Grandes Navegações, As

 

Se fosse necessário destacar, entre os fatores que impulsionaram os grande navegadores e desbravarem “mares nunca d’antes navegados”, qual o primordial, teríamos que citar o fato econômico. A necessidade de baratear os preços das especiarias, com eliminação de intermediários, a procura de novos centros fornecedores de matérias-primas e de mercados consumidores, a busca de metais preciosos, cuja descoberta acalentava os sonhos dos aventureiros, foram motivos suficientemente fortes para os navegadores colocarem as caravelas no mar e partirem em direção aos desconhecido.

As superstições, os monstros e o medo foram sepultados, e erguidas as esperanças e ambições. Portugal, favorecido por sua localização geográfica, na ante-sala do Atlântico, e por condições políticas generosas, foi o primeiros país europeu a empreender a corrida colonialista.

A Revolução de Avis, ocorridas em Portugal (1383-1385), através da qual os grupos mercantis venceram os senhores de terras, afastou os entraves sócio-políticos ao expansionismo marítimo-comercial da burguesia lusa. O primeiro passo desta expansão ocorreu com a conquista dos árabes da cidade de Ceuta, em 1415. Passados dez anos, os portugueses aportaram em Madeira. Mais dois anos, e os Açores foram descobertos. Ao dobrar o Cabo Bojador, no ano d e 1434, Gil Eanes iniciou o período de maior exploração do continente africano em sua faixa litorânea.

As primeiras rotas das grandes navegações

A necessidade de mão-de-obra barata, para desenvolver atividades produtivas nas terras recém-descobertas, levou o branco a escravizar o negro. Para justificar seu ato de violência contra uma raça, criou-se a ideia de superioridade racial.

 

Quando os turcos invadiram a Europa Oriental e conquistaram a sede do Império Romano do Oriente, Constantinopla (1453), já estavam os lusitanos em avançado estágio expansionista. O bloqueio praticado pelos turcos, em relação ao comércio, paralisado, era um imperativo. A descoberta, em 1482, da embocadura do Congo, por Diogo Cão, seguida pela viagem de Bartolomeu Dias, cruzando o Cabo das Tormentas, em 1488, deus aos portugueses a convicção de que em breve chegariam às Índias.

Enquanto os portugueses conscientizavam-se de seus próprios passos, Colombo engatinhava no escuro. Movido pelo sonho de chegar ao Oriente navegando pelo Ocidente, já que para ele, a esfercidade da Terra não era uma dúvida, mas uma certeza, o navegador genovês “descobriu” a América, em 1492.

Preocupado em preservar suas conquistas, D. João II, rei de Portugal, entrou em entendimento com a Espanha, visando assinar um acordo bilateral sobre as terras descobertas ou ainda a descobrir. Recusou os limites estabelecidos Papa Alexandre VI, na Bula “Inter-Coetera”, em 1493, e satisfez-se com a delimitação de 370 léguas a oeste de Cabo Verde, acertado pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. Passado um meridiano, as terras a leste seriam de Portugal e, a oeste dele, seriam da Espanha.

Já no século XV, Vasco da Gama desembarcou em Calicute, na Índia (1498), estabelecendo assim o definitivo contorno da sonhada rota comercial até as fontes produtoras de especiarias. Glorificado pela descoberta realizada em embarcações transbordando de especiarias, Vasco da Gama retornou à pátria, cheirando a lucro.

Para fechar com brilho o movimento do século XV, D. Manuel, o Venturoso, enviou uma frota dirigida por Cabral, visando à montagem de entrepostos comerciais as Índias. Desviando-se da rota estabelecida por Vasco da Gama, a esquadra do nobre português descobriu oficialmente as terras do Brasil, a 22 de abril de 1500.

Mais algumas viagens, sendo a mais importante a de Fernão de Magalhães, que iniciou a circunavegação do Planeta Terra (1519 a 1522), e, como consequência, surgiu um novo mundo. Para assim dizer o mundo cresceu. A arte náutica desenvolveu-se não seus aspectos teóricos, mas, sobretudo, na prática, a qual, em última instância, é o critério da verdade. Comprovava-se desta maneira, o antigo provérbio: “a necessidade é a mãe da criatividade”.

Ilustração

As dificuldades despertaram o espírito inventivo do homem dos tempos modernos. Para cada problema existente, procurava-se uma solução adequada. As grandes invenções contribuíram para a efetividade dos grandes descobrimentos. E estes seriam a resposta para as crises sócio-econômicas dos europeus. A partir daí, o Brasil passaria a ser uma fonte de enriquecimento dos países exploradores. Era apenas o início da explicação à qual o país estaria submetido durante séculos. Mudaram os colonizadores, sofisticaram-se as formas de explorar, mas a exploração cintinuou.

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