A BELA E A FERA – Dissertação

Narrador: Era uma vez, num país distante, um jovem príncipe que vivia num reluzente castelo. Embora tivesse tudo que quisesse, o príncipe era mimado, egoísta e grosseiro. Mas numa noite de inverno, uma velha mendiga veio ao castelo e ofereceu a ele uma simples rosa em troca de abrigo para o frio. Repugnado pela feiúra dela, o príncipe zombou da oferta e mandou a velhinha embora. Porém ela o aconselhou a não se deixar levar pelas aparências, pois a beleza está no interior das pessoas. E quando ele voltou a expulsá-la, ela se transformou numa bela feiticeira. O príncipe tentou se desculpar, mas ela percebeu que não havia amor no coração dele e, como castigo, ela o transformou numa fera horrenda e rogou uma praga no castelo e em todos os que lá viviam. Envergonhado de sua monstruosa aparência, a fera se escondeu no castelo.
Se ele aprendesse a amar alguém e fosse retribuído, voltaria a ser príncipe, senão, ele estaria condenado a permanecer fera para sempre. Com o passar dos anos ele caiu em desespero e perdeu toda a esperança, pois quem seria capaz de amar um monstro?
ATO I
Bela : -Tudo é igual nessa minha aldeia. Sempre está nessa mesma paz. De manhã todos se levantam, prontos pra dizer (corta música aqui): Bom dia!
– Bom-dia! Como vão?!
(Bela passeia pela rua. Chega em casa)
Bela: – Pai! Tudo bem?
Pai: – Filha, meu experimento falhou … de novo! Não sei como isso foi acontecer!
Bela: – Ah, não fique assim! Eu sei que o senhor é um grande cientista, mas ainda não teve sorte nos teus experimentos…
Pai:- Bela, veja, agora o meu invento funcionou, funcionou! Agora vou poder viajar e tentar vendê-lo na cidade. Teremos dinheiro, Bela, e poderei te dar uma vida melhor. (pega o chapéu para partir). Adeus, Bela! Cuide-se, minha filha!
Bela: – Está bem, papai! Cuide-se também…
(O pai parte por uma estrada sombria. O cavalo assusta-se com morcegos e o pai cai do cavalo. Foge para um castelo que encontra na estrada. Bate, espreita.)
Pai: – Tem alguém aí? Olá, eu me perdi na estrada e preciso de um pouso apenas para essa noite…
(De repente o castiçal e o relógio falam. O pai assusta-se)
Relógio: – Olá, senhor!
Pai: Ah, quem disse isso? Ahhhh…. você… você fala?
Castiçal: – Bon Soir, Messieur! Seja bem-vindo!
Relógio: – Vens de onde mesmo, meu gentil senhor?
Pai: – Eu… eu…
(A Fera aparece fazendo um grande barulho. Está furiosa com a presença do homem)
Fera: – Quem está aí? Quem lhe deu ordens de entrar no meu castelo? Fale…
Pai: – Eu … eu me perdi e só queria um abrigo… eu só…
Fera: – Pois terás o abrigo que procuras! (A fera arrasta o homem para uma cela e o prende lá. Castiçal e relógio ficam tremendo de medo).
Pai: – Oh, não, por favor, não me deixes aqui… tenho uma filha e ela precisa muito de mim…
Fera: – Ficarás aqui para sempre!! (A Fera bate a porta com força e sai)
ATO II
(Bela encontra o cavalo, que retornou a casa)
Bela: – O que aconteceu? Por que voltaste? Onde está o papai? Oh, o que terá acontecido? Preciso ir atrás do papai, pois ele pode estar em perigo…
(Bela parte com o cavalo. Encontra o castelo e, devagar, entra no castelo).
Bela: – Olá? Tem alguém aqui? Hein… alguém?
(A chaleira, xícara, o castiçal e o relógio veem Bela entrar no castelo)
Castiçal: – Pessoal, será ela a moça por quem tanto esperamos? Ah, ela é très Jolie!
