O que é Ética de Álvaro L. M. Valls – Resumo

Introdução

A ética hoje perde caráter comum e se tornou algo individual, virtudes éticas refere-se ao universalismo (virtudes éticas e políticas), nesta esfera, a liberdade se realiza dentro das instituições históricas e sociais, tais como a família, a sociedade civil e estado. As transformações sociais exigem hoje reformulação das doutrinas. Hoje não se exige uma reflexão sobre direitos deveres, daí a alienação da sociedade, ação sem reflexão, novos problemas surgiram com a presença maior dos meios de comunicação na vida diária em especial, a reflexão sobre a denominação das chamadas minorias sociais chamou atenção para a necessidade de novas formas de relacionamento.

CAPÍTULO I

Os Problemas da Ética

Tradicionalmente ela é entendida como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e eventualmente até teologia, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento.

Vejamos um exemplo. Subornar um funcionário, é um problema apenas ético, apenas econômico, ou te os dois aspectos. As questões da ética nos aparecem a cada dia, cabe a reflexão ética perguntar se o homem pode realmente ser culpado, ou se o que existe é apenas um sentimento de um mal estar sem fundamento.

Mas há outra questão, especificamente ética, que parece ser absolutamente fundamental. Os costumes mudam e o que ontem era considerado errado hoje pode ser aceito, assim como é aceito entre os índios de Xingu pode ser rejeitado em outros lugares, do mesmo país até. A ética não seria então uma simples listagem das convenções sociais provisórias.

Se fosse assim, o que seria um comportamento correto, em ética. Quem se comportasse de maneira discrepante, divergindo dos costumes aceitos e respeitados, estaria no erro, pelo menos enquanto a maioria da sociedade ainda não adotasse o comportamento ou o costume diferente quer dizer: esta ação seria errada apenas enquanto ela não fosse o tipo de um novo comportamento vigente. Mas se não apenas retrata os costumes; apresenta também algumas grandes teorias, que não se identificam totalmente com as formas de sabedoria que geralmente concentram os ideais de cada grupo humano.

Para Max Weber grande filosofo, pensador alemão do início do nosso século, mostra que esta ética não era, e todo o caso, simples, clara e acessível a todos. Pois os protestantes, principalmente os calvinistas, sempre valorizaram eticamente muito mais o trabalho e a riqueza, enquanto os católicos davam um valor maior á abnegação, ao espírito de pobreza e de sacrifício.

Dois nomes merecem ser citados, como estrelas de primeira grandeza o grego antigo Sócrates (470-399 a.C) e o alemã prussiano Kant (1724-1804 a.C).

Sócrates, o filosofo que aparece nos diálogos de Platão, usando o método da maiêutica (interroga o interlocutor até que este chegue por si mesmo á verdade. Ele ousava, portando, perguntar se estar leis eram juntas. E mesmo que chegasse a uma conclusão positiva, o conservadorismo grego não podia suportar este tipo de questionamento, pois as leis existiam para serem obedecidas, e não para serem justificadas.

O alemão Kant buscava uma ética de validade universal, que se apoiasse apenas na igualdade fundamental entre os homens, e se chama Filosofia transcendental porque busca encontrar no homem as condições de possibilidade do conhecimento verdadeiro e do agir livre. No centro das questões éticas, aparece o dever, ou a obrigação moral, uma necessidade diferente do natural, ou da matemática, pois necessidade para uma liberdade. Kant achava que a igualdade entre os homens era fundamental para o desenvolvimento de uma ética universal.

CAPÍTULO II

A ética Grega Antiga

O conceito de ética na Grécia antiga a.c, onde aproximadamente nos encontramos em um pensamento grego. Onde é um período que surgiu muitas ideias e definições sobre ética que até hoje seguimos.

