O DIA DA RAÇA

O DIA DA RAÇA

Neste momento em que você, caro leitor, está com este texto em suas mãos estamos festejando o “Dia da Raça”. Hoje é o dia 5 de setembro e no Brasil se comemora o Dia da Raça, uma festividade que é marcada por desfiles e comemorações cívicas. A celebração do Dia da Raça tem o objetivo de enaltecer a identidade cultural brasileira e todos os imigrantes que contribuíram para a formação da “raça brasileira”. A data entrou para o calendário oficial a partir da proclamação da Independência do Brasil.

No dia da raça os estudantes brasileiros lembram de todos os povos que ajudaram na formação do povo brasileiro e na construção do Brasil, desde o período da colonização até a vinda dos imigrantes europeus que trabalharam nas lavouras de café e início da industrialização do País.

A data é marcada por um sentimento de nacionalidade, semelhante ao visto durante a Inconfidência Mineira e a Independência do Brasil. Segundo historiadores, a raça brasileira teve sua origem na miscigenação de índios, negros e brancos. As principais culturas que contribuíram para a formação das características dos brasileiros foram os africanos, os alemães, os italianos, os japoneses, os libaneses, os holandeses, os chineses e os poloneses.

O Desfile Cívico do Dia da Raça é um evento que acontece anualmente no dia 5 de setembro em várias regiões do País. Mas veja bem, o desfile cívico e civismo está meio à parte neste País. Só se dá muito destaque quando a seleção brasileira de futebol está em alta, em outras oportunidades quase nada.

Lembrei-me da abertura da Semana da Pátria da minha infância. No dia primeiro de setembro o Externato São Luiz de Gonzaga, da professora Helena Albuquerque Bezerra, era a única escola que desfilava, todo de branco e gravatinha azul, impecável, elegante e garbosamente, trazendo no peito o que se aprendia nas aulas da disciplina Moral e Cívica, hasteando a Bandeira Nacional, antes das aulas, com canto do Hino Nacional Brasileiro, quando as pessoas ouviam a introdução, paravam, tiravam o chapéu e postavam em posição de sentido em respeito ao símbolo da Pátria.

No Rio de Janeiro, capital da República, na época do governo populista do presidente Getúlio Vargas, a concentração do Dia da Raça era feita no Campo do Vasco da Gama, não só no Dia da Raça, como no dia primeiro de maio.

Presenciei na abertura do Dia da Raça, aqui em Santarém era um acontecimento ímpar. O Padre Manuel de Albuquerque, (que se considerava o Rio Amazonas, da Nossa Poesia, enquanto os outros eram simples igarapés) em sua brilhante oratória, em discurso brilhante que, fazia a abertura religiosa, no estádio, na época, Aderbal Tapajós Caetano Correa, posteriormente, Elinaldo Barbosa, e hoje, serve de local para outra concentração, ou seja, de viciados e outros seres à margem da sociedade santarena, enaltecia os povos formadores da nossa raça brasileira.

Após a cerimônia, havia o desfile dos sindicatos, clubes de futebol que levavam as suas balizas, rainhas, e seus troféus. As escolas com as bicicletas enfeitadas, como o Ginásio Batista da Professora Onésima e o Pastor Sóstenes Barros, Santa Clara, São Raimundo Nonato, Escola de Comércio Rodrigues dos Santos e Colégio Dom Amando. Eram apenas esses os colégios que tínhamos aqui.com um detalhe havia concurso de carros alegóricos, com motivos da Independência.

No dia sete de setembro, o grande dia da Independência do Brasil, só desfilava o Tiro de Guerra 190. Hoje se tem aqui grupos das Forças Armadas, da Polícia Militar e Bombeiro Militar, mas fica até mais tarde a espera do povo debaixo do sol escaldante do verão tapajoara de vez que há, também, desfiles de alguns colégios, o que outrora não havia.

Assisti, mais uma vez, abertura dos festejos da Semana da Pátria, este ano. E lamentei, que, neste não houve respeito à hora marcada nos poucos convites circulados na cidade com a programação, pois, esta foi desprezada pelo gestor municipal, iniciou uma hora e meia com atraso, o sol das oito e meia, já estava a pino e as crianças sofriam o castigo, ali, com sede e calor. Uma pena que esse desrespeito não venha ajudar a despertar o civismo nas crianças.

Talvez por isso, no dia 02 por ocasião do desfile da José Agostinho, um grupo de alunos que levava uma série de plantas medicinais da flora amazônica, tenha oferecido para o prefeito municipal de Santarém, uns ramos de erva cidreira e de capim santo entre outros, para que ele não dormisse muito e se atrasasse nos seus compromissos.

Latest articles

Trabalhos Relacionados