O Futebol Feminino

 

Jogadora de Futebol Feminino

A Inglaterra e a Escócia realizaram a primeira partida disputada entre mulheres em 1898. A primeira partida de futebol feminino no Brasil ocorreu em 1921, entre as senhoritas tremembenses X as senhoritas catarinenses. O primeiro time feminino do país foi o Araguari Atlético Clube, em Minas Gerais e iniciou as atividades em dezembro de 1958.

A prática do futebol feminino sempre teve muitas dificuldades no Brasil. Chegou até a ser exibido em circos como atrações curiosas. Existem várias questões que explicam o preconceito e os aspectos culturais de uma sociedade são fundamentais para o número pequeno de escolinhas focadas no futebol feminino. As crianças aprendem que homem realiza o trabalho e a mulher fica em casa cuidando da família. Isso ocorre em vários países e as mulheres ainda são oprimidas e desrespeitadas.

As mulheres que decidem seguir essa carreira sofrem com a falta de incentivo e o preconceito de uma cultura machista. É um esporte considerado amador, mas é preciso ter vocação. Em sua maioria, as jogadoras não são registradas em nenhuma federação esportiva ou junto à CBF. Por causa disso, nem todas as atletas recebem salário ou ajuda de custo de seus clubes, e muitas ganham menos que um salário mínimo. A falta de patrocínio e divulgação são as maiores barreiras enfrentadas no Brasil para a prática do futebol feminino.

Um fato que comprova essa barreira entre os gêneros é o Decreto-Lei 3.199, de 1941, que ficou vigente até 1975, quando ainda era proibida a prática de futebol para as mulheres. Já em 1964, o Conselho Nacional de Desportos(CND) proibiu o futebol feminino de ser praticado e essa decisão somente foi anulada em 1981, mas elas não poderiam se profissionalizar.

Em 1996, o futebol feminino foi incluído na lista dos esportes olímpicos e o Brasil conquistou o 4° lugar, o que ajudou a impulsionar o esporte no país. A Seleção Brasileira vem conquistando mais espaço e prestígio e isso atrai meninas que desejam seguir a carreira no futebol. Alcançaram o 4° lugar nas Olimpíadas de Atlanta e Sidney e foram medalhas de prata nas olimpíadas de Atenas e Pequim. Em 2007, a seleção feminina conquistou a medalha de ouro, no Brasil, nos Jogos Pan-americanos, disputado no Rio de Janeiro, sendo que já haviam conquistado o ouro na final do Pan de Santo Domingo.

presença feminina no futebol ainda busca uma afirmação no país do futebol. A maior dificuldade é tentar driblar o machismo, que é tão predominante na cultura brasileira. Em 2007, foi criada a Copa do Brasil de Futebol Feminina, que busca difundir o esporte no país e atrair novos talentos.

Uma das melhores jogadoras do Brasil, Cristiane, que nasceu em Osasco-SP e desde criança gostava de jogar futebol na rua de sua casa e, aos 15 anos, foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira. Ela foi a jogadora que marcou o gol que garantiu a medalha nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo. Hoje, a atacante é uma das peças chaves da seleção e foi eleita a segunda melhor jogadora do mundo, perdendo apenas para a compatriota Marta.

A melhor representante do futebol feminino nacional é a jogadora Marta, que foi considerada a melhor do mundo pela FIFA por 5 anos seguidos. Nascida em Dois Riachos-AL, mudou-se para o Rio de Janeiro com 14 anos em busca de um sonho. Jogou pelo Umea IK, na Suécia, onde obteve médias de gols impressionantes e foi eleita artilheira por quatro anos e melhor atacante em 2007 e 2008. Marta é a primeira mulher a jogar uma partida internacional de futebol masculino e foi eleita pela ONU, embaixadora da Boa Vontade. Sua trajetória é uma inspiração para futuras jogadoras.

 

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