Passeata dos Cem Mil

Quando falamos em Ditadura Militar é inevitável citar a repressão que os cidadãos que eram contra o governo sofriam. O dia 26 de junho de 1968 foi marcado por um dos principais acontecimentos da Historia Brasileira: a passeata dos 100 mil.

Antecedentes:

Neste período as manifestações estudantis que tomavam as ruas eram absolutamente comuns. Na grande maioria das vezes eram reprimidas pela polícia causando mortes dos participantes e principalmente a prisão.

Permitiram uma passeata, depois de dias violentos nas ruas, uma manifestação. Esta seria vigiada por cerca de 10 mil policiais. Era composta por estudantes, artistas, religiosos e intelectuais, que sairiam as ruas para protestarem. Além de protestarem contra o governo Ditatorial, protestariam também pela privatização do ensino, que na época teve o sinal verde do governo.

Com tais medidas, o governo abria caminho para a instauração do ensino particular pago em todos os níveis, incluindo o superior. Existia uma crítica também em relação da educação como produto. Ou seja, muitos centros educacionais estavam apenas preocupados em formar mão de obra qualificada para servirem as grandes empresas capitalistas, e não com o intuito de formar um cidadão. Podemos observar também que a política educacional do MEC, nesse período, estava sob administração técnica de americanos, que agiam de acordo com a sociedade americana, não a brasileira. Sabemos que isso é um problema, afinal, a sociedade americana é muito diferente da brasileira. Cada sociedade tem sua especificidade, sua particularidade.

A Passeata:

A passeata teve seu início às 14 horas com cerca de 50 mil pessoas presentes. Em menos de uma hora o número de cidadãos nas ruas dobrou, chegando aos 100 mil. No final da passeata houve uma reunião entre o então presidente Costa e Silva e os universitários Franklin Martins e Marcos Medeiros, onde foi solicitado a soltura de estudantes presos e o fim da ditadura.

No mês seguinte a passeata dos Cem Mil o governo militar proibiu qualquer manifestação pública no país, o que gerou a prisão e mortes de vários estudantes. “Em 21 de agosto de 1968 o projeto de lei ‘Lei da Anistia” aos estudantes foi rejeitado pelo congresso. As coisas piorariam com a legalização da repressão, que foi coroada com a decretação do AI-5 em dezembro 1968.

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