Xícara: – Ela é muito bonita mesmo, não é mamãe?
Chaleira: – É sim, ela pode libertar a todos!
(Todos juntos suspiram. Bela procura o pai e o encontra)
Bela: – Papai! Como o senhor está? Quem lhe colocou aí?
Pai: – Bela, querida, vá embora! Não podes ficar aqui, é perigoso. Há uma f…
(Fera aparece)
Fera: – O que fazes aqui?
Bela: – Ele é o meu pai. Solte-o agora.
Fera: – Ele agora é meu prisioneiro. Saia daqui.
Bela: – Não vês que ele é um velho? Deixo-o ir e eu fico no seu lugar.
Pai: – Não , Bela, não faças isso. Ele é um monstro!
Fera: – Aceito! Você fica no lugar do velho… (Fera fala para o pai)
Fera: – Saia daqui e não volte nunca mais!
(A Fera expulsa o pai. Prende Bela. O Castiçal e a chaleira aparecem)
Castiçal: – Patrão, já que ela ficará conosco por muito tempo, eu estava aqui pensando com os meus botões…
Relógio: – Deixes de ser bobo… nem tens botões… és um castiçal…
Castiçal: – Não me interrompa! Bem, estive pensando por que não lhe oferece aposentos mais confortáveis?!
Fera: – Hum… está bem! (Pausa. Fera respira fundo)
Fera: – Você se chama Bela, não é? Pois bem, Bela, você ficará no quarto para hóspedes.
Castiçal: – Convide-a para um jantar, patrãozinho!
Fera: – E quero que venhas jantar comigo hoje! (Em tom ríspido)
Bela: – Não quero comer!
Fera: – Vais fazer o que eu mandar!
Chaleira: – Tens que controlar seus nervos.
Castiçal: – Já pensaste que essa moça pode ser …
Fera: – É claro que já pensei. Sou uma Fera, não sou um burro! (Fera respira fundo novamente)
Fera: – Bela, seria um prazer recebê-la por minha convidada para o jantar…
Bela: – Já disse que não quero!
Fera: – Farás o que eu estou mandando! (aos gritos e sai).
(Bela vai chorando para o quarto de hóspede. No quarto ela chora. De repente o armário fala)
Armário: – Querida, não chores, és tão bela. Como te chamas?
Bela: – Meu nome é Bela. Ah?! Você fala? Todos aqui falam?
Armário: – Ah, sim, nós falamos sim, mas isso é uma longa história. Que lindo nome tens… Bem, o que mesmo que falávamos? Ah, eu ando tão esquecida ultimamente… Sabe o que é? É que há muito não recebo hóspedes aqui e aí fico tão embananada, sabe… (Bela a interrompe)
Bela: – Ele quer que jante com ele essa noite… Imagine, eu jantando com um monstro!
Armário: – Ele quem? Oh, mas que cabeça a minha (se bem que na atual situação nem cabeça eu tenho), mas é claro que estás falando do patrãozinho…
Bela: – Ele é uma fera horrível e é muito mau também. Nem posso acreditar que terei de viver aqui para sempre.
Armário: – Querida, não sofra! Quem sabe tudo muda, ah?! Talvez só precises olhar para a Fera com outros olhos…
Bela: – Como assim? Como posso vê-lo de outra forma, sem achá-lo realmente uma fera horrenda?
Armário: – É que agora só o enxerga com esses dois olhinhos bonitinhos que tens, mas quando o olhares com os olhos daqui (toca o peito de Bela), quem sabe tudo mude, ah!? Vamos, querida, tens que te preparar para o jantar…
Bela: – Mas eu não vou.
(Fera bate na porta com força)
Fera: – Bela, desça para o jantar.
Bela: – Já disse que não vou!
Fera: – Pois se não comer comigo, não poderás comer depois. (Fera sai, muito bravo)
(Bela chora. Depois, abre a porta , sai do quarto, anda pelo castelo até que encontra um quadro, que era do príncipe. Fica surpresa e não compreende quem é aquele jovem. A Fera chega e toma seu braço com força, assustando-a).
