Nutrição Vegetal

 

Como as plantas se nutrem

A nutrição da plantas é autotrófica, nisso diferindo da nutrição animal, que é heterotrófica.

Enquanto os animais obtêm alimento comendo outros seres vivos, as plantas fabricam elas mesmas a matéria orgânica que lhes servem de alimento. Para isso utilizam gás carbônico proveniente do ar e água e sais minerais (nutrição inorgânica) retirados do solo.

Nutrição inorgânica

Quando falamos de nutrição inorgânica, na verdade estamos nos referindo à absorção dos nutrientes minerais essenciais para um bom desenvolvimento vegetal. Esses nutrientes existem no substrato em que planta vive (solo, água e, eventualmente, meio aéreo) e a sua absorção é realizada principalmente pelas raízes. Muitas vezes, as folhas também executam esse papel. A absorção radicular é efetuada a partir da zona pilífera, região na qual a superfície de absorção é aumentada pela existência dos pelos absorventes.

Quando um nutriente é utilizado em grande quantidade por um vegetal, ele é considerado um macronutriente. Se for utilizado em pequena quantidade, é considerado um micronutriente. Esses termos não se relacionam com o tamanho do nutriente, e sim com a quantidade em que são utilizados.
Entre os micronutrientes, podem ser citados o manganês, o cobre, o zinco e o ferro.

A tabela abaixo resume o papel de alguns macronutrientes no organismo vegetal.

Nutriente Papel Fisiológico
Nitrogênio (N) Essencial para a síntese protéica e de ácidos nucléicos.
Fósforo (P) Essencial para a síntese de ATP e de ácidos nucléicos.
Potássio (K) Relacionados as trocas iônicas entre a célula e o meio; envolvido nos movimentos de abertura dos estômatos.
Enxofre (S) Utilizado para a síntese de aminoácidos essenciais.
Magnésio (Mg) Componente da molécula de clorofila.

O húmus

A decomposição de restos vegetais no solo, realizada por fungos, bactérias, minhocas, insetos etc., resulta na mineralização dos nutrientes (carbono, nitrogênio, fósforo, enxofre, etc.), que são diretamente assimilados pelas plantas ou formam outros compostos.

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O húmus estabiliza a estrutura dos solo, aumentando a sua aptidão para absorver os íons minerais (potássio, amônio, magnésio e cálcio)e regulariza a umidade, constituindo assim agente insubstituível de fertilidade e conservação do solo.

Nutrição orgânica – fotossíntese

A fotossíntese ocorre principalmente nas folhas de uma traqueófita. É conveniente, agora, dar uma noção da morfologia interna desse órgão relacionado com a nutrição orgânica.

Duas epidermes, formadas por células achatadas, revestem uma camada interna constituída basicamente por dois tecidos: o tecido de preenchimento e o tecido condutor. O tecido de preenchimento é conhecido como parênquima e é, em geral, constituído por duas camadas de células clorofiladas, vivas.

A camada próxima à epiderme superior possui células organizadas em uma paliçada e, por isso, recebe o nome de parênquima paliçádico. A outra camada, próxima à epiderme inferior, possuem células irregulares que se dispõem deixando lacunas entre si, o que dá a essa camada um aspecto de esponja – é o parênquima lacunoso. As células dessas camadas são ricas em cloroplastos. O tecido condutor compõe as nervuras. Aqui, os vasos dispõem-se em feixes de tecidos condutores, embainhados por células parenquimáticas especiais.

Há dois tipos de vasos: os que trazem para a folha a água necessária para a fotossíntese, além de outras substâncias inorgânicas – vasos do xilema – e os que conduzem o alimento produzido pelas folhas para o caule e para a raiz – vasos do floema.

Cabe ao parênquima clorofiliano (outro nome dado ao conjunto formado pelo parênquima paliçádico e parênquima lacunoso) o papel de nutrir o vegetal como os alimentos orgânicos necessários a sua sobrevivência, a partir da realização da fotossíntese.

As etapas clara e escura da fotossíntese ocorrem nos cloroplastos. Na fase de claro (ou fotoquímica) há a participação da água e da luz, com liberação de oxigênio e produção de ATP e NADPH2. Na fase escura (ou puramente química), ocorre o ciclo de Calvin ou ciclo das pentoses, durante a qual há uma sequência de reações com a participação do gás carbônico e com a utilização do ATP e do NADPH2, produzidas na fase clara, resultando em moléculas de glicose.

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