Os principais pensadores nesse período foram Sócrates, Platão e Aristóteles onde se consideraram para analisar o agir do homem, pois os responsáveis para ter uma imagem de como o problema ético eram formulados naquele tempo. Com isso surge uma pesquisa sobre a reflexão de princípios e conduta da natureza e bem moral do homem, buscando um contexto religioso. Na busca do contexto religioso podemos encontrar o cordão umbilical de muitas ideias que são as duas fundamentais “nada em excesso” e “conhecer-te a ti mesmo”. Nos diálogos escritos por Platão parte de que todos os homens buscam a felicidade. A maioria da doutrina grega coloca a felicidade com centro da preocupação ética. Para Platão há vida depois da morte, portanto ele acreditava na felicidade após a morte. O homem deveria procurar a contemplação das ideias do bem durante esta vida, através da arte da dialética, as ideias mais altas, principalmente as do Ser e do Bem. Apartes deste bem superior, o homem deve procurar uma escala de bem, que o ajudem a chegar ao absoluto.

O homem sábio tem virtude para estabelecer uma vida harmoniosa e equilibrada e aprender que o mundo não é só aqui e agora, mais sensível para contemplar um mundo ideal com Deus. Pois Platão afirma que Deus é a medida de todas as coisas, então o homem virtuoso e aquele que procura assimilação com Deus. Platão organiza um quadro geral das diferentes virtudes onde são: Justiça, Prudência, Fortaleza e Temperança.

Justiça é a virtude geral, que ordena a harmonia com deus;

Prudência ou sabedoria é a virtude racional, sendo a que organiza nosso pensamento para agirmos com sabedoria mais sempre pedindo apoio divino;

Fortaleza ou Valor é o que predomina o prazer para se subornar ao prazer;

Temperança é a virtude do equilíbrio para viver em harmonia, pois ter autodomínio;

Essas características éticas platônicas é a ideia de Sumo Bem, da vida divina contemplando a filosofia e a virtude, ordenando a harmonia universal. Mostrando que a distância entre virtudes e intelecto são semelhantes na pratica teórica, Platão foi além de grande filosofo também um grande poeta, a maioria dos seus escritos são prazerosos de ler. Já seu discípulo Aristóteles filosofa da mesma estrutura tem ouro estilo de escritos é muito mais um professor do que poeta.

Aristóteles era um grande pensador e psicólogo que levava mais a sério a especulação empírica colecionando depoimentos sobre a vida das pessoas e das diferentes cidades gregas. Ele também parte da correlação entre o Ser e o Bem. Mais do que Platão, porém, insiste sobre a variedade dos seres, e daí conclui que os bens (no plural Aristóteles) também devem necessariamente variar.

Aristóteles valoriza, mais do que a vontade humana a deliberação e a vontade de bons hábitos, o homem precisa converter sua melhor disposição natural em hábitos. Mas a autoeducação supõe um esforço voluntario, de modo que a virtude provém mesmo da liberdade, que delibera e elege inteligentemente por razão livre.

CAPITULO III

Ética e Religião

A discussão do mundo e a harmonia cósmica produzida pelas doutrinas, dos indivíduos para uma vida voltada para o bem, a virtude e a harmonia com a natureza. Para Sócrates o homem devia viver de acordo com a lei da natureza, isto é, considerava-se que deveria haver uma lei moral no mundo. Onde se preocupasse em expressar o lema de “conhece-te a ti mesmo”, pois não buscava um conhecimento puro e sim uma sabedoria da vida.

A religião grega, como muitas outras religiões antigas, era bastante naturalista, sendo sempre personificação de forças naturais, como o raio, a força, a inteligência, o amor e até a guerra. Com a religião judaica, tudo se modificou, o Deus de Abrão, Jacó e Isaac, não se identifica como as forças da natureza, estando acima de tudo o natural.

Em relação à religião de Abrão e Moises expressa os livros do antigo testamento, os ensinamentos de Jesus Cristo são certa continuação renovando o mandamento do amor. Sendo um amor de perdão, e muitas outras coisas duras de ouvir, é um amor que veem de cima onde primeira precisa amar para o progresso da moral humana. Não se nega do fanatismo religioso ajudaram a obscurecer muitas vezes a mensagem ética profunda da liberdade, do amor da fraternidade universal. A religião influencia certa visão por carne que o sinônimo é o pecado, que por muito tempo foi responsável pelo moralismo centrado nas questões do sexo.