Fera: – Quem lhe deu permissão para andar pelo castelo?
Bela: – Desculpe, eu só queria…
Fera: – Nunca mais entre aqui, ouviu bem?!
Bela: – Como podes ser assim, tão cruel? Eu sei que eu prometi ficar no lugar do meu pai, mas não consigo, não posso ficar aqui mais um segundo.
(Castiçal, relógio, chaleira e xícara ouvem a conversa escondidos. Ficam preocupados quando ela diz isso).
Castiçal: – Oh, não, ele está fazendo tudo errado!
Relógio: – Se ela for, estará tudo perdido…
Chaleira: – Se ele conseguisse controlar os seus nervos!
Xícara: – Ah, não, terei que ser xícara para sempre! Acho que nunca mais vou ter minhas pernas para jogar bola…
(Bela sai correndo. Chega até o cavalo, sai depressa, mas lobos atacam. A Fera vê isso e vai ao seu socorro. Ele briga com os lobos e fere-se. Bela ajuda-o a voltar para o castelo. Coloca-o numa poltrona. Cuida de seus ferimentos).
Bela: – Não devias ter ido me socorrer…
Fera: – Não podia deixá-la morrer, Bela.
Bela: – O problema é que és muito teimoso.
Fera: – Então somos muito parecidos.
Bela: – A propósito, queria agradecer-te por ter salvo minha vida.
Fera: – Foi um prazer, Bela.
(Olham-se com ternura)
ATO III
Narrador: (com música ao fundo): Bela e Fera começaram a se tornar amigos. Dia após dia descobriam algo novo sobre o outro. Passavam as tardes juntos, lendo livros (com histórias românticas) e passeando pelo jardim do castelo, que depois de uma boa arrumação dos empregados, estava repleto de flores lindas e coloridas. Certa noite, a Fera convidou Bela para um jantar a dois. Ela aceitou, pois já o via com outros olhos. Ambos vestiram-se com seus melhores trajes e foram ao jantar, que iniciou como uma música especial.
(A Chaleira e a xícara entram)
Chaleira: – Hoje é uma noite muito importante.
Xícara: – Por que, mamãe?
Chaleira: – Ora, por quê? Porque acho que a Bela e a Fera estão finalmente se entendendo…
Xícara: – Eles não se entendiam? Ué, mas eles não falam a mesma língua?
Chaleira: – Eu quis dizer que eles estão gostando um do outro.
Xícara: – Acha que eles vão namorar?
Chaleira: – Não sei, mas espero que sim… espero que sim…
(Bela e Fera surgem. Chaleira e xícara preparam-se para cantar. Começa a música. Quando os “empregados” começam a cantar, eles se aproximam, apaixonados, e dançam).
Música:
Sentimentos são fáceis de mudar
Mesmo entre quem não vê que alguém pode ser seu par
Basta um olhar que o outro não espera para assustar
E até perturbar mesmo a Bela e a Fera
Sentimento assim sempre é uma surpresa
Quando ele vem nada o detém
É uma chama acesa
Sentimentos vêm para nos trazer
Novas sensações, doces emoções e um novo prazer
E numa estação como a primavera
Sentimentos são como uma estação para a Bela e a Fera
Sentimentos são como uma canção para a Bela e a Fera
(Os “empregados “ saem. Bela e Fera sentam-se de mãos dadas)
Fera: – Bela, sente-se feliz aqui?
Bela: – Sim, muito! (Pausa) Mas…
Fera: – Mas o quê? Tem alguma coisa que não a deixa feliz?
Bela: – Sinto falta do meu pai!
Fera: (após pausa) – Meus dias tornaram-se mais felizes desde que te conheci; gosto tanto de ti que prefiro perder-te a lê-la sofrer. Por isso, permito que vá embora. Estás livre de sua promessa, Bela.
