Arquitetura Pré-Colombiana

O mais importante aspecto a se considerar na arte pré-colombiana é o fato de suas civilizações terem vivido seu tempo em total isolamento dos valores culturais e espirituais difundidos por outras civilizações. Suas manifestações mais evoluídas realizam-se em duas grandes áreas: uma, ao norte na região do México, ainda que mais vasta que seus limites atuais; a outra na região que integra o atual Peru. Raras são as interações entre os dois polos, mundos totalmente independentes.

No México a alternância e a fragmentação das civilizações é muito maior do que no Peru, invasões de populações nômades do norte são recorrentes. É na tropical península de Yucatán que será implantada a civilização Maia, que compreendia também a Guatemala e Honduras. Esta é sem dúvida a mais estável e duradoura das civilizações mexicanas. Numa primeira etapa, entre as anos 1000 a.C. e 300 d.C., verifica-se uma evolução lenta e primitiva.

A partir de 300 d.C., dá-se o período áureo que se estende até pouco depois do ano 1000, quando a civilização Maia entra em decadência e acaba por integrar-se com outras civilizações dando origem à civilização maia-tolteca, cujos descendentes chegam até a sobreviver à dominação espanhola. Constroem grandes cidades como Uxbal e Kabah, no Yucatán, Palenque, na região de Chiapas, ou Copán em Honduras.

Arquitetura maia. Na arquitetura Maia encontram-se dois tipos importantes de construção: a dos templos em forma de pirâmides escalonadas, com grandes escadarias íngremes, que dão acesso ao topo onde pousa o templo, de planta retangular e na maioria apenas um andar. Todo revestido de tijolos, na parte de cima do templo encontram-se frontões esculpidos; a dos palácios em geral de um só andar, as vezes com embasamento e escadaria de acesso, também tem planta retangular e tinham grandes fachadas ornamentadas.

Pirâmide maia de Chichén Itzá.

Nas duas, encontra-se a falsa abóbada, construída a partir da superposição de pedras, pode ser piramidal ou ogival. A invasão tolteca acontece a partir do século IX, deixam evoluídos exemplos em arquitetura como em Tollan e Xochicalco, templos-pirâmides e templos de colunas-estátuas. Do ano 1000 d.C. em diante, conta-se a fase maia-tolteca que terá como centro criador a cidade de Chichén-Itzà, no Yucatán. São construções desta época a pirâmide de Kukulkan, o templo dos jaguares e o templo de Los Guerreros.

Outras civilizações como a zapoteca, cujo período mais expressivo dá-se entre os anos 400 e 1000 d.C., floresce na região do estado de Oaxaca, sua cidade tinha grau de desenvolvimento requintado, com escadarias, um conjunto de templos piramidais e até campo para jogo de pelota.

civilização asteca consegue sua hegemonia entre os anos 1324 e 1521. Tenochtitlán, às margens dos lago Texcoco, é a capital, imensa e imponente, nela templos, palácios, e ricas obras particulares se interligavam. Neste período, as tendências da arte deixadas pelas civilizações precedentes foram trabalhadas à exaustão.

Das civilizações que ocuparam a região do Peru, a última a ser implantada antes da exterminadora invasão espanhola, a civilização inca, é sem dúvida a mais significativa do ponto de vista arquitetônico, ocupando a montanhosa região andina, utilizam pedras ciclópicas em suas construções, muito imponentes, porém despojadas e funcionais, onde o único elemento decorativo é a forma trapezoidal das aberturas e nichos. Assim surgem cidades como Cusco e Macchu Picchu, num esforço urbanístico surpreendente.

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