Conheça diferenças entre processo eleitoral americano e brasileiro

 

A cada quatro anos, quando a imprensa mundial cobre a eleição americana, é comum os brasileiros ficarem surpresos com algumas esquisitices do processo eleitoral. E as diferenças são muitas mesmo.

Começando pelo fato de que o eleitor que não quiser ou não puder comparecer às urnas tem o direito de votar com antecedência, e o exercício da cidadania fica assegurado. A cédula pode ser enviada até por fax ou por email, mas às vezes fica muito complicada, porque a quantidade de questões estaduais apresentadas aos eleitores é outra diferença. Uma característica do federalismo americano, que prioriza o poder local da democracia. A cédula do estado de Utah, por exemplo, tem duas páginas.

Vota-se para presidente, senador, deputado e mais 16 cargos estaduais e municipais. O tesoureiro do estado, integrantes do conselho de educação, juízes distritais. O eleitor também é consultado, entre outras questões, sobre o fim da isenção de impostos sobre imóveis de militares. Na prática, a eleição presidencial fica restrita a dois candidatos, mas na cédula aparecem outras chapas, de partidos pequenos, e embaixo tem até um espaço em branco para o eleitor votar em quem nem esteja na lista.

O número de candidatos a presidente varia de estado para estado. No Colorado, por exemplo, são 16.

Outro detalhe é que dia de eleição nos Estados Unidos é um dia como outro qualquer, de trabalho. Não é feriado como temos no Brasil, então o eleitor trabalhador tem que encontrar alguns minutos na agenda para deixar o local de trabalho e chegar a um posto de votação, que pode ter uma fila que dobra a esquina. Nesse caso, ele tem que torcer para o posto de votação não estar tão longe.

A complexidade da cédula explica a demora na votação. Muita gente defende a padronização, a adoção de um único modelo de urna eletrônica e a eliminação total do papel, mas as autoridades eleitorais americanas preferem apostar na tradição de que cada estado decide o melhor para si.

É estranho para nós, brasileiros, mas os Estados Unidos são uma democracia de mais de 200 anos de história. Esquisito ou não, é um sistema que funciona.

Os eleitores enfrentam as filas com naturalidade. Na Flórida, na Geórgia, na Califórnia. O eleitor da Virgínia resume o sentimento nacional: “é uma eleição importante, monumental. É muito bom ver tanta gente votando”.

Às vezes nem tanta gente assim.

Os dez eleitores de Dixville Notch, em New Hampshire, mantiveram a tradição de 64 anos e foram os primeiros americanos a votar nessa terça-feira (6). 00h01, horário local, deu empate entre Mitt Romney e Barack Obama.

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