Mulheres no Esporte

Nesta semana, comemoramos o Dia Internacional da Mulher e, para celebrar a busca pela igualdade dos gêneros, o Blog do Méliuz lançou artigos dedicados às mulheres que fizeram diferença na história. Hoje, a publicação é relacionada a esportes e saúde e, por isso, montamos um breve histórico sobre a história da participação das mulheres em competições esportivas, se destacando no universo esportivo (ainda tipicamente masculino).

Como era?

Você provavelmente já deve ter escutado que “esporte não é coisa de mulher”. Mesmo que hoje essa frase pareça absurda, ainda é pronunciada por alguns (tanto homens quanto mulheres, pasmem!). Esse absurdo vem lá da Grécia Antiga, onde acreditava-se que as mulheres ficariam masculinizadas com exercícios, além de não terem condições físicas para a prática de esportes.

Aliás, ainda nessa época: sabia que era costume os homens competirem nus e as mulheres eram proibidas até de assistir? Por sinal, se elas fossem flagradas observando, eram condenadas à morte.

Por mais absurdas que essas alegações sejam, por muito tempo essas ideias receberam muito crédito – tanto que, até o final do século XIX, o número de mulheres em determinadas competições ainda era muito pequeno (e em alguns esportes essa situação perdura até hoje).

E se hoje o cenário esportivo é um pouco diferente, é graças às mulheres que lutaram e lutam para quebrar barreiras.

Quem ajudou a mudar?

Cada modalidade esportiva, competição e país têm suas próprias guerreiras – por exemplo, quando o assunto é as Olímpiadas, a francesa Alice Melliat tem um papel de destaque. Nos jogos de 1900, ela e mais 10 mulheres foram até Paris para participar da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era Moderna. Foi Alice quem reivindicou a entrada das mulheres em diversas modalidades esportivas. Mas você sabia que o COI (Comitê Olímpico Internacional) reconheceu as mulheres como atletas olímpicas apenas em 1936?!

Já aqui no Brasil, ainda nas Olímpiadas, Maria Lenk teve papel fundamental. Com apenas 17 anos, em 1932, ela foi a primeira brasileira a participar de uma Olímpiada. Apesar de não ter ganhado medalhas, ela foi um grande incentivo para outras mulheres começarem a participar dos jogos.

Agora pasmem: as mulheres só passaram a ter direito de participar de todas as modalidades olímpicas em 2012. É, galera, ainda falta chão para a causa feminista.

Para citar todas as guerreiras, tanto brasileiras quanto internacionais, seria necessário escrever um livro gigante. Por esse motivo, selecionamos algumas figuras de destaque para ajudar a inspirar você (eu e todas as mulheres que praticam esportes) a continuar neste caminho, seja por lazer, saúde ou para competir. Afinal de contas, lugar de mulher é onde ela bem quiser – escalando, acampando, viajando, correndo, lutando… Fazendo o que bem entender.

Um pouco de história das Olímpiadas: da transgressão ao reconhecimento

As Olímpiadas modernas recomeçaram em 1896 e seu idealizador era absolutamente contrário à participação de mulheres. Segundo ele, os Jogos Olímpicos deveriam ser uma “solene exaltação do atletismo masculino”. Nenhuma mulher participou oficialmente das primeiras edições, mas houve participações não oficiais de duas atletas: Melpômene e Stamata Revithi.

Com o passar do tempo e a mudança do papel da mulher que, com a revolução industrial, passou a trabalhar fora de casa, o movimento com relação ao reconhecimento das atletas nos esportes foi se tornando cada vez mais intenso e, em 1928, o COI aprovou a inclusão de provas de atletismo para as mulheres nas olímpiadas. Infelizmente, nessa época, ainda acreditava-se que elas não eram capazes de correr grandes distâncias e, por este motivo, as provas de atletismo ficaram restritas às modalidades de curta distância – mantendo a exclusividade de provas longas para os homens (até 1960).

Mas é claro que as coisas não ficaram paradas por aí. Em diversas ocasiões, mulheres desafiaram as regras pré estabelecidas e participaram de provas que até então eram exclusivamente masculinas: Maratona de Boston, São Silvestre, entre outras. E foram derrubando o pré conceito de que as mulheres são mais frágeis e não suportariam provas de atletismo mais longas.

A presença de mulheres nas disputas de longa distância foi parcialmente consolidada em 1984 com o reconhecimento de mulheres na participação dessas provas. Mas, foi apenas em 1996, que uma maratona feminina foi incluída nas olímpiadas – sinal do reconhecimento da presença feminina no atletismo.

Neste contexto, vale muito a pena estudar nomes como RevithiPiercySampsonGibbSwitzerWaitz,MotaBenoitAndersen – todas exemplo de perseverança na luta pela igualdade de gêneros.

É claro que estamos falando apenas do atletismo e das Olímpiadas, mas essas lutas particulares também ajudaram a luta de guerreiras em outras modalidades esportivas e até mesmo no dia a dia

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