Guerras da Independência do Brasil

A resistência de algumas províncias ao Império Brasileiro, exigiu uma série de intervenções militares denominadas de guerras da independência.

As reações à independência

A independência do Brasil, teve a peculiaridade de manter a unidade nacional. Contudo, algumas províncias não se incorporaram de imediato ao Império que nascia. Nessas províncias – Bahia, Piauí, Maranhão e Grão-Pará, que hoje compreende os estados do Pará e do Amazonas -, localizadas em áreas de colonização mais antiga, era grande a concentração de portugueses fieis à antiga metrópole. Além disso, eram regiões onde a coroa portuguesa sempre tivera um amplo controle político e militar. Daí, a relutância em aceitar a autoridade do novo governo independente. A exceção, nesse quadro, era a Província Cisplatina, área do Vice-Reino do Prata que D. João VI incorporou ao Brasil.

A reação lusa contou com os reforços militares enviados por Lisboa. O Império, por sua vez, teve a ajuda da Inglaterra, através de empréstimos, armamentos e do concurso de experientes militares, como Lord Cochrane, Greenfell e do mercenário francês Pierre Labatut. Antes que o ano de 1823 terminasse, a resistência lusa já estava vencida e a independência era reconhecida em todos os cantos do Brasil.

Guerras da Independência do Brasil

Os focos de reação

• Bahia: Uma divisão portuguesa comandada pelo general Madeira de Mello continuou fiel ao governo de Lisboa e não reconhecia a autoridade do Imperador. A resistência popular, que se iniciara em meados de 1822, tinha a liderança da elite baiana e contou com o reforço dos mercenários estrangeiros, a partir de 1823. Assim, o almirante Cochrane e o general Labatut foram decisivos para a vitória final dos brasileiros no célebre Dois de julho, data em que se comemora a libertação da Bahia.

• Piauí: O major Cunha Fidié, Comandante de Armas da província, não aceitou a independência. Mesmo vencendo as tropas brasileiras num primeiro confronto, não resistiu à reação popular e ao bloqueio da esquadra de Lord Cochrane.

• Maranhão: A Junta de Governo de São Luís recusou-se a reconhecer o Império e mobilizou as tropas lusas estacionadas na província. A ação dos populares maranhenses e a chegada de Cochrane abateram o ânimo dos portugueses e a província se integrou ao Império, em 26 de julho de 1823.

• Grão-Pará: A luta do povo paraense contra o governo fiel à antiga metrópole teve a cobertura do almirante John Greenfell. A vitória brasileira culminou com a prisão dos membros da Junta de Governo, garantindo-se assim a incorporação da província e o reconhecimento da autoridade de D .Pedro I.

• Cisplatina: Nessa província, que hoje é a República do Uruguai, o Comandante de Armas, D. Álvaro da Costa não aderiu ao Império, entrando em conflito com o general Frederico Lecor, responsável pela ocupação da área que foi anexada ao Brasil durante o governo de D. João VI. A luta entre as duas facções culminou com o cerco de Montevidéu por Lecor e a rendição dos partidários das Cortes. Nesse momento, os uruguaios, liderados por Antônio Lavalleja e Frutuoso Rivera, iniciavam a luta pela sua própria independência, levando à Guerra da Cisplatina.

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