Escápula

 

 

Escápula

A escápula é um dos dois ossos que compõem o ombro, que estabelecem uma ligação entre os membros anteriores ao tronco.

É relativamente grande, apresentando formato triangular e achatado, com duas projeções. Situa-se na região dorsal do ombro, em altura entre a segunda e a sétima costela.

Podemos senti-lo ao passar as mãos no alto de nossas costas.

É à escápula que os músculos do ombro e do braço ligam-se, especialmente a uma de suas projeções, denominada processo coracóide.

Na extremidade da outra projeção, a espinha, está o acromion, região onde a escápula articula-se à clavícula.

A escápula também articula-se ao úmero em região denominada cavidade glenóide. Podemos ver que a escápula não irá articular-se diretamente ao tronco, mas sim através da clavícula.

Mesmo assim, a movimentação dos braços está relacionada à musculatura que parte desse osso de grande importância funcional.

Quando realizamos movimentos tão comuns como erguer os braços lateralmente ou para frente, não estamos apenas movimentando nossos úmeros, mas também as escápulas e até mesmo as clavículas.

Através de experimentos, nos quais impediam-se artificialmente os movimentos da escápula e da clavícula, verificou-se que, sem a atuação desses ossos, seríamos capazes de elevar nossos braços a apenas 90º ativamente e 120º passivamente.

O trapézio e o serrátil anterior são os principais músculos que, ao contraírem-se, elevam o úmero, e conseqüentemente, o braço como um todo.

O trapézio parte de uma longa região, envolvendo desde a base do crânio até as vértebras torácicas, liga-se então à clavícula e à escápula.

O serrátil anterior parte das primeiras oito costelas, ligando-se à região superior da escápula.

Afora esses dois músculos, uma série de outros possui inserções na escápula e no úmero, auxiliando no movimento de erguer os membros anteriores: o deltóide, o peitoral maior e o supraespinhal.

Não devemos esquecer que uma série de outros movimentos é realizada na articulação do ombro, como por exemplo a simples elevação da região sem necessariamente mover os braços.

A contração de músculos como o elevador da escápula e dos rombóides, permite a realização do movimento.

Ambos partem da coluna vertebral ligando-se as extremidades da escápula.

Ao longo do desenvolvimento do indivíduo, a escápula sofre gradativa ossificação e conseqüente crescimento, que conclui-se apenas aos dezoito anos, com a fusão do processo coracóide ao corpo principal do osso.

Graças a isso, é possível ter algumas indicações sobre a idade de uma pessoa a partir das condições de ossificação de sua escápula.

Por outro lado, as dimensões do osso variam conforme o sexo do indivíduo e podem ser informativas nesse sentido.

Ao longo dos tempos, à medida que surgiram os animais terrestres as articulações dos ombros foi ganhando maior importância, uma vez que os membros anteriores passaram a desempenhar uma função essencial na locomoção.

Entre os peixes as estruturas que articulam-se com esses membros não são sequer ossificadas, constituindo-se de cartilagens, o que é observado também entre alguns anfíbios.

Entre os mamíferos, a escápula é completamente ossificada e apresenta uma região em que se articula com a clavícula.

A partir de um novo posicionamento, mais próximo ao corpo, os membros superiores passaram a desempenhar um papel fundamental entre os quadrúpedes.

Como vimos, apesar do ser humano não utilizar seus braços especificamente para locomover-se, a escápula conserva sua importância.

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