Quando muitos religiosos criticam os pansexualismos de Freud, por muitas vezes eles mesmo se esquecem da moral que gira ao redor dessa questão platônica. Esta identificação da moral com a preocupação com o sexo invadiu a cabeça de gente não ligada à religião. Na medida em que se convencionou chamar a Idade Média europeia o pseudocrístão do ocidente, o pensamento ético que conhecemos, está portado todo ele a religião a interpretação da Bíblia e a teologia. Ao lado destas tendências modernas que buscam forma de unir uma ética religiosa e uma reflexão filosófica, desenvolvendo-se no mundo moderno e contemporâneo práticas e teorias que ignoram a contribuição da religião.

No mundo contemporâneo a busca de poder econômico e o sucesso na carreira e amizade principalmente no sucesso pessoal. A linha atual complementa entre os pensadores do positivismo lógico que ignoram muitas vezes as questões fundamentais chamadas de metafísicas e se dedicam apenas as pesquisas de formas de linguagem moral.

Capitulo IV

Os ideais éticos

Para os gregos, o ideal ético estava ou na busca teórica e pratica da ideia do bem, da qual as realidades mundanas participaram de alguma maneira (Platão), ou estava na felicidade, entendida como uma vida bem ordenada, uma vida virtuosa, onde as capacidades superiores do homem tivessem a preferência, e as demais capacidades não fossem, afinal, desprezadas, na medida em que o homem, ser sintético e composto, necessitava de muitas coisas(Aristóteles).

Viver de acordo com a natureza seria o mesmo viver de acordo com as leis que Deus nos deu através da natureza, esta nova ideia foi adotada conforme a modificações teológicas para outros gregos que que diziam que o ideal ético estava no viver de acordo com a natureza, em harmonia cósmica, havia os estoicos que insistiam mas na vida ao natural, os epicuristas afirmavam em que a vida devia ser voltada ao prazer no fato de se sentir bem. Claro que certos prazeres demais fazem mal e acaba se tornando um desprazer, um determinado controle usado com sabedoria e refinamento eram exigências de uma própria vida de prazer.

O homem viveria para conhecer, amar e servir a Deus, diretamente e em seus irmãos, no cristianismo os ideais éticos se identificou com os religiosos. O lema socrático do “conhecer-te a ti mesmo” volta à tona, em São Agostinho, que na mesma ensina “Deus nos é mais íntimo que o nosso próprio íntimo”. O ideal é o de uma vida espiritual, isto é, de acordo de um espírito, de vida e amor e fraternidade. Aproximadamente dos séculos XV e XVII, com o renascimento e o iluminismo a burguesia que começava a crescer e a impor-se em busca de uma hegemonia, onde acentuou outros aspectos da ética onde seria o ideal viver de acordo com a própria liberdade pessoal, e em termos sociais o grande lema foi o dos franceses que seria liberdade, igualdade, fraternidade (Há quem afirme que a Revolução Francesa buscou apenas concretizar apenas a LIBERDADE, a Russa, a IGUALDADE e a Africana, ou a do Terceiro Mundo, a FRATERNIDADE). Kant o grande pensador da burguesia e do iluminismo identificou bastante, como temos visto, o ideal ético como o ideal da autonomia individual. O homem racional, autônomo, autodeterminado, aquele que age segundo a razão e a liberdade, eis o critério da moralidade, na Revolução Francesa acentuaram de maneira talvez demasiado abstrata a liberdade, o ideal ético para Hegel estava numa vida livre dentro de um Estado Livre, um Estado de direito o que preservasse os direitos dos homens e lhe cobrasse seus deveres onde a consciência moral e as leis do direito não tivesse nem separadas e nem em contradição. Aprofunda perspectiva política de Platão e Aristóteles transparece de novo, portanto em Hengel. Mas parece que a realidade histórica e não acompanhou muitas de suas teorias.

