Floresta Fóssil de Teresina

 

A Floresta Petrificada de Teresina foi descoberta pelo geólogo Miguel Arrojado Lisboa em 1909, por solicitação do Instituto Geológico Brasileiro.  Nas suas pesquisas ele observou que a 240 milhões de anos atrás, durante o período permiano, que todo o terreno teresinense era ocupado pela referida floresta.  O citado cientista localizou troncos em abundância nas ruas e praças de Teresina.

A fossilização é um processo que conduz a conservação de restos de animais ou vegetais.  Normalmente a natureza contempla os seres dotados de partes resistentes como invertebrados conchíferos ou vertebrados; para as plantas o processo torna-se mais exigente em virtude da inexistência de partes mineralizadas.  Para elas são requeridas condições especiais, tornando-as fósseis de grande raridade no universo dos seres fossilizados.

A formação deste sítio paleontológico envolveu provavelmente, um soterramento muito rápido dos troncos.  Após este soterramento, segundo pesquisas já realizadas, as partes porosas dos troncos dos troncos foram preenchidas por matéria mineral em equilíbrio com o meio ambiente da época, tornando-os petrificados.

Segundo ainda a referida pesquisa, foi descoberta uma espécie nova a partir de coletas realizadas em um único tronco dos trinta e três mapeados.

Do ponto de vista evolutivo, os troncos apresentam um nível de organização situado entre as plantas pteridófitas e as gimnospermas, e pertencentes ao grupo das Pteridospermófitas, um grupo de plantas totalmente extinto.

Um dado paleoclimático muito importante foi inferido da anatomia dos troncos, a partir da posse de um parênquima de paredes espessadas.  Tal caráter anatômico representa um recurso xeromórfico das plantas que habitam regiões semi-áridas.

O sítio em tela representa um verdadeiro registro do passado da Terra, através das rochas sedimentares que o encerram.  Nas diversas camadas de rochas podemos concluir sobre a superposição de vários eventos no tempo.

A superposição de eventos passa por:

  • a) presença do ambiente marinho documentada pela existência de marcas onduladas e pistas de vermes no arenito;
  • b) ambiente continental superposto ao ambiente marinho, atestado pela existência dos troncos (só existem vegetais superiores em ambientes terrestres);
  • c) soterramento e fossilização dos troncos;
  • d) erosão dos troncos pela ação das águas.

Em 08 de janeiro de 1.993 foi criado através do Decreto Municipal nº 2.195, o Parque Municipal da Floresta Fóssil do Rio Poti, com 13 hectares.  A criação do parque foi fruto da luta de estudiosos, ambientalistas e preservacionistas.

Em agosto de 1.998 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente lançou o Projeto ”Mostrando o caminho das Pedras”.  Este projeto marca o início dos trabalhos de construção da sede definitiva do Parque, com um projeto arrojado, demonstrando um caráter lúdico, científico e cultural.  No projeto está prevista a construção de estruturas que permitam ao visitante um retorno à pré-história, com painéis e estruturas ambientadas em diferentes épocas.

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