Inércia

Inércia é a tendência dos corpos de permanecerem nos seus estados naturais de equilíbrio. Todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo o corpo em movimento tende a permanecer em movimento retilíneo e uniforme (MRU).

Um automóvel em repouso, num trecho plano e horizontal, permanecerá em repouso mesmo se o freio de mão não estiver acionado. Um automóvel em movimento, também num trecho plano e horizontal, ao ser desligado o motor, e não se acionar o freio, seguirá em movimento e, dependendo da velocidade, percorrerá um longo trecho até parar.

Neste caso, o automóvel para em razão dos atritos. Na ausência do atrito, o automóvel seguiria indefinidamente em movimento retilíneo e com velocidade constante. Associamos a essas duas situações o termo inércia.

Para vencer a inércia dos corpos, é necessário que eles recebam a ação de forças que modifiquem seus estados naturais (repouso ou movimento). Por exemplo, para frear um automóvel, o motorista aciona o pedal do freio. Nesse caso, forças de atrito atuarão nas rodas e nos pneus para vencerem a inércia do carro, ou seja, a tendência dele de seguir em movimento retilíneo e uniforme.

Exemplos de Inércia

Motorista e passageiros de um automóvel devem usar o cinto de segurança. A função desse acessório é inercial, ou seja, vencer a inércia dos corpos. Numa frenagem brusca, ou numa colisão, todos os ocupantes do carro tendem, em razão da inércia, a seguir em movimento retilíneo e uniforme.

Inércia. A falta do uso do cinto de segurança, em um acidente, pode ser fatal.

Sendo assim, se não estiverem utilizando o cinto de segurança, os passageiros, inclusive crianças, na situação mencionada, chocar-se-ão contra o para-brisa, ou serão lançados para fora do carro. Já se estiverem utilizando o equipamento, permanecerão dentro do veículo, pois esse acessório vence a inércia dos corpos.

Exemplo de inércia. O cinto de segurança vence a inércia dos corpos.

Nas curvas, também temos a tendência de seguir em movimento retilíneo e uniforme. Por exemplo, a derrapagem de um carro numa curva ocorre em razão da propensão de ele seguir em movimento retilíneo e uniforme.

Exemplo de Inércia. As curvas devem ser percorridas com velocidades dentro do limite de segurança indicado pelas placas sinalizadoras.

Nas curvas, para velocidades dentro do limite de segurança, a força que os pneus trocam com o solo (atrito) vence a inércia do carro, e ele consegue descrevê-la. Velocidades acima da máxima permitida podem propiciar a derrapagem, ou seja, se os pneus não conseguirem trocar forças suficientes para vencer a inércia do carro, ele seguirá em movimento retilíneo e uniforme.

Exemplo de inércia. Em velocidades acima do limite permitido, o atrito dos pneus com o solo pode não ser suficiente para que o carro descreva a curva.

A charge apresentada anteriormente ilustra o que pode ocorrer com um automóvel, com velocidade acima do limite máximo, na tentativa de realizar uma curva. Em momento algum ele é arremessado para fora da curva. Se o atrito for suficiente, o carro faz a curva e, caso contrário, ele segue em movimento retilíneo e uniforme.

Lei da inércia

Até o momento, sabemos que a soma vetorial de todas as forças aplicadas em um corpo determina a força resultante (vetor soma), que pode ou não ser nula. Temos, então, dois casos a considerar:

  • se a força resultante é nula, dizemos que o corpo se encontra em equilíbrio (o corpo pode estar em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme);
  • se a força resultante é diferente de zero, então o corpo se encontra em movimento acelerado.

A Primeira Lei de Newton – a lei da inércia – vale para os corpos em equilíbrio. De acordo com Newton:

Num referencial inercial, um ponto material encontra-se em equilíbrio quando a resultante das forças aplicadas nele é nula.

Assim, temos:

FR = 0 ⇒ ponto material em equilíbrio (repouso ou movimento retilíneo e uniforme)

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