Já o pensamento social e dialético busca como o ideal ético na medida em que ainda seu usa a expressão a ideia de uma vida social mais justa com superação das injustiças econômicas mais gritantes, a ética se volta sobre as relações sociais e esquece um pouco mais do céu vivenciando assim o primeiro lugar que é a terra e apressando a construção de um mundo mais humano onde se acentua a justiça econômica embora não seja uma característica deste paraíso buscado. Maquiavel e Hengel com a Razão de Estado parecia infiltrar-se na reflexão da ética como o elemento complicador, também como no pensamento revolucionário de esquerda de surgem alguns problemas semelhantes. Entre os séculos XIX e XX finalmente não tem como negar exatamente a grande acumulação capitalista reduziu-se bastante, de fato a posse, junto trouxe a reflexão ético-social além disso uma observação muito importante: mas massificação atual, a maioria hoje talvez não se comporte mais eticamente, pois não vive mais na moral, mas amoralmente.

CAPITULO V

A Liberdade

Falando sobre a ética de fato falamos sobre a liberdade. Pois a norma diz como nós devemos agir e se devemos agir de tão modo, é porque (ao menos teoricamente) também não podemos não agir deste modo. Isto é: devemos obedecer, é porque podemos desobedecer, somos capazes de desobedecer a norma ou ao preceito, a sobre determinismo ou condicionamento é tão completo posta aparece mecânica ou automática. O estremo suposto do determinismo, porem nega igualmente a ética. Pois no outro extremo está representado por uma concepção que acredita numa liberdade total e absolutamente incondicionada. Os filósofos estoicos, gregos ou romanos, pensavam que “o sábio é livre sempre, mesmo que esteja aprisionado ou acorrentado”. Ora, esta liberdade pode se resumir para pensar, sem poder agir de acordo com os pensamentos, isto é, sem poder agir livremente, não é liberdade humana. Assim como tão não liberdade absoluta e nem abstrata, sem condimentos e nem normas, sem necessidade O pensamento estoico que apenas afirma em liberdade abstrata, penetrou no cristianismo, que mesmo assim também pecou por este exagero, deixando a liberdade real se resumisse a algo puramente interior.

Os idealistas Subjetivos acabam pressupondo um sujeito puramente racional, infinito e livre e aqui e agora um espírito tão poderoso que não se identifica com mais nenhum homem natural e real, também contra esses pensadores vale uma famosa frase de Adorno (1903-1969), pensador da chamada “Escola de Frankfurt”- Liberdade da economia nada mais que a liberdade da economia”. Pois bem no meio da época diversos idealistas floresceram nas terras Alemãs em 1809 o filosofo F.M.J. Scherlling(1775-1854) de Kant e Fechte ao lado de Hegel(1770-1831), pois a questão da Liberdade é muito discutida com o fato da profundidade com o que o filosofo trata o tema realmente a central do seu convivo e como história filosófica da liberdade e Hengel mostra que a liberdade não pode ser apenas exterior e sim interna( consciência da liberdade).

Discutindo a teoria do estado de Hegel, Karl Max (1818-1883), ele disse que o estado seria um fato um instrumento de poder conquistado por uma classe em conflito com a classe burguesa.

CAPITULO VI

Comportamento do Bem e do Mal

Kiekagorad dizia, em seu livro o conceito de angustia, que a ética grega era, no fundo, apenas uma estética. No fundo, a busca da beleza e prazer em tudo que era agradável, explicaria também a dificuldade ao cristianismo onde a morte na cruz e não a era bela, um comportamento religioso, não ético no sentido restrito certa exterioridade em relação da consciência moral de individual e na qual seria a consciência moral, nos diz que devemos fazer em todas as ocasiões de evitar o bem ou o mal.

