GRANDES PROJETOS DE MINERAÇÃO NO BRASIL

 

“Desde os tempos da colonização do Brasil, a Amazônia tem fascinado a todos com o mito das suas riquezas: navegadores, bandeirantes e cientistas; em pouco mais de quatro séculos de história, têm-se aventurado na busca de seus tesouros” [1]

Os complexos cristalinos da Amazônia guardam grandes reservas de recursos minerais ainda não de todo explorados. Dentre esses minérios a bauxita.

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Na década de 1960 a empresa canadense Alcan já produzia alumínio no Brasil, mas precisava aumentar sua produção. O geólogo holandês Johan Arnold Staargaard, iniciou pesquisas na região do rio Trombetas, afluente da margem esquerda do rio Amazonas, próximo ao município de Oriximiná. Chegando à conclusão de que havia potencial de exploração econômica de bauxita na região.

O projeto trombetas foi paralisado em 1971 e reabriu as negociações em 1975, num jogo geopolítico a empresa canadense se associa à empresas brasileiras, um grupo de oito empresas que formaram a MRN (Mineração Rio do Norte).

Em 1979, as reservas iniciais de bauxita foram avaliadas pela Alcan em 620.000 toneladas.

As características geológicas e a grande quantidade de minério permitiram a exploração do mesmo a céu aberto. Sendo o transporte da bauxita feito por ferrovia com 30 km até a área de beneficiamento.

Em 1980, a produção prevista chega a 2.850.000 toneladas, para uma capacidade projetada inicialmente de 3,4 milhões.
Um projeto desse porte tem suas vantagens econômicas e causa problemas ambientais, apesar da fiscalização. Em 2007, o IBAMA multa a Vale (a MRN é subsidiária da Vale do Rio Doce) por vazamento de óleo no rio Trombetas.
Para a MRN desde o início e “por iniciativa própria, também investe na região através de projetos sociais, baseados em quatro pilares: saúde, educação, desenvolvimento sustentável e meio ambiente.”

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Trombetas é apenas um entre tantos exemplos de grandiosidade mineral na Amazônia. Sua imensidão e potencialidades minerais ainda não são de todo conhecidas. A região possui localização estratégica, perto dos mercados europeus e estadunidenses.

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Interessante seria iniciativas que visassem seriamente a não degradação do meio ambiente natural (se é que pode ser feito isso) e tentar reverter o lucro das grandes empresas que atuam na região para projetos voltados ao desenvolvimento social e econômico da Amazônia.

O PROJETO TROMBETAS

Apesar de o Projeto Trombetas ter sido implantado em 1971, somente em junho de 1974, com o ingresso da Companhia Vale do Rio Doce – CVRD e Grupo Votorantim, associados com a Alcan Empreendimentos S/A (detentora dos direitos de lavra na área) e outras empresas estrangeiras é  que o Projeto  decolou decisivamente para transformar o Brasil no 3.º maior produtor mundial de bauxita. As atividades de lavra foram iniciadas em abril de 1979 e em agosto foi realizado o primeiro embarque de minério para o Canadá. As operações da MRN em Porto Trombetas consistem na extração, beneficiamento, transporte ferroviário (desde 1978), secagem e embarque em navios com capacidade de até 55.000 toneladas. As reservas de Bauxita da MRN totalizam, aproximadamente, 600 milhões de toneladas. A capacidade inicial de produção foi de 3,35 milhões de toneladas por ano, porém, essa capacidade de produção expandiu-se ao longo dos primeiros anos de operação, em função do aumento da demanda do mercado e da grande aceitação pelas refinarias de todo o mundo.

Dentre os impactos ambientais causados pelo Projeto Trombetas, destacam-se:

• Perecimento de parte da vegetação do igapó;

• Alteração na dinâmica de nutrientes;

• Alteração da estrutura de várias comunidades aquáticas, destacando-se: fitoplanctônica, zooplantônica e, em especial, a bentônica e a de peixes;

• Emissão de partículas sólidas na atmosfera, tingindo de vermelho tanto as vilas e instalações industriais como as matas circunvizinhas.

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