Bela: – Seria capaz de fazer isso? Oh, como estava errada sobre ti. Tens apenas a aparência de fera, mas teu coração é bonito… Obrigada por compreender que meu pai é velho e precisa de mim.
(Bela vai embora. Fera põe as mãos no rosto e chora. Os “empregados” entram)
Castiçal: – O que houve? Onde foi Bela?
Relógio: – Tudo estava perfeito…
Chaleira: – Estávamos prestes a quebrar o encanto…
Fera: – Eu deixa ela partir…
Todos os empregos: – O quê?
Fera: – Deixei… deixei porque a amo!
(Fera sai arrasada. Os outros olham-se tristes e saem também)
ATO IV
(Bela encontra o pai)
Bela: – Pai!!
Pai: – Bela!!
(Eles se abraçam)
Pai: – Bela, como fugiste daquela fera terrível?
Bela: – Não, papai, ele não é assim… ele é bom! Estou livre, pois foi a própria fera que me deixou partir.
Pai: – Filha, alguns homens da aldeia partiram em busca da fera. Eu estava assustado e pedi que ajudassem a resgatá-la. Agora já é muito tarde, pois eles foram com a intenção de matar a fera.
Bela: (com a mão na boca) – Não!! Não podem fazer isso… Oh, é culpa minha! Pai, precisamos fazer algo para impedir que matem a Fera!
Pai: – Bela, não entendo por que defendes aquele monstro, mas se dizes que ele é bom, eu acredito em ti. Vamos tentar salvá-lo!
(Ambos saem. Nesse momento, entram moradores no castelo munidos de armas. Ao entrarem, são recebidos pelos “empregados”, que tentam impedi-los. Um homem, porém, vai até a Fera. Obs.: trilha sonora no conflito).
Homem: – Então és a fera que capturou a Bela?!
(Fera não responde. Está triste e desistiu de tudo)
Homem: – Vamos, Fera, por que não dizes algo? Está com medinho? (solta uma gargalhada). Venha me pegar!
(Fera não reage. O homem grita, partindo com fúria e dá um golpe na Fera. Bela cai ferida. Neste momento, Bela e o pai entram. Os homens saem do castelo. Bela chora sobre o corpo da Fera. Todos aproximam-se, tristes, para ver a cena).
Bela: – Não, não o mate!
(Bela joga-se ao chão)
Bela: – Por favor, não morra?
Fera: – Bela, tu voltaste! Agora posso partir em paz, pois só queria ver-te mais uma vez… (Ele morre)
Bela: – Não… não!! Eu te amo!!! (Chora)
(De repente a Fera e os empregados transformam-se. Fera ergue-se e se transforma em humano)
Fera: – Bela, veja, estou livre de meu castigo. Tornei-me um príncipe novamente!
Bel: – Você… Ah, é você!!!
Castiçal: – Vejam, estamos livres!
Chaleira: – Oh, o amor enfim venceu o mal!
(Todos se abraçam e riem. Bela e Fera vão para o meio do salão de mãos dadas)
Fera: – Eu te amo!
Bela: – Eu te amo muito!
(Entram os componentes do coral e os demais personagens juntam-se ao coral. Cantam a música em inglês. Bela e Fera dançam. Fim!)
Lyric:
Tale as old as time
True as it can be
Barely even friends
Then somebody bends
Unexpectedly

Just a little change
Small, to say the least
Both a little scared
Neither one prepared
Beauty and the Beast

Ever just the same
Ever a surprise
Ever as before
Ever just as sure
As the sun will rise

Tale as old as time
Tune as old as song
Bittersweet and strange
Finding you can change
Learning you were wrong

Certain as the sun
Rising in the east
Tale as old as time
Song as old as rhyme
Beauty and the beast.
Tale as old as time
Song as old as rhyme
Beauty and the beast.

The End!!!

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