A história da ética dos cavaleiros está sendo exalta atualmente, a ética desenvolveu principalmente é a preocupação com a autonomia moral do indivíduo. Os homens querem fundamento o seu agir na natureza, assim nós temos Rosseau(1917-1778), com o ideal de uma vida melhor graças as condições naturais anteriores a civilização, mas para Kante a natureza humana é uma natureza racional. Ao agir refletidamente como o legislador universal e age de uma maneira universal, Hegel liga, então, como já vimos a ética do homem precisa se caracterizar-se dentro de uma determinada sociedade política e de que todo agir tem que ser principalmente ético, talvez se pudéssemos agora perguntar se a ética grega era estética. Hegel não consideraria esta afirmação, absolutamente como uma crítica. Na segunda metade do século XX, a questão do comportamento ético se modificou mais uma vez. Por um lado, e ainda por influência do pensamento de esquerda, as reflexões esticas passaram a analisar os discursos com visto a uma ética da ideologia. Esta crítica da ideologia tem ajudado inclusive a resolver a história da ética, e não deixa de ser instrutivo ler, por exemplo, como Moritz Schilick(1882-1936) membro do vínculo de Viena e grande inspirador de grandes muitos filósofos, agir eticamente é agir de acordo com o bem e o mal.

Um dos pseudônimos e que é Kierkergard, definido exatamente como o ético, afirmava por isso meu dilema, não significava em primeiro lugar. A moral é uma ciência mística, onde o objetivo e o estudo e a dedicação dos atos humanos. Kerkergard criticava num século XIV a especulação idealista porque segundo ele a distraia, talvez venha no século XX. Mas parece que de resto dos homens do século XX estão mais conscientes que eles são mais espectadores a massificação, a indústria cultural, a ditadura dos meios der comunicação e mesmo os ditaduras políticas são fenômenos que tem de ser analisadas.

CAPITULO VII

A ética hoje

A ética hoje perde caráter comum e se tornou algo individual, virtudes éticas referem-se ao universalismo (virtudes éticas e políticas).

Para o jovem Marx, no início dos anos 1840 observava o mesmo a respeito da religião. E se hoje a ética ficou reduzida ao particular, ao privado, isto é um mau sinal. Um mérito definido do pensamento é ter colocado a consciência moral do indivíduo no centro de toda a preocupação moral. Justificando que o dever ético apela sempre para o indivíduo, mesmo esse vivendo em comunidade.

Procurando superar o ponto de vista Kantiano, que chama de moralista, Hegel insistiu numa outra esfera, que chamou de esfera da eticidade ou da vida ética. Nesta esfera, a liberdade se realiza dentro das instituições históricas e sociais, tais como a família, a sociedade civil e estado.

Na família: sobre a análises da ética atual em maneiras muito aguda das questões do das exigências éticas do amor.

Amor gratuito, livre ou tradicional como defini, hoje o que seja verdadeira fidelidade, sem identificá-la como formas criticáveis possessividade feminina e a masculina, matrimônio. E como fundamentar hoje as preferências por formas de vida celibatária, casta ou homossexual. As transformações sociais exigem hoje reformulação das doutrinas tradicionais éticas entre pais e filhos.

Hoje não se exige uma reflexão sobre direitos deveres dos pais, daí a alienação da sociedade, ação sem reflexão. Novos problemas surgiram com a presença maior da escola e dos meios de comunicação na vida diária dos filhos. Em especial, a reflexão sobre a denominação das chamadas minorias sociais chamou atenção para a necessidade de novas formas de relacionamento dentro do próprio casal.

O feminismo, ou a luta pela libertação da mulher, traz em si exigências éticas, que até agora ainda não encontraram talvez as formulações adequadas justas e fortes. A libertação da mulher, como a libertação de todos os grupos oprimidos, é uma exigência ética, das mais atuais, e como lembraria Paulo Freire, em seu pedagogia do oprimido, a libertação não se dar pela simples troca de papéis: a libertação da mulher liberta igualmente o homem.

Em relação à sociedade civil, que era para Hegel também significaria a forma histórica da sociedade de burguesa. Como falar de ética num país onde a propriedade é um privilégio tão exclusivo de poucos.

