Anos 80: a melhor década da música?

 

Um fato que não tem como ser negado é que as músicas dos anos 80 se tornaram uma referência no mundo todo, e em certos casos mais exagerados, um vício! Podemos constatar essa afirmação com as diversas rádios e baladas especializadas em anos 80, e também temos hoje a tecnologia a nosso favor. Faça uma busca no Google por “anos 80” e você vai encontrar quase 30 milhões de resultados! No Youtube a mesma situação se repete, com mais de 7 milhões de resultados.

Quem viveu nessa época se lembra que em qualquer lugar que se ia, fosse uma danceteria, festa na casa de amigos, barzinhos e em qualquer outro lugar que tivesse música tocando, com certeza tocava Tears for Fears, Cyndi Lauper, New Order, Depeche Mode, Aerosmith, Gazebo, Culture Club, A-Ha e outras pérolas. E assim continua até hoje! Mas o que será que acontece na década de 80 para que a música se tornasse tão especial? É o que vamos te mostrar agora!

A invasão da tecnologia

Nos anos 70 muitas bandas já faziam uso de tecnologias diferentes para criar músicas, mas essa tecnologia era cara, difícil de se encontrar e ainda mais difícil de se usar. Já no início dos anos 80, a coisa mudou de figura, principalmente com os novos sintetizadores e baterias eletrônicas, fáceis de usar e com preços mais acessíveis. No caso dos estúdios de gravação, ficava mais fácil de se gravar, com o uso de computadores e sequenciadores, que facilitaram muito o trabalho dos engenheiros de som. Toda essa tecnologia facilitou para que novas bandas pudessem mostrar sua criatividade.

Bandas como New Order, Depeche Mode, A Flock of Seagull e outras chamadas de Synth Pop explodiram no mundo, com o uso primário de instrumentos eletrônicos.

A esquisitice toma conta

Não que em outras épocas a música fosse mais careta, mas nos anos 80 ela com certeza adotou conceitos mais fora do comum, talvez por causa das novas possibilidades trazidas pelos instrumentos eletrônicos, e também por influência da mistura de estilos, como rock, pop, reggae, hip hop e outras, numa crescente mistura nunca vista antes. A experimentação corria solta, bandas criavam novas notas, reinventavam o uso de instrumentos convencionais. A moda também teve seu momento estranho, com os integrantes das bandas usando roupas e penteados com cortes diferentes e cores berrantes, numa clara apologia à fuga de regras, o que de certa forma atingiu o estilo musical.

Neste caso, Cyndi Lauper e Aerosmith são exemplos perfeitos.

Os problemas políticos e do mundo

Os anos 80 viram um cenário nada bom. O guerra fria estava no pico, incertezas políticas deixavam o mundo todo com receio, os problemas climáticos aumentavam… O que isso tudo tem a ver com a música? Tudo! Pode soar maluquice, mas em momentos de pressão mundial, com os sentimentos à flor da pele, os músicos conseguem inspiração para criar músicas notáveis. Pense por exemplo em U2, The Clash e The Smiths, criando músicas de protesto que se tornaram hinos clássicos.

O crescimento econômico

Na década de 80, apesar dos problemas comuns, a economia crescia. A classe média mundial podia comprar bens de consumo com mais facilidade, o que incluía instrumentos musicais! E claro, comprar discos de vinil e fitas K7 também, o que dava uma nova perspectiva musical para os músicos, com a fusão de outras culturas, o que é ótimo para a música. Bandas e artistas podiam investir cada vez mais para criar suas músicas, com a facilidade de se ter dinheiro nas mãos e novos conceitos criativos na cabeça.

David Byrne e Peter Gabriel aproveitaram dessa situação e viajaram pelo mundo para criar músicas sem fronteiras, o que gerou um novo estilo: a World Music.

O interesse das gravadoras

As gravadoras, consideradas por muitos músicos como as grandes vilãs, sempre procuraram artistas que seriam sucesso de vendas. O lucro era sempre o ponto. Nos anos 80 também foi assim, mas com o surgimento de tantas bandas, fazendo sucesso mesmo que com apenas uma música, levou a indústria musical a contratar mais com menos lucro, para satisfazer o público que, com a ascensão econômica, comprava discos e fitas em volumes nunca antes vistos. Os shows também eram constantes, e no caso de bandas novas, elas se apresentavam em bares e casas noturnas, onde sempre tinha um olheiro de gravadora à procura de oportunidades. Muitos olheiros aprenderam a ver não a qualidade da banda, mas sim a reação do público

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