diminuição da morbilidade e da mortalidade;

Exemplo: Vigilância da Pressão Arterial e da Glicemia, rastreio de neoplasias, rastreio de fenilcetonúria nos recém-nascidos.

Prevenção terciária

Objetivo: limitar a progressão da doença e evitar suas complicações; promover a adaptação as sequelas e a reintegração no meio; prevenir recorrências;

Procedimento: medicina preventiva e curativa estreitamente associada;

Consequência: aumento da capacidade funcional do indivíduo, reintegração (familiar/social), melhor gestão dos estados de doença;

Exemplo: adaptação de infraestruturas, educação social, políticas de trabalho (de reintegração).

Prevenção quartenária (recente classificação)

Objetivos: evitar o excesso de intervencionismo médico e a iatrogenia; detectar indivíduos em risco de overmedicalisation; sugerir alternativa; capacitar os utentes quanto à aplicação de consumos impróprios; realizar análise das decisões clínicas.

Para adquirir conhecimento frente à atuação na prevenção e promoção da saúde aos indivíduos cabe relembrar a História Natural da Doença e todos os fatores que estão envolvidos junto a ela, bem como os níveis de aplicação das ações de saúde. A doença passa por três fases: Pré-Patogênese, Fase clínica e sequelas. Estas três etapas dizem respeito à História Natural de uma doença, sendo importante o conhecimento dessas fases para enquadrar as ações na área da saúde, conforme representado abaixo:

Deve-se identificar em qual dos estágios da doença o indivíduo está para assim permitir ações adequadas que contribuam realmente em sua reabilitação e/ou proporcionem uma melhor qualidade de vida a partir de seu conhecimento frente à doença e perspectivas. Esse trabalho envolve toda a equipe de saúde. Abaixo estão representados os níveis de aplicação das ações de saúde:

 Trabalhar com a doença antes que o indivíduo a contraia. Melhorar as condições de vida do indivíduo, de modo que as agressões ambientais sejam reduzidas ao mínimo. Com isso fomentamos a geração de indivíduos com melhor potencial genético. Diminuir fatores de riscos externos.

2º Proteger os indivíduos contra agressões específicas como, por exemplo, favorecer uma boa dieta alimentar.

3º Identificar o quanto antes o caso e iniciar o mais precocemente possível o tratamento.

4º Trabalhar com o indivíduo já portador da doença com ações efetivas para a recuperação, sem sequelas ou diminuir a incidência das mesmas.

 Se o indivíduo foi surpreendido apenas no final da doença, gerando sequelas, as ações têm o objetivo de recuperá-las o mais rápido possível.

As ações possíveis devem sempre seguir o objetivo de fazer com que o indivíduo não adoeça, no caso de adoecer trabalhar ao máximo para que o mesmo se restabeleça e sem a presença de sequelas.

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