História do Liverpool

 

O clube foi fundado após uma discussão entre John Houlding (antigo proprietário de Anfield Road) e o Everton, que decidiu se mudar para o campo de Goodison Park. Com isso, Houlding decidiu criar seu próprio clube para disputar as partidas em seu estádio. O nome original deveria ser o mesmo do rival, mas a FA (Football Association) se recusou, então o nome adotado foi o da cidade. Assim, em 15 de março de 1892, nascia o maior clube inglês de todos os tempos: Liverpool Football Club.

Em 1894, o clube adotou a famosa camisa vermelha, naquela época com calções brancos. Nos anos anteriores a camisa era azul e branca. O primeiro título nacional do clube foi a liga em 1900/01, feito que se repetiria três vezes até o início da 2ª Guerra Mundial. No primeiro campeonato pós-guerra, mais um título.

Porém, o Liverpool passou por um momento ruim de sua história a partir daí. Na temporada 1953/54 o time caiu para a segunda divisão, onde permaneceria por alguns anos. Isso só mudaria em dezembro de 1959, quando o treinador Bill Shankly assumiu o clube. Em sua terceira temporada, Shankly levou o time ao acesso. Apenas dois anos mais tarde, o Liverpool voltou a conquistar o título nacional, se reafirmando como um dos maiores clubes do país. Foi naquela temporada que o clube adotou o uniforme inteiro na cor vermelha, que permanece até os dias atuais.

Shankly comandou o time em mais dois títulos nacionais e duas Copas da Inglaterra. Além disso, conquistou o primeiro título europeu da equipe, a Copa da UEFA de 1972/73. Na temporada seguinte, ele anunciou que estava se retirando do futebol, e foi substituído por Bob Paisley (seu antigo assistente). Paisley não conquistou títulos em sua primeira temporada, mas nas oito seguintes ele traria troféus para Anfield: os primeiros foram a liga inglesa e a Copa UEFA da temporada de 1975/76.

Logo no ano seguinte, viria o primeiro título da UCL (naquela época chamada de Copa dos Campeões), acompanhado do campeonato nacional. A final contra o Borussia Mönchengladbach, disputada em Roma, foi a última de Kevin Keegan pelo clube. Em 1977/78, novo título europeu, desta vez em final disputada em Wembley: vitória de 1×0 sobre o Club Brugge, gol de Kenny Dalglish em jogada de Greame Souness, duas lendas da história do Liverpool. A seguir os Reds conquistariam o bi-campeonato nacional, e em 1980/81 mais um título continental ao bater o Real Madrid na final por 1×0, na temporada que também ganhou a Copa da Liga pela primeira vez em sua história (depois viriam mais duas seguidas, ambas acompanhadas de títulos do Campeonato Inglês).

No entanto, Paisley seguiu o exemplo de Bill Shankly e se retirou do futebol em 1983. Em seu lugar assumiu Joe Fagan, que logo de cara conquistou o tri-campeonato inglês e o tetra da Copa da Liga. Nessa época, Ian Rush se consolidou como um dos grandes artilheiros da Europa. De quebra, veio o quarto título europeu após bater a Roma nos pênaltis, mesmo jogando no campo do adversário. Naquela partida, Bruce Grobbelaar entrou para a história do Liverpool ao tentar desconcentrar os jogadores adversários na decisão por pênaltis, e conseguiu o que queria.

Depois da épica partida em Roma, veio um ano triste. A começar pelo fato de que o time não conquistou nenhum título na Inglaterra naquela temporada. Mesmo assim, disputaria a final européia contra a Juventus, no estádio Heysel (Bruxelas). Porém, uma briga entre torcedores e o desabamento de um muro resultaram em 39 torcedores mortos, a maioria italianos. A derrota, em um pênalti duvidoso convertido por Michel Platini, foi o menos importante naquele momento. Como punição, a UEFA decidiu banir os clubes ingleses de todas as suas competições por 5 anos, e o Liverpool por 6.

Joe Fagan decidiu se retirar, e Kenny Dalglish assumiu a função de jogador e técnico ao mesmo tempo. De 1985 até 1988, o time ganhou dois títulos ingleses e um da Copa da Inglaterra. Mas, na semifinal da Copa da Inglaterra de 1988/89 contra o Nottingham Forest, mais uma tragédia marcou a história do clube: disputada no estádio de Hillsborough (Sheffield), uma superlotação no local matou 96 torcedores, todos do Liverpool. O time até ganhou a competição, mas a tragédia acabou com qualquer euforia. Para completar a tristeza, o Liverpool perdeu o título nacional na última rodada em casa, para o Arsenal.

Em 1990, mais um título inglês, o último de Kenny Dalglish. Ele saiu no ano seguinte para a entrada de Greame Souness, que inclusive havia jogado com ele no time durante as conquistas européias. O escocês conquistou apenas um título como treinador, a Copa da Inglaterra de 1991/92. Na temporada de estréia da Premier League (como ficou conhecido o Campeonato Inglês, desde 1992/93), o Liverpool não passou de um sexto lugar. Roy Evans assumiu o cargo de Souness no meio de 1993/94, conduzindo o time ao título da Copa da Liga na temporada seguinte. A contratação do atacante Stan Collymore em 1995 foi a mais cara da história do futebol inglês, e formou uma grande dupla de ataque ao lado de Robbie Fowler. Porém, nenhum título foi conquistado nesse período. Durante a temporada de 1997/98, explodiu um grande talento que atraiu os olhos do mundo todo: Michael Owen.

O francês Gérard Houllier sucedeu Evans durante a temporada seguinte, e conduziu o Liverpool a três títulos em 2000/01: Copa da Inglaterra, Copa da Liga e Copa da UEFA. Os destaques deste time eram Michael Owen, Sami Hyypiä, Emile Heskey e o ainda jovem Steven Gerrard. Dois anos depois, mais um título da Copa da Liga. No entanto, o estilo de jogo excessivamente defensivo e a falta de competitividade na Premier League fizeram que a torcida se irritasse com Houllier, e ele saiu do clube. Em seu lugar, assumiu o espanhol Rafael Benítez, que havia sido campeão espanhol e da Copa da UEFA pelo Valencia no ano anterior.

Em seu primeiro ano como treinador, Benítez mostrou a que veio. Não passou de um quinto lugar na Premier League, mas conquistou a taça que todos querem ter: a de campeão europeu. Em uma campanha sensacional, eliminando fortes equipes como Juventus e Chelsea, o Liverpool chegou à final. Em Istambul, os Reds enfrentaram o Milan, e venceram nos pênaltis após empatarem o jogo que chegou a ficar 3×0 pro adversário. A derrota no Mundial Interclubes pro São Paulo e a eliminação da UCL para o Benfica, ambos na temporada seguinte, não abalaram o treinador. Em 2006/07, o Liverpool chegou a mais uma final européia depois de uma campanha belíssima (eliminando times como PSV, Barcelona e Chelsea mais uma vez), mas perdeu para o próprio Milan por 2×1.

No meio da temporada 2006/07, foi anunciada a aquisição do Liverpool pelos americanos Tom Hicks e George Gillett. Eles prometeram a construção do novo estádio, que deverá ficar pronto em 2011. Além disso, o objetivo deles é colocar o Liverpool em igualdade de condições, financeiramente falando, com os outros grandes clubes da Europa. A administração dos americanos certamente influenciará nos próximos parágrafos dessa história, e nós do blog Liverpool – Brasil convidamos você a acompanhar cada passo da temporada 2008/09 conosco!

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