Educação Física Adaptada

Segundo Pedrinelli (1994), o termo Educação Física Adaptada surgiu na década de 50 e foi definido pela American Association for Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD) como sendo um programa diversificado de atividades desenvolvimentistas, jogos e ritmos adequados aos interesses, capacidades e limitações de estudantes com deficiências. A partir de 1982, passou a ser definida como:
“Educação Física para pessoas portadoras de necessidades especiais. São consideradas atividades apropriadas e possíveis às atividades desenvolvimentistas, jogos, esportes e atividades rítimicas. Toda programação deve ser adequada aos interesses capacidades e limitações dos estudantes (SEAMAN;DePAUW apud PEDRINELLI,1994, p. 8)”.
Bueno e Resa (1995), destacam que a Educação Física Adaptada para pessoas com deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende técnicas métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao individuo deficiente. È um processo de atuação docente com planejamento, visando atender às necessidades de seus educandos.
Atualmente os termos mais usados no Brasil para nomear a área são: Atividade Física Adaptada, Educação FísicaAdaptada e Atividade Motora Adaptada. Pedrinelli (2005, p 4) define assim: “Educação Física Adaptada é uma parte da Educação Física, cujos objetivos são o estudo e a intervenção profissional no universo das pessoas que apresentam diferentes e peculiares condições para a prática de atividades físicas”
As necessidades especiais ou diferentes e peculiares condições, depois de outras classificações em 1985 e 1995, chegou a seguinte classificação para fins didáticos com intuito de identificar o universo das necessidades especiais (MARCHESI; MARTÍN, 1995; MEC/SEESP, 2007):
• deficiência (intelectual, auditiva, visual, física e múltipla);
• transtorno global do desenvolvimento (autismo, psicose infantil);
• altas habilidaes ou superdotação;
• distúrbios de comunicação, fala e linguagem;
• distúrbios de aprendizagem.
Podemos ainda entender que a intervenção com idosos e gestantes possa caracterizar-se como conteúdo da Educação Física Adaptada.
OBJETIVOS:
Oferecer atendimento adequado às pessoas com necessidades especiais respeitando as suas diferenças individuais, visando proporcionar o desenvolvimento global observando suas dificuldades e potencialidades.
CONTEÚDO E METODOLOGIA:
Conforme Pedrinelli (1994, p. 69), “todo o programa deve conter desafios a todos os alunos, permitir a participação de todos, respeitar suas limitações, promover autonomia e enfatizar o potencial no domínio motor”Bueno e resa propõem um programa baseado nos seguintes conteúdos:
1. esquema corporal e lateralidade;
2. coordenação;
3. equilíbrio;
4. organização espaço temporal;
5. qualidades físicas básicas
6. sociallização.
Todas as atividades devem considerar as potencialidades e limitações da pessoa com deficiêcia, bem como devem ser realizadas de maneira constante, progressiva e regular
IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGOGICA:
È importante que o professor tenha conhecimentos básicos relativos ao seu aluno como: tipo de deficiência, idade em que apareceu a deficiência, se foi repentina ou gradativa, se é transitória ou permanente, as funções e estruturas que estão prejudicadas. Implica também que conheça os diferentes aspectos do desenvolvimento humano: biológico, cognitivo, motor, sociointeracional e afetivo-emocional.
O objetivo deste livro é enfatizar a questão da Educação Física Adaptada aplicada a pessoas com deficiência, para tanto segue a definição para cada tipo de deficiência.
DEFINIÇÃO DA DEFICIÊNCIAS
Deficiência intelectual (mental):
Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do individuo em responder adequadamente às demandas da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação,cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho.
Deficiência auditiva:
Corresponde à perda parcial ou total da audição. A classificação é feita de acordo com a perda sensorial apresentada (medidas em decibéis).
Deficiência visual:
Pode-se dizer que a deficiência da visão refere-se a uma limitação sensorial que pode anular ou reduzir a capacidade de ver, abrangendo vários graus de acuidade visual, permitindo várias classificações da redução da visão.
Deficiência física:
È toda e qualquer alteração no corpo humano, resultado de um problema ortopédico, neurológico ou de má formação, levando o individuo a uma limitação ou dificuldade no desenvolvimento de alguma tarefa motora (COSTA, 1995, p. 8)
Deficiência múltipla:
É quando se tem agregado no mesmo individuo , duas ou mais deficiências primárias (intelectual/ visual/ auditiva/ física), com comprometimentos que acarretam conseqüências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.

COMENTARIO PESSOAL
O livro “Introdução à Educação Física Adaptada para Pessoas com Deficiência” com certeza é uma leitura obrigatória aos profissionais de Educação Física, em especial àqueles que vão trabalhar na área. O capitulo 1 o qual deu origem ao resumo acima, trata de forma clara os parâmetros e alicerces sobre os quais estão fundamentados os princípios da Educação Física Adaptada.

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