A ética contemporânea aprendeu a preocupar-se ao contrário das tendências privativistas da moral. Com o julgamento do sistema econômico como um todo. O bem e o mau existem como apenas na consciência individual, mas também nas próprias estruturas institucionalizadas de um sistema.

Em relação ao estado, os problemas éticos são muito ricos e complexos. A ética política revisou, entre outros, os ideais de um cosmopolitismo indeterminado de um Kant, e se soube reconhecer as análises de um Hegel a respeito do significado da nacionalidade e da organização estatal como ápice do edifício da liberdade .Ninguém é livre numa ditadura ;a velha lição de Hegel se confirmou até os nossos dias. Também inquietaram ao extremo a consciência ética atual as formas políticas ditatórias, totalitárias, autoritárias ou eufemisticamente, militares, que se tornaram tão familiares aos homens do final do século XX.

O cinismo dos poderosos hoje é muito mais explícito do que os dos gregos. Muitos filósofos das últimas décadas se dedicaram a estudar e denunciar o problema relativamente moderno que recebeu o nome de massificação é claro que isto, na boca de muitos, pode ser muito bem ser sintoma de pensamento aristocrático ou elitista. Mas, quando é tratado de objetivamente, o problema da massificação se refere a forma de relações sociais onde o indivíduo se perde e se desvaloriza (e se sente objetivamente desvalorizado).

O pensador J. Heberna descreveu as características típicas das formas do espaço burguês, sugerem formas de criação de um novo espaço, um espaço proletário. Assim como um retorno a Grécia antiga, um problema físico entra de novo no coração da preocupação ética. Assim, como o rádio e a televisão podem ser muito mais ditatórios do que o telefone, o qual como as antigas cartas, possui uma forma mais dialogal. Isso não significa que aqueles, como meios de comunicação não possam ser postos a serviços da democracia.

“Saber é poder” dizia o grande eloísta Francis Bacon. Mas pensadores atuais, como Adorno e Horkheimer, mostraram que existe uma maldosa ética nesse iluminista foram traídos, colaborando esse grande movimento da idade moderna muito mais para o mal-estar em que vivemos hoje, do que jamais os grandes filósofos modernos poderiam suspeita. Mesmo assim parece importante buscar o antídoto no próprio veneno. Grandes filósofos citados a cima pode nos ajudar a assumir nossa vida de maneira mais ética, mais livre e mais humana.

 

Conclusão

Didaticamente, costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois campos: num, os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problemas da ética profissional, da ética política, de ética sexual, de ética matrimonial de bioética etc.

As questões da ética nos aparecem a cada dia, cabe a reflexão ética perguntar se o homem pode realmente ser culpado, ou se o que existe é apenas um sentimento de um mal estar sem fundamento. Mas há outra questão, especificamente ética, que parece ser absolutamente fundamental e não seria então uma simples listagem das convenções sociais provisórias.

Se fosse assim, o que seria um comportamento correto, em ética. Quem se comportasse de maneira discrepante, divergindo dos costumes aceitos e respeitados, estaria no erro, pelo menos enquanto a maioria da sociedade ainda não adotasse o comportamento ou o costume diferente quer dizer: esta ação seria errada apenas enquanto ela não fosse o tipo de um novo comportamento vigente. Mas se não apenas retrata os costumes, apresenta também algumas grandes teorias, que não se identificam totalmente com as formas de sabedoria que geralmente concentram os ideais de cada grupo humano.

Bibliografia

O que é Ética – Álvaro L. M. Valls

Valls, Álvaro L. M. O que é ética/Álvaro L.M. Valls – São Paulo: Brasiliense, 2008. – – (Coleção Primeiros Passos;177) 23ª reimpr. da 9ª Ed. De 1994. ISBN 978-85-11-01177-7 Ética I. Titulo. II. Serie 06-0159

Fonte

https://bit.ly/3bl3pC1

Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab

BAIXE O TRABALHO AQUI

Latest articles

Trabalhos Relacionados