Emprego do hífen

O hífen é usado com vários fins em nossa ortografia, geralmente, sugerindo a ideia de união semântica. As regras de emprego do hífen são muitas, o que faz com que algumas dúvidas só possam ser solucionadas com o auxílio de um bom dicionário. Entretanto, é possível reduzir a quantidade de dúvidas sobre o seu uso, ao observarmos algumas orientações básicas.
Conheça os casos de emprego do hífen (-):
1) Na separação de sílabas.
Exemplos:
vo-vó;
pás-sa-ro;
U-ru-guai.
2) Para ligar pronomes oblíquos átonos a verbos e à palavra “eis”.
Exemplos:
deixa-o;
obedecer-lhe;
chamar-se-á (mesóclise);
mostre-se-lhe (dois pronomes relacionados ao mesmo verbo);
ei-lo.
3) Em substantivos compostos, cujos elementos conservam sua autonomia fonética e acentuação própria, mas perdem sua significação individual para construir uma unidade semântica, um conceito único.
Exemplos:
Amor-perfeito, arco-íris, conta-gotas, decreto-lei, guarda-chuva,
médico-cirurgião, norte-americano, etc.
Obs.: certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se sem hífen: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.
4) Em compostos nos quais o primeiro elemento é numeral.
Exemplos:
primeira-dama, primeiro-ministro, segundo-tenente, segunda-feira,
quinta-feira, etc.
5) Em compostos homogêneos (contendo dois adjetivos, dois verbos ou elementos repetidos).
Exemplos:
técnico-científico, luso-brasileiro; quebra-quebra,corre-corre, reco-reco, blá-blá-blá, etc.
6) Nos topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão, ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigos.
Exemplos:
Grã- Bretanha, Grão -Pará;
Passa-Quatro, Quebra-Costas, Traga-Mouros, Trinca-Fortes;
Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios,
Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.
Obs.: os outros topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc. O topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.
7) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento.
Exemplos:
couve-flor, erva-doce, feijão-verde, erva-do-chá,
ervilha-de-cheiro, bem-me-quer (planta),
andorinha-grande, formiga-branca, cobra-d’água,
lesma-de-conchinha, bem-te-vi, etc.
Obs.: não se usa o hífen quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido: bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental, com hífen) e bico de papagaio (deformação nas vértebras, sem hífen).
8) Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem.
Exemplos:
além-mar, aquém-fontreiras, recém-nascido, sem-vergonha.
9) Usa-se o hífen sempre que o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
anti-inflacionário, inter-regional, sub-bibliotecário,tele-entrega, etc.
10) Emprega-se hífen (e não travessão) entre elementos que formam não uma palavra, mas um encadeamento vocabular:
Exemplos:
A divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;
A ponte Rio-Niterói;
A ligação Angola-Moçambique;
A relação professor-aluno.
11) Nas formações por sufixação será empregado o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, tais como -açu, -guaçu e -mirim, se o primeiro elemento acabar em vogal acentuada graficamente, ou por tônica nasal.
Exemplos:
Andá-açu, capim-açu, sabiá-guaçu, arumã-mirim, cajá-mirim, etc.
12) Usa-se hífen com o elemento mal antes de vogal, h ou l.
Exemplos:
mal-acabado, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo.
13) Nas locuções não se costuma empregar o hífen, salvo naquelas já consagradas pelo uso.
Exemplos:
café com leite, cão de guarda, dia a dia, fim de semana, ponto e vírgula, tomara que caia.
Locuções consagradas:
água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito,
pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

1. Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o novo Acordo, está sendo usado corretamente:
a) Ele fez sua auto‐crítica ontem.
b) Ela é muito mal‐educada.
c) Ele tomou um belo ponta‐pé.
d) Fui ao super‐mercado, mas não entrei.
e) Os raios infra‐vermelhos ajudam em lesões.

2

Oxítonas
Oxítonas são as palavras cuja sílaba tônica encontra-se na primeira sílaba, da direita para a esquerda. Exemplos: café, amém, Jesus, tatu, amor, macarrão, entreoutras.
São acentuadas as oxítonas terminadas em a,as; e,es; o,os e em,ens. Ex: curió, nós, sabiá, também, cajá, você.
Se a oxítona terminar em i ou em u (us), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, Piauí
Obs.: As paroxítonas que apresentam as mesmas terminações, NÃO SÃO ACENTUADAS.

