O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?

 

A esclerose múltipla (EM) é uma enfermidade autoimune que afeta o sistema nervoso central, cérebro e medula espinhal por uma falha do sistema imunológico, que confunde células saudáveis com invasoras. O corpo as ataca provocando danos ao corroer a bainha de mielina, camada protetora que envolve os nervos. O processo de desmielinização influencia diretamente na comunicação entre sistema nervoso e todas as outras áreas do corpo, levando a dificuldades motoras, sensitivas, cerebelares e cognitivas.

Para levantarmos um copo, por exemplo, o cérebro (sistema nervoso central) envia um comando (estímulo elétrico) que atinge o sistema nervoso periférico (nervos) e chega à mão, realizando o movimento.

Para uma pessoa com esclerose múltipla, que não dispõe da proteção da bainha de mielina, esses estímulos serão dispersos antes mesmo de chegar à mão, impedindo o movimento.

A doença se manifesta em surtos, sendo o intervalo entre cada surto variável. Há pacientes que têm surtos espaçados e discretos, enquanto outros podem apresentar surtos mais intensos que podem até trazer prejuízos permanentes.

Dados sobre EM

Cerca de 35 Mil brasileiros são portadores da doença

Cerca de 35 Mil brasileiros são portadores da doença

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Apesar de não ser herdada, atinge pessoas geneticamente predispostas à doença e se manifesta de diferentes modos. Os fatores ambientais também desempenham um papel, como por exemplo, a falta de exposição ao sol na primeira década de vida. Por isso, a prevalência da doença é maior quanto mais longe dos trópicos. Outro fator importante é o tabagismo que pode tanto desencadear a doença, como dificultar o seu controle, pois agrava os surtos.

Estudos sugerem que vírus também estão relacionados com a enfermidade, como o Epstein-Barr (mononucleose), varicela-zóster e aqueles presentes na vacina da hepatite, mas não existem comprovações científicas. Hormônios, principalmente os sexuais, podem afetar o sistema imunológico. Por exemplo, o estrógeno, a progesterona e a testosterona, quando em altos níveis, são capazes de suprimir alguma atividade imunológica, que pode dar origem à esclerose múltipla.

Fatores de Risco

  • Idade (70% dos casos são diagnosticado entre os 20 e 40 anos);
  • Sexo (mulheres tem três vezes mais chances de desenvolver a doença);
  • Histórico familiar;
  • Etnia (caucasianos);
  • Regiões geográficas (Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia são as áreas mais atingidas e o motivo ainda é desconhecido);
  • Histórico de outra doença autoimune, como o diabetes.

Sintomas

Os primeiros sintomas da esclerose múltipla surgem na juventude, e esta fase inicial da esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana. Tais características fazem com que o paciente não dê importância às primeiras manifestações da doença que é remitente-recorrente, ou seja, os sintomas vão e voltam independente do tratamento.

A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando pequenos sintomas sensitivos, pequenas turvações na visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a esses sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a evolução do quadro, aparecem sintomas sensitivos, motores e cerebelares de maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres. Os pacientes não costumam apresentar geralmente os mesmos sinais em cada surto, pois dependem dos nervos que são afetados pelo sistema imunológico.

Diagnóstico

O diagnóstico é basicamente clínico e deve ser complementado por ressonância magnética. Pode ser, no entanto, que o médico peça vários exames para excluir outras condições que podem ter sinais e sintomas semelhantes.

Uma vez confirmado o diagnóstico de esclerose múltipla, o tratamento farmacológico deve ser prontamente iniciado. Por se tratar de uma doença inflamatória desmielizante, com manifestação remitente-recorrente, o tratamento tem dois objetivos principais:

  • Abreviar a fase aguda
  • Tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro

Além disto, recomendações importantes devem ser seguidas, por auxiliarem na reabilitação do paciente, como manter a prática de exercícios físicos, a fisioterapia e o repouso nas crises agudas da doença. Outros medicamentos podem ser prescritos, como para depressão, dor e controle da bexiga ou intestino, além de relaxantes musculares e medicamentos que reduzam a fadiga.

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