Paroxítonas
Paroxítonas são as palavras cuja sílaba tônica se encontra na segunda sílaba, da direita para esquerda. Exemplo: carteira, alface, pipoca, cebola, macarronada, espinafre, mistura. Para saber se recebem ou não acentos, segundo o novo acordo ortográfico deve-se observar:
Acentua-se todas as paroxítonas terminadas em R, X, N, L e em: i, is, ã, ãs, aos, uns um, uns e os;
Exemplos, revólver, tórax, hífen, amável, pônei, júri, lápis, órfã, irmãs, sótão. Órgãos, bônus, álbuns.
De acordo com as novas regras, não mais se acentuam os ditongos aberto “ei”, “oi”, como nos exemplos: heroico, jiboia, ideia, assembleia.

Proparoxítonas
Proparoxítonas são as palavras cuja sílaba tônica encontra-se na terceira sílaba, da direita para a esquerda. E todas são acentuadas, sem exceção. Exemplo: lâmpada, árvore, tônica, código, entre outras.

3

A divisão silábica das palavras, além de representar um assunto que porventura se torna alvo de alguns questionamentos, concebe-se como fator de notável importância, dadas as habilidades que precisamos ter em situações específicas de interlocução, mais precisamente quando se trata da linguagem escrita.

Por ressaltarmos tal modalidade, torna-se conveniente compreendermos que nãosó a divisão das sílabas, como também os demais elementos inerentes aos postulados gramaticais, estão submetidos a regras predeterminadas de composição. Em virtude desse aspecto é que o referido artigo tem por finalidade discorrer acerca de como se dá essa divisão. Assim, vejamos:

* Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única sílaba. Observe:

chu – va
mo – lho
guer – ra
quei – jo
ni – nho …

* As letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” devem ser separadas. Note:

car – ro
pás – sa – ro
nas – cer
nas – ço
ex – ce – to
ex – su – dar …

* Ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba. Confira:

U – ru – guai
Pa – ra – guai
col – mei – a (No que se refere a este vocábulo, devemos lembrar que ele perdeu o acento em virtude da nova reforma ortográfica)
he – roi – co (Idem ao comentário anterior) …

* Os hiatos são separados em duas sílabas distintas. Atenha-se a alguns exemplos:

di – a
ca – de – a – do
mú – tu – o …

* Os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas devem ser separados, com exceção daqueles em que a segunda consoante é representada pelas letras “l” ou “r”. Constate:

pra – to
blu – sa
as – tú – cia
ad – mi – nis – trar
ob – tu – rar …

Em se tratando de tais postulados, vale lembrar que alguns grupos consonantais que iniciam palavras não se separam. Entre eles, alguns casos representativos:

pneu – má – ti – co
gnós – ti – co…

4

A letra maiúsculaé um recurso gráfico utilizado para dois propósitos: assinalar o início do período (em oposição ao ponto final, que o encerra) e dar destaque a uma palavra, seja ela um substantivo próprio ou não. Uma vez alfabetizados, não temos dificuldade em utilizar a maiúscula para o primeiro propósito, mas temos dúvidas freqüentes sobre quando dar ou não destaque à palavra.

O Formulário Ortográfico de 1943, que rege a matéria, não foi suficiente explícito quanto ao estabelecimento de normas.
Além do mais, dá margem à flexibilidade, quando permite o uso de inicial maiúscula por “especial relevo”, por “deferência, consideração, respeito”, quando “se queira realçar”, ou na designação de “alto conceito”, “altos cargos, dignidades ou postos.” Assim, sempre se poderia justificar o uso de maiúsculas pela “ênfase” ou “destaque”.

O que se observa hoje em dia são as seguintes tendências:

1. As grandes companhias jornalísticas criam, para vários casos, normas próprias e acabam criando uma tendência.
2. O emprego de maiúsculas em excesso, os negritos, os sublinhados ou os destaques estão caindo de moda, já que “poluem” o texto.
3. A tendência é, pois, a seguinte:
– mais formalidade, mais deferência, mais ênfase: maiúscula;
– mais modernidade, menos “poluição” gráfica, mais simplicidade: minúscula.

Nunca se pode esquecer, no entanto, da regra taxativa que preceitua o emprego obrigatório de letra inicial maiúscula nos substantivos próprios de qualquer natureza.

Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab

BAIXE O TRABALHO AQUI

Latest articles

Previous article
Next article

Trabalhos Relacionados